GRES Acadêmicos do Grande Rio
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O Grêmio Recrativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, ou simplesmente Grande Rio é uma escola de samba do Grupo Especial do carnaval no Rio de Janeiro sediada em Duque de Caxias.
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[editar] História
A história de fundação do GRES Acadêmicos do Grande Rio é, no mínimo, curiosa. Desde os anos 50, a cidade de Duque de Caxias teve uma participação efetiva no carnaval carioca, com a escola de samba Cartolinhas de Caxias. Esta agremiação participou do grupo de elite das escolas cariocas três vezes (1951, 1958 e 1959), participando posteriormente, com freqüência, dos grupos intermediários e sendo respeitada pelo mundo do samba. O último desfile da Cartolinhas foi em 1971, quando transformou-se em Acadêmicos do Grande Rio. Desfilou nas décadas de 70 e 80, ainda nos Grupos de Acesso 2 e 3 do carnaval carioca.
Enquanto isto, em 1988, foliões caxienses resolveram fundar a Acadêmicos de Duque de Caxias. Dessa forma, a escola teria que começar a disputa no carnaval carioca a partir do último grupo. Para evitar isso, a escola fundiu-se com a já existente Grande Rio, escola também de Duque de Caxias. Assim surgia, em 22 de setembro de 1988, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio.
[editar] Carnavais da Grande Rio
Na sua estréia, em 1989, a escola já subiu de grupo, passando para o Grupo de Acesso A. Em 1990, novamente obtendo a 2ª posição, subiu para o Grupo Especial. Em sua estréia entre as grandes, não foi muito bem: chegou na 16ª colocação, e voltou para o Grupo de Acesso A, apesar de contar com nomes como o intérprete Dominguinhos do Estácio e o diretor de bateria Mestre Paulão (consagrado na União da Ilha).
Em 1992, reconquistou o direito de competir no desfile principal, sendo a campeã do Acesso. Na volta ao Especial, com o enredo "No mundo da lua", de Alexandre Louzada, a escola empolgou a Marquês de Sapucaí e ficou na 9ª posição. Na voz de Nego, o samba tornou-se um hino para os caxienses, que o cantam sempre no "esquenta" da escola. Nos anos seguintes, não conseguiu resultados bons, mas manteve-se sempre no Grupo Especial.
A vinda de Max Lopes para a Grande Rio, em 1998, devolveu as boas colocações à escola. Com um enredo engajado, em homenagem a Luís Carlos Prestes, a escola chegou na 8ª posição; em 1999, homenageando Chatô, a melhor colocação da história da Grande Rio: 6º lugar. Em 2000, com Carnaval à vista, a escola falou sobre os carnavais e as festas dos brasileiros nesses 500 anos. A 9ª colocação não foi bem recebida pela escola, que pelo menos já deixou uma marca no carnaval carioca: traz sempre sambas bons e desfiles alegres.
Em 2001, mais uma vez a escola trouxe um bom samba (dessa vez com Quinho ao microfone), e a estrela Joãosinho Trinta no comando para contar a história do Profeta Gentileza, que teve direito até a astronauta voando sobre a Sapucaí. Mais uma vez, todos reclamaram da sexta colocação obtida pela escola, sem direito a se apresentar no Desfile das Campeãs. Em 2002, a agremiação também não conseguiu retornar no Desfile das Campeãs, pois ficou em 7º lugar. Em 2003, com o enredo "O nosso Brasil que vale", a escola de Duque de Caxias, conseguiu enfim voltar no sábado das campeãs, com um terceiro lugar festejado como se fosse um título.
No carnaval de 2004, a Tricolor teve um mau desempenho. Trazendo um enredo sobre a prevenção à AIDS, tudo deu errado: um samba marcheado, alegorias ruins e um desfile sonolento; as únicas exceções foram o bom desempenho da bateria e o canto da comunidade. Resultado: 10º lugar, um carnaval para esquecer e a demissão de Joãosinho Trinta após o desfile.
Em 2005, volta a fazer um bom desfile, argumentando que "Alimentar o corpo e alma faz bem". Contando com o patrocínio da Nestlè, traz carros bem construídos, um desfile alegre, grande desempenho da bateria e conquista, assim como em 2003, o terceiro lugar. No carnaval de 2006, contando a história de exploração na Amazônia, a Grande Rio conquista o seu melhor resultado: o vice-campeonato, pois perdeu um ponto por exceder o tempo máximo de desfile (o que levou ao empate em número de pontos com a Unidos de Vila Isabel, que venceu por ter melhores notas no quesito de desempate).
Para 2007, a escola trará o enredo em homenagem a sua cidade, Duque de Caxias, assinado pelo carnavalesco Roberto Szaniecki (que já assinou os carnavais de 1996, 2005 e 2006 da escola).
[editar] Nomes Históricos da Escola
Antônio Jaider Soares - antigo presidente e um dos patronos da escola
Luiz Eduardo Dudu de Azevedo - atual diretor de harmonia
Hélio de Oliveira (Helinho) - atual presidente da escola
Leandro Jaider Soares (Leandrinho) - patrono da escola
Mestre Odilon Costa - consagrado diretor de bateria que, desde 1997, dirige os ritmistas da escola
Milton Perácio - atual diretor de carnaval
Edson Feliciano Marcondes (Nego) - intérprete da escola durante oito anos, de 1993 à 2000. Atualmente, é intérprete do Império Serrano
Squel - porta-bandeira da escola desde 1993 e ligada ao samba desde criança
Wander Pires Nunes - atual intérprete da escola (de 2003 à 2005, retornando para 2007)