Guarânia
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Gênero de origem paraguaia, em andalento lento, geralmente em tom menor. A guarânia foi introduzida na música popular brasileira através do trabalho de pesquisa realizado por Raul Torres, Ariovaldo Pires, Mário Zan e Nhô Pai, em sucessivas viagens ao Paraguai. Torres foi responsável por uma das guarânias de maior sucesso no Brasil, "Colcha de retalhos", gravada por Cascatinha e Inhana. A mesma dupla fez um mega-sucesso com outra guarânia, "Índia", de José Asunción Flores e Manuel Ortiz Guerrero, em versão de José Fortuna. A partir da década de 40 tornou-se um dos gêneros mais utilizados pelos compositores da música sertaneja.
Há controvérsias quanto a introdução da guarânia no Brasil. Ao contrário da simples pesquisa de Raul Torres, Ariovaldo Pires, Mário Zan e Nhô Pai (e sem desmerecê-los), acredita-se que a guarânia tenha sido introduzida no Brasil pelos próprios paraguaios, especialmente na divisa com o Mato Grosso do Sul, quando vieram para o Brasil a trabalho, durante do Ciclo da Erva Mate. É de se notar que até o início deste século XXI há naquele Estado traços predominantes na música folclórica, que se enquadram perfeitamente à harmonia da guarânia. Não há dúvida quanto a divulgação do gênero, que a dupla Cascatinha (Francisco dos Santos - 1919-1996) e Inhana (Ana Eufrosina - 1924-1981)foi a grande responsável . De fato, a guarânia só ganhou popularidade a partir da gravação, em 1951, do disco 78 rpm "Índia" (de José Asunsión Flores e Manoel Ortiz Guerrero), que trazia como segunda música a canção também paraguaia "Meu primeiro amor" ("Lejanía"), ambas com transcriação de José Fortuna.
Na biblioteca do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, da Universidade Estadual Paulista - UNESP, de São José do Rio Preto-SP, há uma dissertação de mestrado, "Cascatinha e Inhana: uma história contada às falas e mídia", de autoria de Alaor Ignácio dos Santos Júnior, cujo tema é abordado com propriedade.