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Língua matis - Wikipédia

Língua matis

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Índice

[editar] Língua matis

Pelos estudos de Erikson e de Ferreira, é possível verificar que a língua matis faz parte da família lingüística Pano. Este fato torna-se evidente por meio da comparação do léxico e dos sistemas fonológicos e morfossintático do Matis com as línguas da família Pano.

Quanto aos trabalhos de pesquisa realizados sobre os Matis, até o momento, encontram-se os de antropologia, feitos por Philippe Erikson, e os de lingüística, realizados por Spanghero (2000, 2005) e por Ferreira (2001).

[editar] Situação sociolingüística do grupo matis

Os Matis foram contactados no final da década de 70. Por muitos anos, não houve nenhum estudo sobre eles. O primeiro pesquisador a fazer um trabalho acadêmico sobre esse grupo foi Philippe Erikson, antropólogo da Université de Paris X - Nanterre, cuja pesquisa resultou em uma tese de doutorado: “Les Matis d’Amazonie. Parure du corps, identié ethique et organization sociale”, defendida em 1990. Ele também publicou vários artigos sobre as pinturas corporais, caça e rituais do grupo.

O Matis sofreu muito após o seu contato com a sociedade nacional. Segundo dados apresentados pelo CEDI (1981, 1982) os Matis não passavam de 83 indivíduos em 1983.

Em virtude da grande dificuldade que a FUNAI enfrentava em atender os doentes e pela distância que se encontrava um grupo do outro (nessa época eles estavam agrupados em quatro clãs), foi feito um pedido para que eles se reunissem em uma só aldeia. Com isso, pôde-se dar uma maior assistência ao grupo como um todo. O primeiro lugar em que se reuniram foi perto de um igarapé, conhecido por “Bueiro”, se estabelecendo à margem do rio Ituí. Hoje, o grupo se encontra próximo ao igarapé conhecido como rio Branco. Ao longo destes 25 anos o grupo pôde retomar o seu crescimento demográfico, sendo, hoje, 262 indivíduos. Os rituais que haviam deixado de realizar foram retomados com bastante vigor, voltando a fazer parte de suas vidas.

O grupo continua sendo praticamente monolíngue, pois poucas pessoas têm domínio do português. Nos últimos anos surgiram três rapazes que têm tido muito sucesso na aprendizagem do português, em particular, destaca-se Bu, que atualmente estuda na cidade de Atalaia do Norte. Após o contato com a sociedade nacional, houve alguns efeitos consideráveis sobre a comunidade como um todo, afetando os padrões culturais. O grupo começou a consumir alimentos da cidade e a adquirir aparelhos eletrônicos. O maior efeito do contato hoje está sendo sobre os rapazes menores de 25 anos, que não sabem fazer as armas tradicionais (tidinte “zarabatana”, tawa “arco-flecha” e nete “lança”), como também não têm interesse em aprender a caçar com elas. Outro impacto ocorrido após o contato foi com relação às modificações nas representações etiológicas e nas representações associadas ao xamanismo. Quanto ao xamanismo, o grupo possuía o que denominam de o, uma espécie de “poder” adquirido de pai para filho; hoje, segundo os mais velhos, há somente três pessoas que possuem o o: Tumi Preto, Buu e Mak. Eles me relataram que o o só é passado de pai para filho durante todo o crescimento, e aquele que quer ter esse “poder” necessita caminhar com seu pai, adquirindo orientações de como recebê-lo. Da mesma forma que os jovens, os adultos, após as mortes dos anciãos, não tiveram mais interesse em buscar esse “poder” xamanístico.

Segundo Erikson (1994, p. 180), “sho é a substância característica - e mesmo a fonte de poder - dos xamãs e dos homens importantes. Mas o campo do conceito transborda em muito do estrito quadro da etiologia”. Ainda, segundo o autor, a busca do o os expunha a doenças, e após a grande mortandade ocorrida, fica razoável entender o medo com relação à aquisição do xo. No entanto, apesar dos jovens não buscarem mais este tipo de “poder”, eles ainda preservam rituais importantes, como o ritual do mariwin, uma força que vem para expurgar tudo de ruim que cada indivíduo fez ou recebeu, para castigar as crianças, segundo seus maus comportamentos, e para aumentar a “sorte” na busca de caça. Outro ritual importante em uso é o kanpuk, veneno de sapo injetado sob a pele, que produz vômitos. Assim, acreditam destruir o mal-estar e as doenças que atrapalham na caça ou nas atividades diárias. Com relação ao tabaco “anpuute” (an- “boca” puʂud- “fumaça” –te “”instr.nzr”).e aos alucinógenos “kawaro”, foram abandonados por imposição do enfermeiro da FUNAI (Erikson, 1994, p. 182).

[editar] A utilização dos termos nawa e Matsés

Os Matis tratam o não-índio com um termo diferente daquele utilizado para o índio de outra etnia. Os não-índios são chamados de nawa, termo diferente daquele utilizado para se referirem aos Mayorunas, Korubos, Marubos e outros, que seria Matses wtsi, ou seja, “as outras gentes”. Matsés é como os Matis se chamam quando encontram com um “estrangeiro” (o branco) ou com outra etnia. Isso não seria uma autodenominação (como já foi dito acima), pois há três autodenominações divididas por família: domo, tsawabo, dɨn midikibo. O termo Matsés “gente, ser humano” é utilizado por outros grupos dessa família, como os Mayorunas, Kulina, tankubo e outros. Segundo Keifenheim (1990, p.80), no momento em que estes grupos respondem “eu sou Matsés”, ou seja, “eu sou gente”.Com isso, eles estão afirmando sua identidade com seu interlocutor, isto é, que não são um espírito.

Compreender o significado do termo nawa não é uma tarefa fácil, visto que não há nada na língua que possa fazer referência a este termo. Isso não significa que, para os não-índios (os brancos), o termo nawa signifique “não-gente’. A melhor tradução pode ser é “estrangeiro”. Se refletirmos sobre o conhecimento de mundo desse grupo antes do contato, veremos que suas referências eram somente com relação àqueles que habitavam na mata como eles. Ao saírem para uma expedição, chegavam a uma casa comunal do grupo korubo. Os Matis sabiam da existência de outros grupos, dentre eles, os abo e os pwanbo, e tinham em mente que todos os outros indivíduos com que se deparavam faziam parte desse mesmo mundo. Ao terem contato com essa nova “espécie” de ser humano, utilizaram um termo para se referirem àqueles que são estrangeiros ao seu mundo, os nawa.

Segundo Lévi-Strauss (2003, p. 216) “O autônomo (...) determina um “si”, em contraste com outros “si”.” Assim, tratar da autodenominação Matis é uma tarefa complexa, principalmente porque este grupo não vivia em um só agrupamento, mas era dividido em famílias. De uma forma geral, eles se apresentavam como os dɨn midikibo, que significa “os mirikibo da cabeceira”. Além de se autodenominarem desse modo, eles se dividiam em famílias, como a do Tumi Preto, do Kanika e do Mak. O nome “Matis” vem do contato com os sertanistas. Por proximidade ao termo Matsés, os sertanistas e funcionários da FUNAI os chamaram de Matis, ficando na literatura e nos registros este nome para o grupo.

[editar] Assimilação Cultural

Desde o contato com o não-índio, os Matis passaram por uma série de transformações, dentre elas a perda do xamanismo. Eles conquistaram dos não-índios materiais como machado, facão, serrote, forno, utensílios domésticos, roupas, rádio e danças. Agora, os Matis querem conquistar a informação, isto é, saber falar, ler e escrever em português. Com isso, o grupo tem cobrado da FUNAI professores para a escola. A alfabetização tem sido feita somente em português , mas isso não significa que as crianças estejam deixando de falar Matis, porque são todas monolíngues. Por causa do contato que vêm tendo com os não-indígenas (que são a fonte de comércio), com a FUNAI (que é interlocutor entre eles e o não-indígena) e com as ONGs (que são os interlocutores políticos), os Matis decidiram que aprender português seria a melhor forma de se conseguir prestígio dentro da sociedade nacional. Essa busca do conhecimento da sociedade envolvente tem levado alguns pais a colocarem seus filhos para estudar na cidade. Os Matis não são os primeiros a tomarem esta atitude de busca do conhecimento, pois outros grupos já o fizeram com resultados bastante desastrosos.

Faz-se necessária uma discussão sobre a questão da educação entre o grupo matis. Já se avançou muito nas discussões sobre educação indígena. Ajudá-los, nesse momento, seria a melhor coisa a ser feita. Atualmente, os jovens não têm mais interesse pelas histórias tradicionais e pelas narrativas e estão perdendo também o interesse pela forma tradicional de caça. Eles têm valorizado cada vez mais a cultura envolvente.

Trabalhar com a língua seria, talvez, “resgatar” os valores culturais acima mencionados, como o xo, que foi perdido, dentre outras coisas que ainda podem ser mantidas.

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