Duna
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em geografia física, duna é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos (relacionados ao vento). Dunas descobertas são sujeitas à movimentação e mudanças de tamanho, pela ação do vento. O vale entre as dunas é chamado slack. Ou seja, dunas são montes de areia formadas pelo vento e pelo mar. Quando o vento sopra, leva a areira e com o tempo viram dunas. Dunas não precisam ser necessariamente grandes, muitas delas são bem pequenas.
[editar] Definições
Dentre as diversas formas de deposição de sedimentos eólicos atuais destacam-se as Dunas. Associam-se a elas feições sedimentares tais como estratificação cruzada e marcas onduladas que, no entanto, não são exclusivas de construções sedimentares eólicas. Existem duas principais classificações para as dunas: uma considerando o seu aspecto como parte do relevo (morfologia) e a outra considerando a forma pela qual os grãos de areia dispõem em seu interior (estrutura interna). A classificação baseada na estrutura interna das dunas leva em consideração a sua dinâmica de formação, sendo reconhecidos dois tipos: as dunas estacionárias e as migratórias. (TEIXEIRA, et al, 2001).
[editar] Dunas estacionárias
Na construção da Duna, os grãos de areia (geralmente quartzo) vão se agrupando de acordo com o sentido preferencial do vento, formando acumulações, geralmente assimétricas, que podem atingir várias centenas de metros de altura e muitos quilômetros de comprimento. A parte da duna que recebe o vento (barlavento) possui inclinação baixa, de 5 a 15° normalmente, enquanto a outra face (sotavento), protegida do vento, é bem mais íngreme, com inclinação de 20 a 35°. Essa assimetria resulta da atuação da gravidade sobre a pilha crescente de areia solta. Quando os flancos da pilha excedem um determinado ângulo (entre 20 e 35°, dependendo do grau de coesão entre as partículas) a força da gravidade supera o ângulo de atrito entre os grãos e, em vez de se acumularem no flanco da duna, os grãos rolam declive abaixo e o flanco tende a desmoronar, até atingir um perfil estável. Nas dunas estacionárias a areia deposita-se em camadas que acompanham o perfil da duna. Deste modo, sucessivas camadas vão se depositando sobre a superfície do terreno com o soprar do vento carregado de partículas, partindo de barlavento em direção a sotavento, criando uma estrutura interna estratificada. Embora a sotavento da duna ocorra forte turbulência gerada pela passagem do vento, os grãos de areia permanecem agregados aos estratos em formação, o que tende a impedir o movimento da duna. Estas dunas ficam imóveis por diversos fatores, tais como aumento de umidade, que aglutina os grãos pela tensão superficial da água, obstáculos internos (blocos de rocha, troncos, etc) ou desenvolvimento de vegetação associada á duna. (TEIXEIRA et al, 2001).
[editar] Dunas migratórias
À semelhança das dunas estacionárias, o transporte dos grãos nas dunas migratórias segue inicialmente o ângulo do barlavento, depositando-se em seguida, no sotavento, onde há forte turbulência. Desta forma os grãos na base do barlavento migram até o sotavento. Esse deslocamento contínuo causa a migração de todo o corpo da Duna.
A migração de dunas ocasiona problemas de soterramento e de assoreamento nas zonas litorâneas do Brasil.