Dionísio
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Dioniso, (ou Dionísio) é o deus grego equivalente a Baco, no panteão romano, deus das festas, do vinho e do lazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, é o unico deus filho de uma mortal. Passou parte de sua gestação na coxa de seu pai, pois sua mãe morreu antes de ele nascer.
Zeus, depois de conceder um pedido irracional a Sêmele, o qual levou-a à morte, entrega Dionísio às ninfas, que cuidam dele durante a infância. Ao se tornar homem, Dionísio se apaixona pela cultura da uva e descobre a arte de extrair o suco da fruta. Porém a inveja de Hera leva Dionísio a ficar louco, e vagar por várias partes da Terra. Quando passa por Frígia, a deusa Réia o cura e o instrui em seus ritos religiosos. Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Quis introduzir seu culto na Grécia depois de voltar triunfalmente da sua expedição à Índia, mas encontrou oposição de alguns príncipes receosos do alvoroço causado por ele.
O Rei Penteu proíbe os ritos do novo culto, ao aproximar-se de Tebas, sua terra natal. Porém, quando Baco se aproxima, mulheres, crianças, velhos e jovens correm a dar-lhe boas vindas e participar de sua marcha triunfal. Penteu manda seus servos procurarem Dionísio e levá-lo até ele. Porém, estes só conseguem fazer prisioneiro um dos companheiros de Dionísio, que Penteu interroga querendo saber desses novos ritos. Este se apresenta como Acetes, um piloto, e conta que, certa vez velejando para Delos, ele e seus marinheiros tocaram na ilha de Dia e lá desembarcaram. Na manhã seguinte os marinheiros encontraram um jovem de aparencia delicada adormecido, que julgaram ser um nobre, filho de rei, e que conseguiriam uma boa quantia em seu resgate. Observando-o, Acetes percebe algo superior aos mortais no jovem e pensa se tratar de alguma divindade e pede perdão a ele pelos maus tratos. Porém seus companheiros, cegados pela cobiça, levam-no a bordo mesmo com a oposição de Acetes. Os marinheiros mentem dizendo que levariam Dionísio (pois era realmente ele) onde ele quisesse estar, e Dionísio responde dizendo que Naxos era sua terra natal e que se eles o levassem até lá seriam bem recompensados. Eles prometem fazer isso e dizem a Acetes para levar o menino a Naxos. Prém quando ele começa a manobrar em direçao a Naxos ouve sussuros e vê sinais de que deveria levá-lo ao Egito para ser vendido como escravo, e se recusa a participar do ato de baixeza.
Dionísio percebe a trama, olha para o mar entristecido, e de repente a nau para no meio do mar como se fincada em terra. Assustados os homens impelem seus remos e soltam mais as velas, tudo em vão. O cheiro agradável de vinho se alastra por toda a nau e percebe-se que vinhas crescem, carregadas de frutos sob o mastro e por toda a extensão do casco do navio e ouve-se sons melodiosos de flauta. Dionísio aparece com uma coroa de folhas de parreira empunhando uma lança enfeitada de hera. Formas ágeis de animais selvagens brincam em torno de sua figura. Os marinheiros começam a se atirar para fora do barco e ao atingir a água se transformavam, seus corpos se achatavam e terminavam numa cauda retorcida. Os outros começam a ganhar membros de peixes, suas bocas alargam-se e narinas dilatam, escamas revestem-lhes todo o corpo e ganham nadadeiras em lugar dos braços. Toda a tripulaçao foi transformada e dos 20 homens só restava Acetes, trêmulo de medo. Dionísio porém, pede para que nada receie e navegue em direção à Naxos onde Dionísio encontra Ariadne e a toma como esposa.
Cansado de ouvir aquela historia, Penteu manda aprisionarem Acetes. E enquanto eram preparados os instrumentos de execução, as portas da prisão se abrem sozinhas e caem as cadeias que prendiam os membros de Acetes. Não se dando por vencido, Penteu se dirige ao local do culto encontrando sua própria mãe cegada pelo deus, que ao ver Penteu manda as suas irmãs atacarem-no, dizendo ser um javali, o maior monstro que anda pelos bosques. Elas avançam, e ignorando as suplicas e pedidos de desculpa, matam-no. E assim é estabeliecido na Grécia o culto de Dionísio.
Certa vez, seu mestre e pai de criação, Sileno, se perdeu e dias depois quando Midas o levou de volta e disse tê-lo encontrado perdido, Dionísio concedeu a Midas um pedido. Midas pediu o poder de transformar tudo o que tocasse em ouro. Descobrindo depois que tal poder era uma maldição, e sendo ele uma divindade benévola, ouve as súplicas do mesmo para que tirasse dele esse poder.
É considerado também o deus protector do teatro. Em sua honra faziam-se ditirambos na Grécia Antiga e festas dionisíacas.
[editar] Ligações externas
[editar] Bibliografia
- Dalby, Andrew (2005), The Story of Bacchus, ISBN 0714122556