Gritos e cantos da torcida do Club de Regatas Vasco da Gama
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[editar] Grito de Casaca
O grito de guerra da torcida do Vasco é mais antigo que o estádio de São Januário. Na década de 20, alguns clubes que disputavam os campeonatos de regatas - Internacional de Regatas, Boqueirão e Vasco da Gama - ainda não possuíam sede própria. Seus atletas se reuniam na rua, segundo Feliciano Peixoto, o "Ramona", ex-remador do Vasco e integrante da turma da Fuzarca. Como não tinham local para se encontrar, os atletas de remo e natação da época eram identificados como grupos. Cada grupo recebia uma denominação. Assim é que o Internacional de Regatas criou o Grupo dos Lindos. Para não ficar atrás, o Boqueirão denominou sua turma de Grupo das Garrafas e no Vasco surgiu o Grupo dos Supimpas.
Os integrantes do Grupo dos Supimpas, como todos os outros, jovens, começaram a promever reuniões festivas que se chamavam "reco-reco" e seus participantes ficaram conhecidos como turma da Fuzarca. Fuzarca significa simplesmente farra.
A turma da Fuzarca foi crescendo, se ampliando e ganhando vida própria. Os Sumpimpas resolveram criar concursos de natação, remo e polo aquático, além de outras festinhas para reunir o pessoal. Foi construída uma quadra de vôlei, em um terreno localizado na rua México, no Centro, onde passou a se reunir a nata do remo, da natação e do pólo aquático do Rio.
Sempre, após os treinos, lá iam eles para quadra de vôlei, onde praticavam esse esporte e se divertiam. Tornaram-se tão amigos todos eles, que muitos foram se transferido pra o Vasco, após a construção de São Januário.
Havia um outro motivo que os reunia, além do remo, da natação e do pólo aquático : as lindas praias da época, o Calabouço, e principalmente a praia das Virtudes, a mais concorrida.
Na praia do Calabouço, o Vasco e os clubes reuniam seus atletas para competir. Na praia das Virtudes, que ficava em frente à Santa Casa de Misericórdia e à Igreja Santa Luzia, se concentravam jovens do Centro, da Cidade Nova, da Lapa, de Santa Tereza e adjacências.
Havia um animador que ficava na beira da praia e era um verdadeiro sucesso entre os jovens. Era Claudionor Provenzano, que realizava entre outras promoções banhos de mar à fantasia.
O grupo aquático Os Supimpas se fazia presente sempre. Seus integrantes desfilavam com o corpo todo pintado. A turma da Fuzarca, já em grande número, se divertia muito, enquanto o bloco dos Supimpas ia dançando e cantando. Essas festas se arrastavam pelo ano mesmo fora de épocas como a do Carnaval.
Os Supimpas desfilavam da quadra de vôlei na México até a Praia das Virtudes. Aí, foi introduzido o Casaca para fazer rima com Fuzarca, exatamente na quadra de vôlei, cantado pelos remadores. Os próprios atletas divulgavam o grito das animadas festas da praia.
Dos dias de carnaval para as competições, o grito de guerra de um grupo de atletas do Vasco foi tomando conta de todos os locais onde o Vasco disputava competições.
Passou a acompanhar as competições e os jogos de futebol. Inicialmente, o grito de Casaca era puxado por Francisco Vieira Salinas, o "Bambu", acompanhado pelos três outros sócios da turma da Fuzarca : Carlos Martins dos Santos, o "Carlinhos", Mário Muto, o "Cocó", e o próprio "Ramona", ou Feliciano Peixoto.
Bambu iniciou e outros atletas foram seguindo, além dos sócios da turma da Fuzarca. Ao terminar as festas, encerradas as músicas, os cantos e as danças, todos puxavam o Casaca, que passou a ser uma espécie de hino às vitórias. Dos quatro sócios iniciais, a turma da Fuzarca foi ganhando participação maciça dos atletas e torcedores.
O futebol começava a dar largas passadas rumo ao sucesso e ao crescimento como esporte de massa. Ganhava adeptos dentro e fora do campo. Logo os vascaínos se encarregaram de transportar o Casaca da rua e das competições de esporte amador para os estádios.
"AO VASCO NADA?
TUDO!!!
ENTÃO COMO É QUE É?
CASACA! CASACA!
CASACA, ZACA, ZACA!
A TURMA É BOA!
É MESMO DA FUZARCA!
VASCO! VASCO! VASCO!"
[editar] O Vasco é o time da virada
Grito surgido nos anos 80, a partir do samba-enredo da escola de samba Beija-Flor no carnaval de 1978, "A Criação do Mundo na Tradição Nagô", cujo refrão foi adaptado pela torcida pelo fato de o Vasco ser um time que tradicionalmente vira o jogo, ou seja, obtém a vitória após iniciar a partida perdendo.
"ÊÊÊ ÊÊÊ ÊÊÊ
Ô Ô ÔÔ
O VASCO É O TIME DA VIRADA
O VASCO É O TIME DO AMOR"
[editar] Graças a Deus eu sou Vascão
Grito surgido nos anos 70/80, baseado na canção popular brasileira Asa Branca.
"Graças a Deus eu sou Vascão
Ele está no coração
Ele ganhando, ele perdendo
Sou Vascaíno de coração"
[editar] Dá-lhe meu Vascão
Grito surgido durante a disputa da taça libertadores da América de 1998
"Dá-lhe dá-lhe dá-lhe meu Vascão
Dá-lhe dá-lhe dá-lhe meu Vascão
Meu
Meu Vascão"