Jácome Ratton
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Jácome Ratton (França, 7 de Julho de 1736 - Lisboa, c. 1821-1822), industrial e comerciante luso-francês do século XVIII e início do século XIX.
Veio ainda jovem para Portugal, onde já tinha familiares (um tio seu mantinha actividade mercantil no Porto). Em 1758 casou com a filha do cônsul francês em Portugal, e em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos, naturalizou-se português.
No quadro das políticas de fomento industrial pombalino, em 1764 projectou uma fábrica de tinturaria, outra de papel e ainda de chapelaria, em Elvas e Lisboa; ao mesmo tempo investia na exploração das salinas de Alcochete e à plantação de árvores exóticas em Portugal (foi ele o esponsável pela introdução do eucalipto entre nós).
Em 1789 fundou uma fábrica de fiação de algodão em Tomar, a primeira do país a usar a nova tecnologia da revolução industrial - a máquina a vapor.
Pela sua intensa actividade em prol e benefício do reino, recebeu o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo, tendo sido feito fidalgo da Casa Real.
Com o início das Invasões Francesas (1807), foi tido por suspeito de colaboracionismo com os ocupantes, e conotado com os revolucionários jacobinos; foi preso em São Julião da Barra, tendo daí seguido para a ilha Terceira, e enfim para a Inglaterra, onde se exilou até 1816.
Regressado a Lisboa, aí faleceu cerca de 1821 ou 1822. O bairro lisboeta do Rato é uma corruptela do seu apelido Ratton.