Linha 4 do Metrô de São Paulo

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A Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo compreende o trecho definido pelas estações Luz e Vila Sônia. É uma das linhas que atualmente estão em construção, com entrega das obras previstas gradualmente entre 2008 e 2012.

[editar] Histórico

Portas de plataforma

Esta linha já constava no projeto original do metrô, recebendo o nome de "Linha Sudeste-Sudoeste", e ligaria a Vila Sônia até a Vila Prudente, passando pelo centro. Com a construção do Expresso Tiradentes (antigo Fura-fila), projetado na gestão do prefeito Celso Pitta e com previsão de conclusão em 2007 (D. Pedro II - Sacomã), decidiu-se construir apenas o trecho sudoeste, a partir da estação da Luz. As plataformas de integração chegaram a ser construídas nas estações República e Pedro II, mas foram subutilizadas. A da estação República foi destruída para criar uma nova plataforma de integração, com método de construção mais moderno, e a da estação Pedro II se transformou em um depósito.

A linha em construção integrará com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô nas estações Luz, Paulista e República, servido as regiões de Vila Sônia, Morumbi (norte), Butantã, Pinheiros, Jardins, Avenida Paulista, Higienópolis, Consolação, República e Luz. Terá por característica ligar o centro da cidade à cidade de Taboão da Serra, passando por todo o vetor sudoeste da cidade, em pontos estratégicos como as avenidas Paulista, Faria Lima, Rebouças e Nações Unidas. Será a linha mais moderna do país, contando com "Portas de Plataforma", que é um tubo de acrílico que separa os usuários da via, evitando acidentes. Sistema semelhante opera no Metrô de Paris. Algumas estações possuirão as primeiras escadas rolantes em espiral do Brasil. Os trens serão de 6 carros, via alimentação catenária (aérea).

Entre as estações Butantã e São Paulo-Morumbi, estava prevista a construção da Estação Três Poderes. Os moradores desta região, temendo um considerável aumento no movimento de pessoas nas cercanias e a perda da tranquilidade do bairro protestou, preferindo não ter uma estação de metrô perto de casa. Para evitar qualquer polêmica nas proximidades de um período eleitoral, o então Governador e futuro candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin simplesmente retirou a estação do projeto. Atualmente, já existem boatos de que tal decisão deverá ser revista, pois, do contrário, haverá uma distância de mais de dois quilômetros entre uma estação e outra.

Existem ainda estudos para a implantação de um terminal rodoviário de média capacidade integrado à estação Vila Sônia, que abrigaria linhas com destino ao Vale do Ribeira (sul do Estado de São Paulo) e à Região Sul do país (exceto Oeste do Paraná). Esse terminal representaria uma economia de cerca de uma hora de viagem (ou mais), relativa ao deslocamento dos ônibus pelo trecho urbano da Capital do Terminal Rodoviário Tietê até o início da Rodovia Régis Bittencourt, evitando-se o tráfego pelas marginais Tietê e Pinheiros, que possuem trânsito carregado na maior parte do dia.

Existirá ainda um terminal rodoviário urbano junto a estação Butantã que abrigará as linhas de onibus vindos da USP(Cidade Universitária), Bonfiglioli, e outros bairros que se localizam ao redor da rodovia Raposo Tavares.

A construção têm 3 fases:

• Construção dos túneis entre Luz e o Pátio da Vila Sônia, estações de integração (Luz, República, Paulista, e Pinheiros) mais as estações Faria Lima e Butantã e a operação da linha, integrando o metrô e a CPTM.
• Construção das estações Vila Sônia, Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis, intermediárias do trecho Luz ↔ Vila Sônia
• Extensão operacional Vila Sônia ↔ Taboão da Serra realizada por ônibus gratuitos.

[editar] Características

[editar] Estações

Todas as estações da linha serão subterrâneas. A construção se aproveitará do método construtivo, e serão utilizados os túneis de escavação criados para a construção da estação, que depois se tornarão os acessos à estação e/ou saídas de ventilação.

[editar] Composições e trilhos

O consórcio ganhador da concessão da linha 4 já foi escolhido e chama-se Metroquatro. Eles deverão obedecer o edital da parceira público-privada que determina como serão os trens que irão operar na linha 4: deverão ter bitola internacional, de 1435mm, e alimentação via catenária (aérea), como na linha 5-Lilás. A tensão será de 1500 volts.

Os trens contarão com saída de emergência pela frente e traseira do trem, onde a máscara frontal do trem irá se abaixar, abrindo passagem e ainda criando uma rampa pela qual os passageiros poderão descer e andar, pelos trilhos, até a próxima estação. Também por isso, o espaço entre os trilhos ficará desimpedido, para evitar acidentes em uma evacuação. Além isso, não haverá passarelas laterais nos trechos entre as estações, como nas outras linhas. Então, para os passageiros dos vagões intermediários poderem sair, eles irão utilizar a passagem livre entre os trens, o chamado salão único, onde não há porta que impeça a passagem entre os carros (vagões).

Graças aos novos sistemas de controle dos trens, o headway (intervalo médio entre os trens) será o menor do mundo, com 75 segundos. Atualmente o mais rápido é uma das linhas do metrô russo, com cerca de 95 segundos. A linha 3 do metrô de São Paulo fica na segunda posição, com 98 segundos.

[editar] Polêmica sobre a Parceria Público-Privada

Desde o início das obras da nova linha, em 2004, os metroviários já demonstravam sua indignação perante o que definiram como privatização. A frustação da categoria, que considera abusivos os termos da concessão, culminou em uma greve, no dia 15 de agosto de 2006. O principal motivo foi devido aos termos da PPP, que serão resumidos a seguir:

• O governo do Estado investirá mais de US$ 922 milhões, ou 73% dos recursos, enquanto a iniciativa privada investirá US$ 340 milhões, ou 27% do total.
• O consórcio terá a concessão da linha por 30 anos, tendo controle operacional dela e recebendo o faturamento da mesma.
• O Metrô abrirá mão de todo o rendimento dos empreendimentos associados nas estações e arredores, tais como lojas, shoppings, estacionamentos, publicidades dentre outros durante a validade da concessão.
• O Metrô pagará o lucro prometido, caso a arrecadação tarifária não atinja a meta estabelecida de 20%, durante toda a concessão.

Além desses termos, o edital da PPP ainda define a padronização da linha e o pagamento de excedentes:

• Caso o lucro seja superior a 20% à estimativa, o consórcio deverá pagar ao governo o lucro excedente durante toda a concessão.
• A linha deverá atender aos mesmos padrões de excelência do metrô nos quesitos operacionais, de limpeza e segurança.
• A tarifa cobrada na linha 4 será a mesma das outras linhas do metrô.

[editar] Curiosidades

• Para que fosse construído o Pátio de Vila Sônia, o Metrô foi obrigado a eliminar um trecho de cerca de 250 metros da Avenida do Imigrante Japonês, o que gerou reclamações de boa parte dos moradores das cercanias, pois estes perderam seu principal acesso à Avenida Prof. Francisco Morato. Curiosamente, a linha, e conseqüentemente o pátio, serão inaugurados em 2008, ano do centenário da imigração japonesa no Brasil.

[editar] Prazos

Luz ↔ Butantã / Fase I / Operação comercial: Dezembro de 2008

Luz ↔ Vila Sônia / Fase II / Operação comercial: 2012

[editar] Ligações externas

• Site oficial do metrô da cidade de São Paulo
  • Mapa da Rede
  • Indicação de trajeto
  • Serviços
  • Notícias