José Berardo

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José Manuel Rodrigues Berardo (Ilha da Madeira, 4 de Julho de 1944) é um empresário português. Habitualmente conhecido como comendador Joe Berardo, emigrou em 1963 para a África do Sul, onde casou com Carolina Conceição. Tem dois filhos, Cláudia e Renato.

Em 2004 foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2005 foi agraciado com a Legião de Honra, a mais alta condecoração de França.

[editar] História

José (Joe) Berardo é um coleccionador compulsivo. Desde menino que juntava na Madeira selos, caixas de fósforos ou postais de navios que atracavam na sua ilha. Hoje, o décimo homem mais rico de Portugal, com uma fortuna estimada em 527 milhões de euros, possui uma outra colecção, criada a partir da década de oitenta e que é apontada como uma das mais influentes do Mundo. O seu valor foi avaliado em Dezembro de 2006, pela Christie's em 316 milhões de euros.

A dimensão da colecção de arte, referida pela revista ArtNews como uma das 100 maiores do Mundo, não fez o empresário esquecer as suas colecções de infância, que ainda hoje guarda. Aos 19 anos emigrou para África do Sul onde casou com Carolina Conceição de quem tem dois filhos, Renato e Cláudia. Em 1979 disse que nunca regressaria a Portugal, facto que não se confirmou. O sentido pelos negócios nasceu em solo africano. Em poucos anos ergueu o grupo Egoli Consolidated Mines Limited. O grupo – que congregava diversas explorações mineiras de ouro e de extracção do ouro a partir de recuperação em areias auríferas – transformou-se numa das 100 maiores empresas sul-africanas. Foi também em 1979 que recebeu o grau de comendador pela Ordem do Infante D. Henrique entregue pelo então Presidente da República, general Ramalho Eanes.

[editar] Em Portugal

A adesão de Portugal à União Europeia em 1986 e o consequente crescimento económico fez o empresário perceber que era a altura de regressar.

Em Portugal, o empresário consolidou o gosto que desenvolvera na África do Sul de coleccionar obras de arte. O economista Francisco Capelo comprometeu-se em dar à colecção, que até então tinha um conteúdo essencialmente sul-africano, uma dimensão internacional. Capelo prometeu fazer de Berardo "o senhor Gulbenkian do século XXI".

O resultado superou as expectativas. Críticos mundiais de arte defendem aquilo que o jornal inglês "Independent" noticiou: A colecção de Berardo, uma das melhores colecções privadas da Europa, é superior à de Guggenheim.

As mais de quatro mil obras de arte são solicitadas para integrarem exposições em todo o Mundo, como o Centro Georges Pompidou, em Paris, a Tate Gallery, em Londres, o MoMA e Guggenheim Museum de Nova Iorque ou o Museu Rainha Sofia, em Madrid.

Em Portugal inaugurou em 1997 o "Sintra Museu de Arte Moderna Colecção Berardo". Na Madeira, parte da colecção está exposta no Centro de Artes Casa das Mudas, na Calheta.

Em Lisboa negoceia com o Governo a instalação da sua colecção no Centro Cultural de Belém, podendo servir de pólo central para um museu de arte contemporânea.