GRES Paraíso do Tuiuti
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A ocupação do Morro do Tuiuti é tão antiga quanto a do bairro de São Cristóvão. Remonta aos tempos do Reinado e do Império. A primeira escola de samba do morro foi a Unidos da Tuiuti, que tinha as cores azul e rosa (e depois, azul e branco), fundada em 1934.
A escola, que teve um bom desempenho na década de 30 (conseguiu um honroso 3º lugar, abaixo apenas da Portela e da Mangueira, entrou em decadência na década de 40, surgindo então outras agremiações na comunidade, sendo a principal a Paraíso das Baianas, de cores amarelo e branco.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a Unidos do Tuiuti desapareceu, e em seu lugar nasceu o bloco que tinha o nome de Bloco dos Brotinhos. O pessoal do morro, sem dinheiro para acompanhar um carnaval mais sofisticado, preferia sair no bloco, desprezando a Paraíso das Baianas. Foi então que um grupo de sambistas se reuniu, entre eles Nelson Forró e Júlio Matos, e resolveu terminar com o bloco e também com a Paraíso das Baianas (A Unidos da Tuiuti não existia mais). E fundaram, em 5 de abril de 1954, o GRES Paraíso do Tuiuti, que ganhou as cores amarelo e azul. O amarelo foi herdado da Paraíso das Baianas e o azul, da Unidos do Tuiuti.
A atuação da nova agremiação, de início, foi discreta, mas em 1968, com o enredo de Júlio Matos homenageando o bairro de São Cristóvão, tira o primeiro lugar no Grupo 3 e vai para o Grupo 2. No ano seguinte consegue o terceiro lugar no Grupo 2, com um ponto atrás da vice-campeã, a Unidos do Jacarezinho.
De fato, até o início da década de 80 quase ninguém ouviu falar da escola: mas a partir daquele momento, a escola viveu um momento de grande euforia, graças ao empenho da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, que deu um campeonato e um lugar no Grupo A para a escola.
O Paraíso do Tuiuti é uma escola eminentemente comunitária. Seus componentes, moradores do Morro do Tuiuti e adjacências, em São Cristóvão, têm na agremiação uma de suas poucas opções de lazer. Por isso, o papel desempenhado pela escola transcende em muito o mero desfile do Carnaval.
Não tendo patrono, fenômeno típico das grandes escolas, que conferem fama e prestígio a quem delas se aproxima, o Paraíso do Tuiuti não pode contar senão com a pequena subvenção oficial para fazer frente aos altos gastos que o Carnaval, com as características que tomou nos nossos dias, exige.
Nos últimos sete anos, a escola não cessou de crescer e fortalecer-se, até que, no Grupo A no Carnaval de 2000, sagrou-se vice-campeã, adquirindo o direito de desfilar em 2001 no Grupo Especial. Infelizmente a escola foi rebaixada, mas mesmo assim a sua comunidade tem motivos de sobra para se orgulhar.