Leão V de Bizâncio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Moeda da época de Leão V

Leão V o Arménio (em grego: Λέων Ε΄, Leōn V), (775 – 25 de Dezembro de 820), foi imperador de Bizâncio entre 813 e 820.

[editar] Vida

Leãoo era filho do patrício Bardas, de origem arménia. Leão prestou servuço sob o comando do general rebelde Bardanes Turcos, cujo partido abandonou a favor de Nicéforo I. O imperadro recompensou-o com doi spalácios, mas mais tarde exilou-o por ser ter casadi com a filha de outro rebelde, o patrício Arsaber. Chamado por Miguel I em 811, Leão tornou-se governador do theme Anatólio e saiu-se bem na guerra contra os Árabes em 812. Leão sobreviveu à batalha de Versinikia em 813 por ter fugido do campo de batalha, mas ainda assim tirou partido desta derrota para obirgar Miguel I a abdicar do trono a seu favor em 11 de Julho de 813.

Com Constantinopla sujeita a cerco terrestre por Krum, Leão V tornou-se imperador numa situação precária para o império. propôs negociar em pessoa com o invasor e tentou fazê-lo cair numa emboscada. O estratagem falhou, e embora Krum tivesse abandonado o cerco da cidade, capturou e despovoou Adrianopla e Arcadiópolis (Lüleburgaz). Quando Krum morreu na Primavera de 814, Leão V derrotou os Búlgaros nos arredores de (Nesebar) e os dois Estados firmaram pazes para 30 anos em 815.

Como a política iconódula dos seus antecessores estava associada com as derrotas às mãos dos Búlgaros e dos Árabes, Leão V reinstituiu a iconoclastia depois de depôr o patriarca de Constantinopla Nicéforo I e de convocar um sínodo para Constantinopla em 815. O imperador utilizou a sua política iconoclasta para confiscar os bens de iconódulos e demosteiros, tais como o rico mosteiro de Studios, cujo influente abade iconódulo, Teodoro de Studios mandou para o exílio.

Leãoo V nomeou comandantes militares competentes de entre os seus próprios antigos camaradas de armas, incluindo Miguel, o Amoriano e Tomás, o Eslavo. Também perseguiu os Paulicianos. Quando Leão mandou encarcerar Miguel por suspeitas de conspiração, este último fugiu da prosão e organizou o assassinato do imperador na catedral de Santa Sofia no dia de Natal de 820.

Leão estava a rezar sozinho diante do altar, com guardas no exterior da igreja. Os conspiradores disfarçaram-se de padres e de monges, comandados por Miguel, que tinha sido libertado pelos seus partidários apenas horas antes dos acontecimentos. Leão ainda tentou defender-se dos atacantes com uma grande cruz de madeira numa mão e um turíbulo na outra, mas o imperador acabou por sucumbir aos ferimentos. Miguel foi imediatamente aclamado imperador, enquanto as grilhetas ainda pendiam dos seus pulsos.