GRES União da Ilha do Governador
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O Grêmio Recreativo Escola de Samba União da Ilha do Governador foi fundado em 7 de março de 1953.
Seus fundadores foram Maurício Gazelle, Joaquim Lara de Oliveira (o Quincas), Orphylo Bastos e mais 59 sócios. A idéia de criar uma escola de samba, na Ilha do Governador, mais especificamente no bairro do Cacuia, nasceu numa terça-feira de carnaval, dia 5 de março de 1953.
Os amigos Maurício Gazelle, Quincas e Orphylo estavam na Estrada do Cacuia, principal local de desfile do carnaval da Ilha do Governador, assistindo a apresentação de pequenas escolas de samba e blocos de vários bairros da Ilha, quando decidiram que o bairro do Cacuia deveria ter uma escola de samba que o representasse.
Ao terminar o desfile o grupo se juntou a outros amigos do time de futebol União Futebol Clube, levando-lhes a idéia. Dois dias depois, (7 de março de 1953), no armazém de Maurício Gazelle, eles fundaram a escola de samba União, hoje União da Ilha do Governador. Suas cores são azul, vermelho e branco.
A madrinha da União da Ilha é a escola de samba Portela, daí a Ilha ter em seu brasão o desenho da Águia, símbolo da Portela. A colocação da Águia no brasão da União da Ilha foi idéia sugerida por Natal, um dos mais tradicionais presidentes portelenses. O autor do desenho do brasão da bandeira foi Edson Machado.
A União da Ilha tem uma das mais tradicionais ala de compositores. Destaca-se entre os nomes de seus poetas populares o do saudoso Didi (Adolfo de Carvalho Baeta das Neves, procurador da República). Didi foi vencedor de samba-enredo em várias escolas, assinando sempre com pseudônimo ou, em outras ocasiões, dispensando sua assinatura nas composições. Didi, ganhou 24 sambas-enredos, número superior aos também compositores recordistas Paulão Brasão, Silas de Oliveira e David Correia.
A União da Ilha iniciou suas apresentações no Cacuia. De 1954 a 1959 foi vencedora dos desfiles do lugar. Em 1960 ao ser registrada na Associação das Escolas de Samba do Estado da Guanabara a União da Ilha foi desfilar no 3º grupo das agremiações, na Praça Onze, conquistando o terceiro lugar. Em 1961 foi classificada em segundo lugar indo para o segundo grupo. Passou ao grupo 1, mais tarde chamado de grupo especial, no carnaval de 1974. Em seu primeiro desfile, entre as mais tradicionais escolas de samba da cidade, foi a nona colocada. Um dos presidentes da escola cuja a presença foi de extrema importância foi o senhor Jucy Curvello (in memória), pois foi o presidente que pôs a União da Ilha no Grupo Especial; Foi no ano de 1974 com o enredo "Lendas e Festas da Yabás", onde permaneceu até o ano de 2001.
De 1977, com o enredo Domingo, a 1980, quando tirou em segundo lugar com o enredo Bom, Bonito e Barato, a União da Ilha fez grandes desfiles se consagrando definitivamente como uma das escolas de samba mais simpáticas do grupo especial.
E a União já chegou arrebentando: sagrou-se campeã por seis anos seguidos, de 54 a 59, no carnaval da Ilha do Governador. Com vontade de alçar maiores vôos, entrou na Associação das Escolas de Samba, passando a desfilar no carnaval carioca. A decisão de 'atravessar o mar' e chegar ao Rio se faria presente na maioria dos sambas da escola, que sempre faz referência à marcha dos componentes da Ilha rumo à Sapucaí.
A Ilha manteve-se algum tempo entre o segundo e o terceiro grupos e, em 75 quando sagrou-se campeã, passou a desfilar no grupo principal. No fim da década de 70, a Ilha começou a mostrar seu diferencial. Com enredos como "Domingo", "O Amanhã", "O que será?", "Bom, bonito e barato" e "É hoje" a escola levou para a Sapucaí desfiles leves, baratos e animados. Esta seria a marca registrada da União da Ilha, mantida até hoje. Suas fantasias costumam ser leves, sem grandes esplendores, facilitando o desfile para o componente. A escola também consegue estabelecer uma ótima comunicação com o público, sendo consideradas uma das mais simpáticas do carnaval carioca.
O último bom resultado da Ilha foi obtido em 94, com "Abrakadabra", em que chegou em 4º lugar, sua última participação no Desfile das Campeãs. Desde então, não vem obtendo boas colocações. Em 2000, com "Pra não dizer que não falei das flores", a União da Ilha chegou em 8º lugar, abordando um dos períodos mais nebulosos dos 500 anos do Brasil: a ditadura militar, de 64 a 85. No ano de 2001, a escola obteve o 13º lugar do Grupo Especial, sendo assim rebaixada ao Grupo de Acesso A em 2002.
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