Incenso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Se tem algum conhecimento sobre este assunto, por favor verifique a consistência e o rigor deste artigo.
A expressão incenso designa em geral uma substância resinosa aromática, empregada desde a antiguidade queimado como perfume para aromatizar ambientes, afastar insetos e em rituais religiosos.
Entre os diversos tipos, destaca-se o incenso de olíbano, considerado da mais alta qualidade e produzido com a resina de olíbano, espécie de árvore cultivada no sul da península Arábica e na Somália, na África.
[editar] Igreja Católica
Nos rituais da Igreja Católica, é empregado em missas solenes tendo-se em mente que é uma homenagem a Deus, quando o padre que representa Cristo e os fiéis são incensados a idéia é que suba a Deus um aroma agradável de louvor. O uso do incenso é um símbolo de oração. O ritual mosaico empregava o incenso em muitos sacrifícios, só ou com outros perfumes; havia também o altar dos perfumes em que se queimava incenso de manhã e de tarde. Os cristãos adotaram cedo o uso do incenso. Em Jerusalém, no século IV, já se empregava em todos os grandes Ofícios.
O turíbulo era na sua origem uma caçoila (espécie de panela de argila ou metal) com brasas acesas, para acender os círios com que se abria o cortejo do imperador romano. Os papas adotaram esse costume, e o turíbulo apareceu não só no cortejo do papa e do Santo Evangelho, mas também ao redor do altar, umas vezes no chão, outras suspenso do ciborium. No século IX aparecem as incensações do altar, do clero, e dos ministros, incensações estas que se multiplicaram nos séculos seguintes.
Do turíbulo é inseparável a naveta, caixinha de metal em forma de pequena nave, em que se guarda o incenso.
Quanto ao uso do turíbulo devemos distinguir dois elementos: o ducto e o icto.
No momento da incensação segurando as correntes pela extremidade superior entre o polegar e o indicador com a mão esquerda sobre o peito e com a mão direita segurando a extremidade inferior da corrente com o polegar o indicador e o médio. Estando o turíbulo fechado, num só movimento, eleva-se a altura do rosto e dirige-se horizontalmente para a pessoa ou objeto a incensar, este é o ducto. Nesta posição imprime-se ao turíbulo um ligeiro movimento de oscilação em direção a mesma pessoa ou objeto, este movimento, de menor intensidade que o primeiro, é o icto, que pode ser realizado uma ou duas vezes conforme o caso. Daí temos o ducto simples (de um só icto), ou o ducto duplo (de dois ictos).
Depois de cada ducto, simples ou duplo, traz-se de novo, num só movimento, a mão direita até perto do rosto e desce-se até à altura do peito, à posição inicial.
Quanto ao número de ductos e ictos, temos a seguinte regra: - três ductos duplos: o Santíssimo, a Cruz do altar, as Relíquias da Santa Cruz e outras da Paixão. - dois ductos duplos: as relíquias e imagens dos Santos; os Ministros sagrados, os Prelados não revestidos de dignidade episcopal, os cônegos, o Celebrante na presença do Bispo que assiste pontificalmente no trono. - um ducto simples: o altar, as oblatas, os Ministros inferiores. - três ductos simples: as velas, as cinzas, os ramos e outros objetos, depois de benzidos; o pano da absolvição, o sepulcro, o povo. Nestes casos incensa-se primeiro ao meio, depois à esquerda, por fim à direita de quem incensa.
Quanto ao significado:
O turíbulo, o qual possui a forma de um coração, representa o homem e seu progresso na vida espiritual. Um turíbulo ainda apagado e frio dá muito trabalho para ser aceso: é necessário preparar os carvões assoprando para que o fogo se torne mais intenso e depois escolher algumas brasas para colocá-las dentro do turíbulo. Mesmo com as brasas se o turíbulo permanecer parado ele apagará. O coroinha precisa agitá-lo constantemente. Assim é também o homem, no início de sua vida espiritual precisa de muito apoio, porém, durante toda a sua vida precisa se manter em progresso, pois, parando apagará como o turíbulo.
O uso do incenso representa a oração, que não deve ser ousada e nem covarde e pouco confiante. Deve ser como a fumaça do turíbulo que vai aos céus produzindo perfume, não de forma “ousada”, diretamente, mas descrevendo curvas enquanto sobe confiante, sem parar.
[editar] Referências
Coelho, Dom Antônio (O.S.B.). Curso de Liturgia Romana. Tomo II