Ilhas Feroé

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Føroyar (Feroês)
Færøerne (Dinamarquês)


(Em detalhe)	(Em detalhe)

Língua oficial

Feroês, Dinamarquês

Capital

Tórshavn

Chefe de Estado

Margarida II da Dinamarca

Primeiro-Ministro

Jóannes Eidesgaard

Área
- Total
- % águas interiores

Posição: 189th
1,399 km²
0.5

População
- Total (2004)
- Densidade

Posição: 211º
48,228
33.1/km²

Independência

Província Autônoma dinamarquesa, desde 1948.)

Moeda

Coroa feroesa (DKK)¹

Fuso horário

WET (UTC; UTC+1 durante o Verão)

Hino Nacional

Tú alfagra land mítt
(Minha terra, oh a mais bela)

Dia Nacional

16 de Abril

Internet TLD

.fo

Prefixo telefónico

298

Electricidade

230 V, 50 Hz

¹As notas de banco utilizadas são coroas dinamarquesas impressas com motivos feroeses. As moedas utilizadas são as mesmas que na Dinamarca. A coroa feroesa (Føroyar krónur) usa o código ISO 4217 DKK (o mesmo da coroa dinamarquesa).

As ilhas Faroe ou «ilhas das Ovelhas» (ou ilhas Féroes; em feroês Føroyar ou Føroyarland, e em dinarmaquês Færøerne) são um território autônomo do Dinamarca, parte da Europa, localizado no Atlântico Norte entre a Escócia e a Islândia.

O arquipélago é formado por 18 ilhas maiores e outras menores desabitadas que acolhem, ao todo, 47.000 pessoas em uma área de 1.499 Km². Na ilha maior - Streymoy - está localizada a capital Tórshavn com 16.000 habitantes (1999). As terras mais próximas são as ilhas mais setentrionais da Escócia (Reino Unido), que ficam a sul-sueste, e a Islândia, situada a noroeste. São autonômos desde 1948, tendo decidido não aderir à União Europeia. Gradualmente tem alcançado maior autonomia e para o futuro tem se descortinado a possibilidade de tornarem-se independentes da Dinamarca.

Como divisão administrativa da Dinamarca conta com um Alto Comissário - representante da Rainha da Dinamarca -, com um parlamento unicameral formado por 32 membros (Logting) e com um primeiro-ministro chefe de governo.

Índice

1 Geografia
- 1.1 Ilhas
2 História
3 Política
- 3.1 A relação com a Dinamarca
4 Economia
5 Ligações externas

[editar] Geografia

As ilhas Faroé são um arquipélago de 18 ilhas sito nos 62º de latitude Norte e 7º de longitude Oeste. Entre o extremo norte e sul do arquipélago medeiam 113 km e 75 de leste a oeste. As suas costas têm um perímetro total de 1 117 km.

As ilhas têm uma morfologia muito acidentada, rochosa, com costas alcantilhadas recortadas por profundos fiordes. nenhum ponto das ilhas está a mais de 5 km do mar. O ponto mais alto é o Pico Slættaratindur, na ilha Eysturoy, com 882 metros de altura acima do nível médio do mar.

Ilhas Faroé

O clima é oceânico, marcado pela influência moderadora da Corrente do Golfo, o que, tendo em conta a elevada latitude, suaviza as temperaturas invernais. Em Tórshavn não se registam temperaturas médias mensais negativas, oscilando estas entre os 0,3ºC em janeiro e os 11,1ºC em Agosto. A média anual é de 6,7ºC. A amplitude térmica é assim muito reduzida, com verões frescos e invernos suaves. A precipitação aproxima-se dos 1 400 mm por ano, com um mínimo relativo na primavera e verão. O céu está em geral nublado, com frequentes nevoeiros. São frequentes os ventos fortes.

[editar] Ilhas

Todas as ilhas são habitadas excepto Lítla Dímun. Na tabela que se segue apresentam-se as áreas e população (dados referentes a 31 de Dezembro de 2003) de cada uma das ilhas que compõem o arquipélago das Faroé:

Nome	Área	Habitantes	Densidade (hab./km²)	Município(s)	Região
Streymoy	373,5	21.717	57,4	Tórshavn e Vestmanna	Tórshavn e resto de Streymoy
Eysturoy	286,3	10.738	37	Fuglafjørður e Runavík	Eysturoy do Norte e Eysturoy do Sul
Vágar	177,6	2.856	15,7	Míðvágur e Sørvágur	Vágar
Suðuroy	166	5.074	30,9	Tvøroyri e Vágur	Suðuroy
Sandoy	112,1	1.428	12,4	Sandur	Sandoy
Borðoy	95	5.030	52,4	Klaksvík	Klaksvík e resto das ilhas do Norte
Viðoy	41	605	15	Viðareiði	Ilhas do Norte
Kunoy	35,5	135	3,8	Ilhas do Norte	Nordinseln
Kalsoy	30,9	136	4,8	Mikladalur e Húsar	Ilhas do Norte
Svínoy	27,4	58	2,7	Svínoy	Ilhas do Norte
Fugloy	11,2	46	4	Kirkja	Ilhas do Norte
Nólsoy	10,3	262	26,1	Nólsoy	Streymoy
Mykines	10,3	19	2	Mykines	Vágar
Skúvoy	10	61	5,7	Skúvoy	Sandoy
Hestur	6,1	40	7,1	Hestur	Streymoy
Stóra Dímun	2,7	7	1,9	Dímun	Sandoy
Koltur	2,5	2	0,8	Koltur	Streymoy
Lítla Dímun	0,8	0	0	–	Suðuroy

[editar] História

A vila Hvalba

A história conhecida do arquipélago inicia em 600 d.c. com sua colonização por irlandeses.

600 - 800 d.c. - Desembarque de colonos irlandeses
800 - Conquista e colonização por vikings noruegueses
970 - 1280 - República
1135 - Torna-se país tributário à Coroa Norueguesa
1380 - Dinamarca e Noruega (incluindo as ilhas Feroés) realizam uma união monárquica
1655 - 1709 - O Rei da Dinamarca confia as ilhas à família von Gabel como um estado feudal
1709 - A coroa dinamarquesa novamente toma posse
1720 - Administrada como parte da Islândia
1776 - Administrada como parte do condado dinarmaquês de Sjælland (Sealand - Zelândia)
24/01/1814 - Reconhecida como possessão dinarmaquesa pelo Tratado de Kiel
1816 - Recebe o grau de condado
12/04/1940 - 16/09/1945 - Ocupação Britânica durante a II Guerra Mundial
14/09/1946 - Referendo aprova a independência (48.7% a 47%). A independência é declarada em 18/Set/1946. É anulada pela Dinamarca dois dias depois.
30/03/1948 - Governo autônomo é permitido.

A ocupação britânica durante a II Guerra Mundial suspendeu os contatos com a Dinamarca e modificou o cenário político. Uma consulta popular demonstrou uma pequena maioria da população a favor da separação da Dinamarca. No entanto o Logting foi dissolvido para a realização de eleições gerais. O Logting eleito alcançou um acordo com a Dinamarca onde foram negociadas áreas de responsabilidade conforme o interesse da ambas as partes.

[editar] Política

A inexistência de autonomia política levou ao nascimento tardio - apenas na primeira metade do século XX - dos primeiros partidos políticos. Sambandsflokkurin (Partido da União) e Sjálvstýrisflokkurin (Partido Autonomista). Posteriormente surgiram o socialdemocrata Javnaðarflokkurin e o Conservador Nacionalista Fólkaflokkurin (Partido do Povo) que defenderam interesses comerciais. O Tjóðveldisflokkurin (Partido Republicano) surgiu em 1948 defendendo uma República Feroesa.

[editar] A relação com a Dinamarca

Nas eleições de 1998 o Partido da União - simpático à Dinamarca - obteve um mau desempenho sendo substituído pelo Partido Republicano - secessionista. Iniciou-se uma coalizão que pôs em marcha um processo político com o objetivo de alcançar a soberania total. Em 2002 o Landsstýri - governo local - e o governo dinarmaquês iniciaram negociações a respeito da soberania faeroesa sem o rompimento de uma "commonwealth" com a Dinamarca. Chegou-se a um impasse e essa negociação veio a não apresentar resultados.

Em 2002 - novas eleições - e modificação no cenário político. O Partido do Povo e o Partido Autonomista perderam suas cadeiras para o Partido da União. Mesmo assim o governo local - Landsstýri - foi composto pela coligação dos Partidos do Povo, Republicano, Autonomista e do Centro - partido pequeno que se fundiu ao Autonomista.

[editar] Economia

Hvalvík em Streymoy nas Ilhas Faroé, no Inverno

Os recursos naturais são escassos. A vegetação - gramíneas - verde dos morros é utilizada para a criação de ovelhas. Em algumas partes da ilha de Suduroy há alguns depósitos de lignita úteis como combustível.

No mar - nos peixes - é que está a grande riqueza da nação faeroer. A pesca é responsável por 96-98% das exportações realizadas e praticamente todo o comércio deriva dos produtos caturados no mar. Dentro do limite de 200 milhas marítimas são encontradas espécies como cod, haddock, greater silver smelt, Norway pout, halibut, monkfish, redfish, blue withing, salmão e herring. A piscicultura de salmão e truta é um setor que tem crescido e contribuído para o crescimento da balança comercial.

Outro artigo presente são navios - de aço, pesqueiros, de carga - que respondem por 2% de tudo que é vendido ao exterior. Estima-se que existam reservas petrolíferas no subsolo oceânico faeroer e prospecções tem sido realizadas com sinais positivos.