Fajã do Cerrado das Silvas
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Entre a fajã da Pelada e a fajã da Choupana encontra-se a fajã do Cerrado das Silvas. O caminho da acesso para esta fajã é, como em quase todas, um atalho estreito e talhado na rocha que leva cerca de 30 minutos a descer. Nesta pequena fajã existiam apenas duas ou três casas com tecto de palha, onde raramente as pessoas ficavam. Só uma senhora viveu lá por muito tempo, cultivando as terras. Ali tinha-lhe morrido um filho de quinze anos por lhe ter caído uma pedra em cima quando tiravam lenha da rocha. Possivelmente por isso e por amor e nostalgia ela ali ficou. O gado era levado para a fajã nos começos do Inverno e por lá ficava toda a estação. A fajã foi sempre toda cultivada com vinha, batata, feijão e inhame. O inhame era em grande quantidade, existindo nas rochas e hortas de cada pessoa. A pesca era abundante, mas quase só num pesqueiro ao qual chamam a “Pedra da Janela”. Dali apanhava-se o congro e outros tipos de peixe grado. A água é abundante nesta fajã, pois possui três ou quatro fontes com bastante caudal. Até há poucos anos a fajã era apenas de uma mulher, essa senhora solitária a quem tinha morrido o filho, agora já não mora lá ninguém e na fajã do Cerrado das Silvas a monda cresce à vontade por todo o lado, deixando o carreiro fechado e de difícil transito.