Jean Baudrillard
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jean Baudrillard (Reims, França 1929) é um sociólogo e filósofo francês.
[editar] Vida
Enfrentou uma época bastante conturbada em seu país, como uma depressão da década de 30. Sua biografia é de difícil acesso, tanto pela inexistência de documentos sobre ele, quanto por sua personalidade conservadora, pois resguarda exageradamente sua privacidade.
Sociólogo, poeta e fotografo, este personagem polêmico desenvolve uma série de teorias que remetem ao estudo dos impactos da comunicação e das mídias na sociedade e na cultura contemporâneas. Partindo do princípio de uma realidade construída (hiperrealidade), o autor discute a estrutura do processo em que a cultura de massa produz esta realidade virtual.
Suas teorias que contradizem o discurso da "verdade absoluta" e contribuem para o questionamento da situação de dominação imposta pelos complexos e contemporâneos sistemas de signos. Os impactos do desenvolvimento da tecnologia e a abstração das representações dos discursos são outros fenômenos que servem de objeto para seus estudos.
Sua postura profética e apocalíptica é fundamentada através de teorias irônicas que têm como objetivo o desenvolvimento de hipóteses e polêmicas sobre questões atuais e que refletem sobre a definição do papel que o homem ocupa neste ambiente.
Para Baudrillard, o sistema tecnológico desenvolvido deve estar inserido em um plano capaz de suportar esta expansão contínua. Ressalta que as redes geram uma quantidade de informações que ultrapassam limites a ponto de influenciar na definição da massa crítica. Todo o ambiente está contaminado pela intoxicação midiática que sustenta este sistema. A dependência deste “feudalismo tecnológico” se faz necessária para que a relação com dinheiro, os produtos e as idéias se estabeleça de forma plena. Esta é a servidão voluntária resultante de um sistema que movimenta-se em um processo espiral contínuo de auto-sustentação.
A interatividade permite a integração de elementos que antes se encontravam separados. Este fenômeno cria distúrbios na percepção da distância e na definição de um juízo de valor. As partes envolvidas se encontram tão ligadas que inibem a representação das diferenças transmitida por elas. A máquina representa o homem que se torna um elemento virtual deste sistema. As representações são simuladas em um ambiente de redes que fornecem uma ilusão de informações e descobertas. Tudo é previamente estabelecido: “O sistema gira deste modo, sem fim e sem finalidade”, diz o autor.
Como poeta e fotógrafo, desenvolve, paralelo ao seu trabalho teórico, intensa atividade artística, com inúmeras exposições pela França e pelo mundo. Seu mais recente livro de poemas é "O Anjo de Estuque", publicado em parte na edição número quatro da revista Confraria do Vento [1].
[editar] Principais obras
- O sistema dos objetos (1968)
- À sombra das maiorias silenciosas (1978)
- Simulacros e Simulação (1981)
- América (1988)
- Cool Memories I (1990)
- A troca impossível (1999)
- O lúdico e o policial (2000)