Exército de Libertação Nacional da Colômbia
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O Exército de Liberation Nacional de Colombia é uma organização insurgente, de caráter político-militar, criado em Simacota em 7 de janeiro de 1965, por Fabio Vasquez Castano, inspirado pela experiência bem sucedida da Revolução Cubana. É o segundo maior grupo rebelde da Colômbia (a seguir às FARC)
Numa sociedade como a colombiana onde as desigualdades sociais se fazem sentir de forma gritante, este movimento atraiu desde o seu início vários padres católicos, inspirados pela Teologia da Libertação. Em 1966, a morte em combate de um destes religiosos, o padre guerrilheiro Camilo Torres, adquire um elevado valor simbólico.
Uma parte significativa dos rendimentos do ELN advêm do "imposto de guerra", a que sujeita as companhias petrolíferas, e dos sequestros a troco de resgate, "descobertos" no início dos anos de 1970. O ELN é responsável pela maioria dos seqüestros na Colômbia.
Contrariamente às FARC, o ELN não se dedica ao negócio da droga, ao qual o líder histórico Manuel Perez, um padre espanhol que chefiou o movimento durante cerca duas décadas (até 1998) sempre se opôs. Não detendo uma máquina militar que se compare à das FARC e não tendo hipótese no confronto direto com as forças do Governo, o ELN dedica-se principalmente à sabotagem de infra-estruturas, nomeadamente da indústria petrolífera e da rede eléctrica.
O ELN teve o seu apogeu durante a segunda metade da década de 1990, altura em que contou com cerca de cinco mil guerrilheiros. Hoje, tem nas suas fileiras perto de 3500 homens, que dividem o seu trabalho entre a atividade militar e ações de carácter social.
O Exército de Libertação Nacional, hoje liderado por Nicolas Rodriguez Bautista (Gabino), tem sido afetado pela ação dos paramilitares de extrema-direita que surgiram nos anos de 1980, a soldo de grandes proprietários e narcotraficantes (e frequentemente com a conivência do Governo). O ELN possui cerca de 3.000 a 6.000 combatentes.