João Lustosa da Cunha Paranaguá
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- Nota: Se procura o primeiro Marquês de Paranaguá, consulte Francisco Vilela Barbosa.
João Lustosa da Cunha Paranaguá, o segundo Marquês de Paranaguá, (N. Sra. do Livramento de Paranaguá, 21 de agosto de 1821 — Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1912) foi um magistrado e político brasileiro; governou as províncias do Maranhão, Pernambuco e a Bahia, ministro em diversos gabinetes e presidente do Conselho de Ministros (30º gabinete).
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[editar] Biografia
Nasceu na fazenda "Brejo do Mocambo", na antiga freguesia de Nossa Senhora do Livramento de Paranaguá (atual município de Parnaguá), no Piauí, filho do coronel José da Cunha Lustosa e de D. Ignácia Antônia dos Reis Lustosa; neto do português José da Cunha Lustosa e Helena de Sousa Lustosa.
Formado na Faculdade de Direito de Olinda em 1846, casou-se no ano seguinte com Maria Amanda Pinheiro de Vasconcelos, filha do Visconde de Monserrate, com quem teve quatro filhos:
- José Lustosa da Cunha Paranaguá, abolicionista, foi presidente das províncias do Amazonas e Santa Catarina, morreu em 6 de janeiro de 1945.
- Maria Amanda Lustosa Paranaguá (Baronesa de Loreto), casada com Franklin Américo de Meneses Dória, Barão de Loreto. Morre em 15 de agosto de 1931, no Rio de Janeiro.
- Joaquim Pinheiro Paranaguá, casado com D. Isabel de Oliveira Paranaguá.
- Maria Francisca de Paranaguá, casada com Horace-Dominique Barral, filho de Luísa Margarida Portugal de Barros, Condessa de Barral.
Desde cedo ocupa o cargo de juiz, fazendo carreira na magistratura até atingir o cargo de Conselheiro (atual Desembargador), em sua Província natal, quando se aposenta, em 1878.
Foi deputado provincial (o atual estadual), em 1840, e deputado geral (atual federal) na oitava e décima terceiras legislaturas. Tendo iniciado a vida política nas fileiras do Partido Conservador, tornou-se posteriormente um dos líderes do Partido Liberal. Defensor do abolicionismo.
Fez parte de vários gabinetes da Coroa:
- Ministro - 1859 (15º gabinete);
- Ministro da Justiça, da Guerra e dos Estrangeiros - 1866 (22º gabinete);
- Ministro da Guerra - 1878 (27º Gabinete);
- Primeiro-ministro e ministro da Fazenda - 1882 (30º gabinete);
- Ministro dos Estrangeiros - 1885 (33º Gabinete).
- Obs: Quando ocupou a Pasta da Guerra o país estava mergulhado no conflito com o Paraguai.
Além das atividades políticas, teve intensa vida cultural, tendo presidido a "Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro" e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, além de membro efetivo e honorário de entidades similares.
Algumas de suas correspondências com o imperador D. Pedro II, de grande valor histórico, estão preservadas no Museu Imperial de Petrópolis. Era irmão do Barão de Paraim (José da Cunha Lustosa) e do Barão de Santa Filomena (José Lustosa da Cunha).
[editar] Títulos nobiliárquicos
Foi o segundo visconde (com grandeza, em 1882) e o segundo marquês de Paranaguá. Grande do Império, veador de Sua Majestade a Imperatriz, comendador da Ordem de São Gregório Magno, dentre outras.
Foi agraciado com o título de marquês em 1888. Com proclamação da República abandonou a atividade política.
[editar] Governo da Bahia
Por menos de um ano esteve à frente do Governo do Estado, nomeado por Carta Imperial de 26 de fevereiro de 1881. Estava próximo o Carnaval, e o Chefe de Polícia presto informa-lhe de que todas as providências para o "combate ao Entrudo" - perniciosa forma de se comemorar tais festejos...
Assumiu o Governo a 23 de março daquele ano, ocupando-o até início do ano seguinte, quando assume o cargo de Primeiro-Ministro.
Precedido por: Antônio de Araújo Aragão Bulcão |
Presidente da província da Bahia 1881 - 1882 |
Sucedido por: Pedro Luís Pereira de Sousa |
[editar] Presidência do Ministério
Paranaguá foi primeiro-ministro no 30º gabinete, em 1882. Como ministro da fazenda reduziu a emissão de papel-moeda e diminuiu os juros da dívida pública. Era pertencente ao Partido Liberal.
Precedido por: Martinho Alvares da Silva Campos |
Primeiro-ministro do Brasil 3 de julho de 1882 — 24 de maio de 1883 |
Sucedido por: Lafayette Rodrigues Pereira |