Maçonaria
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A Maçonaria é, em termos gerais, uma associação de homens livres e de bons costumes cultivando entre si o princípio da fraternidade. É uma organização discreta e define-se como filosófica, filantrópica e educativa. Os seus rituais praticam-se em segredo, transmitindo-os apenas aos seus membros iniciados, razão de alguma curiosidade ou controvérsia.
A Maçonaria utiliza o sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos , cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação (Ritual de aceitação) a cada grau e os segredos são transmitidos através de gestos, palavras e símbolos.
O nome "Maçonaria" provém do francês maçonnerie ou do inglês masonry que significa "construção". Esta construção é feita pelo maçom em suas lodges (Loja). Defende-se também que a palavra é mais antiga e tem origem na expressão copta Phree Messen, cujo significado é "filhos da luz".
Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros; o rough mason (pedreiro bruto) que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou polimento e o free mason (pedreiro livre) que detinha o segredo de polir a pedra bruta.
Reconhecem-se entre si por sinais, toques e palavras que mantêm restritos. Todavia, são conhecidos e publicados os segredos da interpretação dos símbolos. Os Maçons reunem-se em Loja e cada Loja Maçónica elege de entre os membros o seu Venerável Mestre.
A Maçonaria Simbólica compreende três graus;
- Aprendiz
- Companheiro
- Mestre
Índice |
[editar] Constituição de Anderson
- Constituição de Anderson ou Landmarks
Constituição, História, Leis, Obrigações, Ordens, Regulamentos e Usos da Muito Respeitável Fraternidade dos Pedreiros-Livres Aceites, coligida dos seus registos gerais e das fiéis tradições de muitas épocas. [...]
A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DA MAÇONARIA Para se falar na Origem Documentada da Maçonaria, foi preciso fazer esse giro pelos arraiais da Maçonaria Mística. E depois demonstrar que até o ano 1000, o que servia de proteção, como Casa e Lar do homem – era a Madeira. E que a profissão que predominava e sobressaia, era a de Carpinteiro e Marceneiro. Tanto era verdade, que as primitivas Organizações – as Guildas – eram compostas de homens que praticavam essas duas Antigas Profissões. Com o advento das Construções de Pedras e Alvenarias, começa a florescer e a destacar-se outra profissão – a dos Canteiros, Entalhadores. Isso começou a acontecer a partir do século XII. Grandes quantidades de guerreiros, seguiram na Primeira Cruzada, rumo à Cidade Santa de Jerusalém, que estavam nas mãos dos Sarracenos, dos Infiéis. Nas Estradas precárias da Europa, grupos de Salteadores e Bandoleiros cresciam em número e em audácia. As Propriedades do começo do 1º século do 2º milênio, eram atacadas por hordas de famintos e estrangeiros. Daí a necessidade de se erguerem muralhas, fortalezas para proteger os Burgos e seus proprietários, famílias e servos.
O Cristianismo estava em pleno progresso. Povos e mais povos eram catequizados pelos Soldados de Cristo – isto é, Bispos de grandes capacidades de catequese. E a Igreja ao receber Reis e a Nobreza, em suas fileiras, passou a contar, também, com uma ajuda financeira muito grande de seus novos Fiéis. E com dinheiro se faz muitas coisas. Então aqueles feios amontoados de madeira sujeito ao fogo e aos raios e a outros fenômenos da natureza, começavam a dar lugar às Grandes Catedrais de Pedras, como mostramos logo no início . Entre os anos de 1100 e 1300, milhares de Igrejas, Catedrais, Mosteiros, conventos, etc, foram erguidos na Europa.
E para dar conta de tanto Trabalho, uma leva de homens foi se especializando na arte de Construir. Uma Arte Antiga, mas pouco divulgada. E essa leva de Profissionais de Pedra, precisava de se organizar. Precisavam de um Estatuto. Precisavam de um espaço só seu. Foi então que Doze "Freemasons" (Pedreiro especializados em trabalhar na Pedra Franca), liderados por Henry Yevele, é bom guardar bem esse nome – Henry Yevele, nasceu em 1320 e morreu no ano de 1400 – foram até à Prefeitura de Londres, levando um esboço de um Estatuto do Trabalhador da Pedra e, numa audiência com o Alderman (Prefeito) e os Edis, apresentaram seu esboço de Estatuto, onde previa, além da Obediência às autoridades locais, também previa uma fidelidade (quase canina), ao Rei e à Religião Vigente, e, ainda, um pedido para que suas reuniões fossem fechadas, sem a presença de pessoas que não estivessem ligadas a ela. Esses 12 homens saíram daqui, do local onde está Igreja, Antiga Guilda – desta Guildhall, no dia 2 de fevereiro de 1356. É bom repetir – dois de fevereiro de 1356. Aqui está o Berço, o Dia, o Mês e o Ano do Nascimento da Maçonaria Documentada. Enquanto não apresentarem outro Documento, confiável, mais antigo. Este Documento que se encontra ainda hoje, na Biblioteca da Prefeitura de Londres, levará a glória e terá o privilégio de ser o Documento Maçônico mais Antigo. Mas para que não surja ou permaneça nenhuma dúvida, segundo o pesquisador da Quatuor Coronati, o Irmão G. H. T. French:
“O Primeiro Código ou Regulamento dos Maçons da Inglaterra, é datada de 2 de fevereiro de 1356, quando, como resultado da disputa entre Carvoeiros e Maçons, Pintores, Doze Mestres de uma Obra, representando aquele ramo da Arte de Construir, foram até ao Prefeito e Edis de Londres, na sede da Prefeitura e eles obtiveram uma Autorização Oficial, para que fizessem um Código e um Regulamento Interno, para a Instalação de uma Sociedade e, acabar, de vez, com a disputa e, também, para que de uma forma geral, ajudasse nos Trabalhos. O Preâmbulo do Código, confirma que aqueles homens, foram lá, realmente juntos; porque o seu Ofício, até então, não havia sido regulamentado, de nenhuma forma pelo Governo do Povo, como já acontecia com outras Profissões.”
Essa Sociedade dos Maçons (The Fellowship os Masons), durou, ou prevaleceu sozinha durante 20 anos – até 1376, quando foi fundada a Companhia dos Maçons de Londres.
Incidentemente, a primeira Regra desse Regulamento, regido naquela ocasião, como objetivo, do “Delimitação em Disputa”, quando estabelecida “que, muitos homens da profissão, podiam trabalhar em qualquer serviço relacionado com a sua profissão, desde que ele fosse perfeitamente hábil e conhecesse muito bem a profissão.”
Daí por diante, eles passaram a trabalhar segundo esse Código. E muitos outros foram surgindo, formando o que chamamos de Old Charges, ou Constituições Góticas.
Colaboração do Ir.•. Renato Burity Oliveira ARLS Fraternidade Rionovense nº 32, Or.•. de Ipiaú (BA). Fonte: O Aprendiz Maçom de Assis Carvalho
[editar] Ritos
Os ritos ou procedimentos ritualísticos, são métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimónias maçónicas. Entre os principais destacam-se:
- Rito Escocês Antigo e Aceito
- Rito de York
- Rito Schröder
- Rito Moderno
- Rito Brasileiro
- Rito Adonhiramita
No mundo existem mais de 200 ritos praticados actualmente, porém os mais utilizados são o de Rito de York e o Rito Escocês.
Outra classe de Ritos maçônicos menos comuns destacam-se pela abordagem mais esotérica e espiritualista como são os Ritos denominados Misraim e Memphis.
[editar] Graus
A maçonaria é composta por Graus Simbólicos e Filosóficos, variando de rito para rito.
A consituição dos três primeiros graus é obrigatória e está prevista nos landmarks da Ordem.
O trabalho realizado nos graus ditos "superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter filosófico. Existem diversos sistemas de graus superiores, como o de 33 graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, o de 13 graus do Rito de York, etc.
[editar] A Maçonaria em Portugal
- Grande Loja Regular de Portugal
- Grande Oriente Lusitano
- Grande Oriente Ibérico
[editar] A Maçonaria no Brasil
[editar] Maçonaria e sociabilidade
[editar] Potências
A Maçonaria no mundo se divide em Potências Maçônicas chamadas de Grande Lojas ou Grandes Orientes. São unidades administrativas diferentes, mas propagam os mesmos ideais.
No Brasil Existem 3 grandes reuniões de Potências Maçônicas:
- Grande Oriente do Brasil - Grandes Orientes
- CMSB - Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (Grandes Lojas)
- COMAB - Grandes Orientes Independentes
[editar] Simbologia
[editar] Maçons Ilustres
[editar] Leituras Adicionais
- Max Heindel Maçonaria e Catolicismo
- Jules Boucher A Simbólica Maçónica
- Oswald Wirth O simbolismo hermético na sua relação com a Franco-Maçonaria
[editar] Ver também
- Ordo Templi Orientis
- Ordem DeMolay
- Filhas de Jó
- Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas
- Rosa-cruz
- Esoterismo
- Ocultismo
- Alquimia
- Hermetismo
- Ordem do Templo
[editar] Ligações externas
- A.·.R.·.L.·.S.·. Madeira da Arca, 523
- G.·.L.·.R.·.P.·. Grande Loja regular de Portugal
- R.·.L.·. Camelot nº 50 a Or.·. de Lisboa
- G.·. O.·. L.·. Grande Oriente Lusitano
- G.·.L.·.T.·.P.·. Grande Loja Tradicional de Portugal
- Grande Loja Nacional Portuguesa
- Grande Loja Legal de Portugal
- Portal Maçónico Português
- G.·.O.·.B.·. Grande Oriente do Brasil
- Grande Loja Unida do Brasil
- G.·.L.·.N.·.F.·.Grande Loja Nacional Francesa
- Grande Loja Unida de Inglaterra
- Freemasoncollection - Galeria de arte da Maçónica
- Antigo e Primitivo Rito de Misraim e Memphis
- Oriente de Sumaré
- A.·.R.·.L.·.S.·. Luz do Planalto Central
- Freemasonry.fm - Ligações Maçônicas.
- Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil.
- Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.
- Pedras - Revista de Maçonaria.