Estádio Eládio de Barros Carvalho
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Estádio Eládio Barros Carvalho | |
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Dados | |
Local | Recife |
Apelido | Aflitos |
Fundação | 25 de junho de 1939 |
Capacidade | 23.000 |
Área Total construida | - |
Portões | - |
Número de Vestiários | - |
Dimensões do Campo | Comprimento: 105 m Largura: 70 m |
O Estádio Eládio de Barros Carvalho popularmente conhecido como Aflitos pertence ao Náutico. O apelido Aflitos tem origem no nome do bairro onde está localizado o estádio. O senhor Eládio de Barros Carvalho foi presidente do clube durante 14 mandatos. Foi inaugurado em 25 de junho de 1939.
Índice |
[editar] História
O estádio Eládio de Barros Carvalho foi construído na década de 50, período de profissionalização do futebol no Brasil e de grandes conquistas do Clube Náutico Capibaribe, dentre as quais destaca-se o tri-campeonato pernambucano (1950, 1951 e 1952) e o torneio Norte-Nordeste de 1952.
Na década de 70, no entanto, o estádio já demonstrava sinais da obsolescência, principalmente se comparado a outros exemplares construídos ou reformados nas grandes cidades brasileiras ao longo dos anos 60 e 70.
Inicialmente, e com o objetivo de deixar o clube com um patrimônio compatível com a sua grandeza, foi planejada a construção de um estádio para 80 mil espectadores onde hoje está sendo erguido o Centro de Treinamentos do clube, no bairro da Guabiraba. Por uma série de motivos, a construção deste estádio não se viabilizou.
Por volta de 1980 surge o primeiro projeto de ampliação do estádio dos aflitos, de autoria do arquiteto Hélvio Polito. A proposta incluía a construção de um novo lance de arquibancadas no lado da geral, elevando a capacidade para cerca de 25 mil espectadores. Este projeto também não foi realizado.
[editar] A ampliação
Na década de 90, precisamente em Maio de 1995, numa reunião do grupo UniNáutico, grupo jovem de apoio e suporte a gestão do clube, cujo coordenador era o então diretor de patrimônio do clube Marcio Borba, realizada na sede social do Náutico, o arquiteto Múcio Jucá, levantou a questão da ampliação do estádio, a aquela época muito defasado, em capacidade e infra-estrutura disponível para o torcedor.
Imediatamente a direção de patrimônio do clube , encomendou estudo de viabilidade técnica, ao próprio arquiteto, abrangendo a ampliação e modernização do estádio que ficou de ser apresentado cerca de 60 dias depois, em forma de um estudo preliminar de disposição para novos lances de arquibancadas, acessos e setores daquele que viria a ser o novo estádio Eládio de Barros Carvalho.
Em Agosto daquele ano, o estudo preliminar foi apresentado, discutido e aprovado pelos presentes. Foram designados cinco nomes para coordenar os trabalhos:
- Paulo Sarubbi, que passaria a ser o Eng. responsável pela obra.
- Rafael Gazzaneo que faria a coordenação da arrecadação de fundos que viabilizaria a obra.
- Mucio Jucá na parte de Arquitetura.
- Eduardo Gomes responsável pelos cálculos.
- Valter Lima - Colaborador na parte de arrecadação.
A primeira ação de melhorias empreendida no estádio foi a elevação do muro das gerais (rua Manoel de Carvalho) de 2 metros para 5 metros evitando assim a evasão de renda que acontecia naquela parte do estádio.
Porém foi somente no ano seguinte, com a eleição do Diretor de Patrimônio Marcio Borba para a Presidência do Clube que as obras de ampliação tiveram início.
Pesou fortemente na decisão de iniciar as obras dois fatos:
- A tomada de posição da diretoria do clube, em 1996 , no sentido de jogar todos os jogos, cujo mando de campo fosse do Náutico, nos Aflitos, não mais negociando o mando de campo que terminava por levar o time a jogar em outras praças. Após esta decisão nunca mais o Náutico jogou fora de seus domínios o que influenciou na retomada da estima dos alvirrubros pelo seu patrimônio, mola mestra da incrível adesão dos torcedores e sócios a causa da ampliação.
- O regulamento do campeonato brasileiro de 1996 (segunda divisão ) que vetava a disputa do quadrangular final em estádios com menos de 20.000 pessoas, o que já demonstrava uma tendência a maiores restrições no futuro.
No segundo semestre de 1996, começaram os levantamentos e medições para a primeira etapa da ampliação, no setor norte do estádio.
A partir de 1997, a ampliação passa a ter duas frentes: a do planejamento e a da construção.
Na área de planejamento e desenvolvimento do projeto arquitetônico são realizados estudos de casos em estádios e arenas multi-uso européias, além de levantamentos que visavam uma melhor compreensão das regras de conforto e segurança impostas pela a FIFA.
São realizadas ainda algumas pesquisas no sentido de otimizar a relação público - espetáculo e na funcionalidade e conforto de áreas destinadas aos atletas e à imprensa. A partir deste momento, o projeto passa a incorporar elementos até então nunca utilizados em estádios brasileiros, como estudo de acústica, acessibilidade para portadores de deficiência física, ergonometria, que acabaram por influenciar o redimensionamento, relocação e modernização de banheiros e vestiárias. Foram criados ainda, no projeto , os espaços comerciais, um auditório, restaurantes panorâmicos, enfim; elementos concebidos com o intuito de responder às exigências internacionais de conforto e segurança - e conseqüentemente tornar o estádio do Náutico em uma das na melhores arenas de futebol do Brasil.
A versão final do projeto do estádio só estaria concluída no início de 1999, quando as obras já entravam na terceira etapa de ampliação do anel inferior.
Na obra, o trabalho heróico de alguns poucos alvirrubros logo ganhou a notoriedade entre torcedores e a imprensa local. Incrédulos, alguns questionavam como um clube carente de títulos , no futebol profissional , a um longo tempo , conseguia reformar e ampliar o antigo estádio.
Com muita criatividade, e independentemente aos resultados do futebol, a ampliação do estádio mantém um ritmo constante de obras - aguçando a curiosidade dos torcedores a cada jogo e sempre surpreendendo pela existência de vigas ou lances novos de arquibancadas.
A abnegação destes torcedores e o apoio da massa alvirrubra acabaram por tornar a ampliação do nosso estádio no símbolo maior do renascimento do clube na virada do século.
Os alvirrubros , que acreditam que através da valorização do patrimônio do clube , legado de outras gerações , estão construindo a ponte integrando passado , presente e um futuro cada vez mais auspicioso sentem-se particularmente emocionados ao ver o Náutico novamente Campeão Pernambucano (2001) jogando partidas memoráveis no velho-novo Estádio Eládio de Barros Carvalho.
[editar] Dados do Estádio
- 1º Jogo - 25 de junho de 1939
- Náutico 5-2 Sport
- 1º Gol - 25 de junho de 1939
- Wilson do Náutico
- Maior Público - 4 de dezembro de 1997
- Náutico 1-0 América/MG
- Público 28.022 pessoas
- Maior Goleada - 1º de julho de 1945
- Náutico 21-3 Flamengo/PE
- Capacidade
- 23 mil pessoas sentadas
- Medidas
- 105m x 70m
- Endereço
- Av. Conselheiro Rosa e Silva, 1085
- Recife - Pernambuco
- CEP 52020-220