Luísa de Gusmão
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Luísa Francisca de Gusmão (Sanlúcar de Barrameda, 1613 — Lisboa, 6 de Novembro de 1666), pelo seu casamento com João, duque de Bragança (12 de Janeiro de 1633) veio a ser a primeira rainha de Portugal da quarta dinastia.
Filha dos duques de Medina-Sidónia (os senhores mais poderosos da Andaluzia), era ambiciosa por natureza, mesmo apesar de espanhola, tendo orientado a política do marido na rebelião contra a Espanha. D. Luísa de Gusmão incitou-o a ser coroado mesmo que fossem precisos grandes sacrifícios "melhor ser Rainha por um dia, do que duquesa toda a vida". Quando da revolta de 1641 foi de parecer que os culpados não mereciam perdão, mesmo o inocente duque de Caminha. Foi nomeada regente depois da morte do rei, na menoridade de D. Afonso VI. As rivalidades da corte levaram-na a nomear a Junta Nocturna, com vários conselheiros da sua confiança, sendo o principal Frei Domingos do Rosário, hábil diplomata, se quis manter a soberania no palácio.
O partido afecto a D. Afonso lança-se abertamente na luta contra a rainha regente, sob a orientação de D. Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º conde de Castelo Melhor, que em 1661 pretende abandonar o governo, chegando a redigir um papel para justificar a sua atitude e a «monstruosidade que representava o reino com duas cabeças»; mas temendo a desastrosa administração de seu filho resolve manter-se regente. A aliança com Inglaterra, assinada em 1662 foi em grande parte obra sua, bem como a organização das forças que, no ano seguinte, já no governo de D. Afonso VI, vieram a obter as vitórias da Restauração. A viúva de D. João IV defendeu os princípios de liberdade e independência da Restauração e manteve-se no governo receosa que o filho mais velho o comprometesse.
Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, para onde foi transladada de Xabregas.
Precedido por: Isabel de Bourbon |
Rainha de Portugal 1640 — 1656 (regente do reino: 1656-1661) |
Sucedido por: Maria Francisca de Sabóia |