Engenharia militar
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Engenharia Militar é o ramo da engenharia que dá apoio às atividades de combate dos exércitos dentro do sistema MCP (Mobilidade, Contramobilidade e Proteção)construindo pontes, campos minados, estradas, etc. se encarregando da destruição dessas mesmas facilidades do inimigo e aumentando o poder defensivo por meio de construção ou melhoramento de estruturas de defesa. Além de suas missões clássicas de apoio ao combate em situação de guerra, atua em época de paz como pioneira ou colaboradora na solução de problemas de infra-estrutura do desenvolvimento nacional.
[editar] Engenharia Militar em Portugal
A Engenharia Militar portuguesa nasceu ainda antes da fundação do próprio Estado Português. Existem vestígios de fortalezas com milhares de anos, construídas pelos povos que habitaram o que é hoje Portugal. Com a incorporação da Lusitânia no Império Romano, veio a Engenharia Militar organizada das legiões romanas, responsável pela construção não só de fortificação mas, especialmente, de estradas e pontes, algumas delas ainda hoje em uso. Posteriormente, ao longo da sua história cheia de ameaças existitu sempre a necessidade de uma engenharia militar que assegurasse a construção de obras de defesa.
A moderna Arma de Engenharia nasceu em 1647 com a criação, por decreto de D. João IV, do Corpo de Obreiros Sapadores que em 1793 dá origem ao Real Corpo de Engenheiros do Exército Português. Este corpo, ao princípio apenas constituído por oficiais engenheiros, tinha por missão dirigir a construção, a defesa e o ataque de fortificações, a construção e conservação de outros edifícios e vias de comunicação militares, o reconhecimento de fronteiras e regiões, o levantamento de cartas geográficas e cartográficas e a configuração de plantas, terrenos e memórias militares. Até 1812, o Corpo de Engenheiros utilizava como mão de obra operária, tropas de outras armas, sobretudo sapadores e pontoneiros integrados até aí nos regimentos de artilharia. Nesse ano foi fundada uma unidade de engenharia, o Batalhão de Artífices Engenheiros, composto por tropas de artífices, mineiros, sapadores e pontoneiros.
Actualmente, em Portugal, a Arma de Engenharia, apesar do nome, é apenas uma das armas e serviços a desenvolver atividades de Engenharia Militar. As várias especialidades de engenharia são desenvolvidas nas seguintes armas e serviços:
- Arma de Engenharia: desenvolve atividades correspondentes ao que é chamado, fora do âmbito militar, de engenharia civil;
- Arma de Transmissões: atividades de Engenharia Electrotécnica e Engenharia de telecomunicações;
- Serviço de Material: atividades de Engenharia Mecânica e Engenharia Electrotécnica;
Para o desempenho das suas funções os oficiais de Engenharia, Transmissões e Serviço de Material recebem formação superior em engenharia na Academia Militar.
[editar] Engenharia Militar no Brasil
Desde os tempos coloniais, quando esteve presente nas fortificações, na cartografia e nos arsenais, até os dias atuais, no desenvolvimento de inúmeros trabalhos (atividades subsidiárias) em apoio à infra-estrutura econômica brasileira, principalmente em regiões distantes e inóspitas, onde o emprego da iniciativa privada se torna muito oneroso e, portanto, não atrativo. Esses trabalhos, que incluem construção de estradas, de ferrovias, de pontes, de viadutos, de túneis, de aeroportos, de instalações portuárias, de açudes, de poços artesianos, de tubulações de água e esgotos e mapeamentos e demarcação de áreas, estão definidos na Lei Complementar Nº 97, de 09 de junho de 1999, que regulamenta a cooperação das Forças Armadas com o desenvolvimento nacional e defesa civil.