Edson Néris da Silva
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Edson Néris da Silva (?, ? de 1964 - São Paulo, 6 de fevereiro de 2000), amestrador de cães cuja barbaridade de seu assassinato causou comoção dos defensores dos direitos humanos no Brasil e no mundo.
Na madrugada de 6 de fevereiro de 2000 passeava de mãos dadas com seu companheiro Dario Pereira Netto na Praça da República, cuja área adjacente é freqüentada pela boemia gay paulistana, quando foram surpreendidos por um grupo pertencente aos Carecas do ABC. Dario conseguiu escapar, mas Edson foi espancado barbaramente a chutes e golpes de soco-inglês. Acabou falecendo em decorrência da várias hemorragias internas espalhadas num corpo totalmente deformado pela ação brutal dos agressores.
Numa varredura pelas ruas da cidade, a polícia detém 18 suspeitos, 2 deles mulheres. No julgamento, alguns receberam penas brandas por somente participar do ataque, outros, condenados até 21 anos de prisão pela acumulação de crime de formação de quadrilha com o de homicídio triplamente qualificado.
É o primeiro caso de crime de intolerância contra homossexuais no Brasil e a ter repercussão na imprensa e órgãos defensores dos direitos humanos. Ainda durante os julgamentos houveram casos de represália e intimidação, como a entrega de uma bomba pelo correio a um funcionário da representação da Anistia Internacional em São Paulo.
Atualmente há um instituto em seu nome, presidido pelo advogado Eduardo Piza Gomes de Mello e pelo consultor educacional Beto de Jesus, que luta pela promoção da igualdade de direitos dos homossexuais na sociedade.