Dinâmica de grupos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Se tem algum conhecimento sobre este assunto, por favor verifique a consistência e o rigor deste artigo.
Corresponde ao campo de estudos e pesquisas dos fenômenos de funcionamento nos grupos, às formas de classificação e maneiras de comportamentos coletivos, ao estudo da natureza do grupo, às leis que orientam o seu desenvolvimento e às relações indivíduo-grupo, grupo-grupo e grupo-organizações.
Atualmente vemos uma associação entre o termo Dinâmica de Grupos e a seleção de pessoas, porém é uma associação equivocada, uma vez que nenhum pesquisador produziu material científico sobre esta utilização, além de ir de encontro com os principios da própria dinâmica de grupo. Apenas para exemplificar, o "grupo" formado por pessoas candidatas à um emprego não pode nem ao menos ser conceituado como um grupo, uma vez que não possui requisitos básicos de um, como por exemplo a interdependência.
Principais Autores:
Conhecido como o pai da dinâmica de grupos, Kurt Lewin se destaca por sua obra experimental que começou com pesquisas sobre boa liderança. Através desta pesquisa Lewin demonstrou que, quando participamos de atividades em grupos com liderança democrática, nossa produtividade aumenta, assim como a satisfação e há uma melhora nas relações com os outros membros, com o grupo tornando-se autônomo para prosseguir sua tarefa mesmo na ausência do líder. Com a seqüência de suas pesquisas Lewin depois desenvolveu o modelo da Pesquisa-Ação, muito utilizado atualmente.
Jacob Levy Moreno se utilizou de seu chamado Sistema Socionômico, que é formado por comunidades baseadas no amor espontâneo, na bondade positiva e na cooperação pura. Através de técnicas sóciométricas as pessoas poderiam escolher mais claramente sua participação em um grupo social qualquer.
Se baseando em Melanie Klien, Wilfred Bion definiu o termo “mentalidade de grupo” como sendo atividade mental coletiva que se produz quando as pessoas se reúnem em grupo a hipótese de sua existência deriva do fato de que o grupo funciona em muitas oportunidades como uma unidade, ainda que seus membros a isto não se proponham nem disto tenham consciência.
Carl Rogers, com uma grande influência da fenomenologia fez proposições no sentido de que o terapeuta seria um facilitador do crescimento pessoal, assim como o monitor de grupos, já que há uma confiança na capacidade do cliente ou do grupo para seu próprio crescimento.
Com uma vasta influência da psicanálise, Willian Schutz elaborou uma teoria do comportamento interpessoal, dos hábitos lógicos do pensamento e das necessidades do Eu, onde chegou a conclusão que tanto indivíduos isoladamente, pequenos grupos ou até mesmo organizações funcionam de maneira semelhante.
Bales em suas pesquisas teve como foco as relações no interior do grupo. Criou dois sistemas de medidas, sendo o primeiro conhecido como Analise do Processo de Interação e o segundo criado anos depois que é o SYMLOG [1], bem mais completo que o anterior. Ambos eram baseados em categorias para se realizar a medição.