New Orleans
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
City of New Orleans | |
Cognome(s): The Crescent City, The Big Easy, The City That Care Forgot, America's Most Interesting City | |
Localização da cidade no Estado de Louisiana |
|
Coordenadas: 29°57′53"N, 90°4′14"O | |
---|---|
Estado | Louisiana |
Paróquia | Paróquia de New Orleans (co-existente com a cidade de New Orleans) |
Fundado em | 1718 |
Incorporado em | 1805 |
Prefeito | Ray Nagin |
Área | |
- Cidade | 907 km², 350,2 mi² |
- Terra | 467,6 km², 180,6 mi² |
- Água | 439,4 km², 169,7 mi² (35,31%) |
Altitude | -2 a 6 m, -7 a 20 ft |
Fuso horário | UTC -6/-7 |
População (2005) | |
- Cidade | 454 863 |
- Densidade | 973 hab/km², 2 518 hab/mi² |
- Metrópole | 1 319 367 |
Website: www.cityofno.com |
New Orleans, também chamada de Nova Orleans ou de Nova Orleães em português, é a maior cidade do Estado americano de Louisiana. A New Orleans foi fundada originalmente por exploradores franceses, com o nome de Nouvelle Orléans (atualmente, o nome da cidade em francês é La Nouvelle-Orléans). Está localizado no sudeste do Estado, ao sul do Lago Pontchartrain, no ponto mais baixo do estado. A cidade é co-existente com a Paróquia de Orleans. Segundo o censo americano de 2000, a população da cidade é de 484 674 habitantes, e sua região metropolitana possui 1 337 726 habitantes.
New Orleans é uma cidade conhecida pelo seu legado multicultural - especialmente influências culturais francesas, espanholas e afro-americanas, e pela sua música e pela sua culinária. New Orleans é um destino turístico internacional mundialmente famoso graças aos seus vários festivais. Entre elas, as mais importantes são o Mardi Gras, Jazz Fest, Southern Decadence, e o festival de futebol americano Sugar Bowl.
New Orleans foi fundada em 1718, por Jean Baptiste le Moyne. Moyne foi o governador da colônia francesa de Louisiana. A cidade foi assim nomeada em homenagem a Filipe, Duque de Orléans, que era então o regente e o chefe de estado da França à época em que New Orleans foi fundada.
New Orleans é o centro portuário mais movimentado do Estados Unidos, e o quarto mais movimentado do mundo, graças à sua localização próxima ao Golfo do México e do Rio Mississippi, fazendo da cidade um pólo de conexão para produtos que são importados/exportados para a América Latina. Além disso, a indústria petroleira é também de grande importância para a economia da cidade. Esta indústria é forte na cidade graças a vários postos de extração de petróleo localizados próximos à cidade, ao longo da Costa do Golfo. O turismo também é uma fonte de renda primária da cidade.
New Orleans possui vários cognomes, que descrevem diversas características da cidade. Entre elas, as mais conhecidas são The Crescent City (descrevendo seu formato ao longo do Rio Mississippi), The Big Easy (uma referência feita por músicos, graças à relativamente facilidade de encontrar um emprego na cidade) e The City that Care Forgot (associada com a natureza amistosa dos habitantes da cidade). O lema de New Orleans, não-oficial mas muito citado na cidade, é Laissez les bons temps rouler ("Deixe os bons tempos rolarem").
O nome da cidade é comumente abreviada NOLA. O gentílico dos habitantes da cidade é Orleniano(a).
Índice |
[editar] História
[editar] Até século XIX
Tribos nativos americanos Chicksaw, Choctaw e Natchez viviam na região onde a cidade de New Orleans atualmente está localizada milhares de anos antes da chegada dos primeiros europeus. Os primeiros exploradores europeus a explorarem a região foram os franceses. O primeiro europeu a explorar a região onde a cidade de New Orleans está atualmente localizada foi René-Robert Cavelier, que havia partido de Quebec em direção aos Grandes Lagos, e de lá, partiu para a região próxima à nascente do Rio Mississippi. Após ter descido todo o rio, Cavelier reindivicou muito da bacia hidrográfica do Mississippi à coroa francesa.
New Orleans foi fundada em 1718 por colonos franceses em 1718, sob o nome de La Nouvelle-Orléans. Estes colonos eram liderados por Jean-Baptiste Le Moyne de Bienville. O local foi escolhido para a fundação de um novo assentamento por causa de duas características: seu inusitado relevo relativamente alto em uma região de muita baixa altitude, vunerável à enchentes e inundações, e por estar próximo à um posto comercial francês (onde comerciantes faziam diversas trocas comerciais com indígenas) e de uma estrada indígena. New Orleans tornou-se a capital da província colonial francesa de Louisiana (parte da Nova França) em 1722, substituíndo Biloxi.
Em 1763, sob os termos do Tratado de Paris, toda as regiões da Lousiana a oeste do Rio Mississippi passaram a ser controladas pelos espanhóis. Assim, New Orleans passou ao controle espanhol. Muitos dos habitantes francófonos da cidade ficaram descontentes com o fato de que a cidade estaria sob controle espanhol, e vários deixaram a cidade, indo em direção ao atual Quebec ou retornando à França. O maior descontentamento entre a população francófona da cidade levou à uma manifestação popular que forçou o primeiro governador da Louisiana a fugir da cidade. Tropas espanholas acabaram com esta rebelião em 1769. Outros habitantes francófonos pressionaram politicamente os espanhóis, através de diversos abaixos-assinados.
Em 1788, um grande incêndio, o maior da história do estado de Lousiana, destruiu mais de 850 estruturas. Em 1795, quando a cidade ainda estava sendo reconstruída, um novo incêndio ocorreu, destruíndo cerca de 200 estruturas. Por causa dos incêndios e da colonização espanhola, muito das estruturas do século XIX da cidade possuem características da arquitetura espanhola.
Em 1795, a Espanha cedeu aos Estados Unidos da América o direito de usar as facilidades portuárias da cidade.
[editar] Século XIX
Em 1800, através de um acordo secreto realizado entre a Espanha e a França, a Lousiana voltou a fazer parte da França. Os Estados Unidos souberam da compra somente em março de 1803. Em abril, os americanos compraram a Louisiana da França. As bandeiras espanholas içadas na cidade seriam somente substituídas por bandeiras francesas em 30 de novembro. Em 20 de dezembro, os americanos oficialmente tomaram posse da cidade, e subsittuíram então as bandeiras francesas por bandeiras americanas. Então, a população da cidade era de aproximadamente 10 mil habitantes. Em 1805, New Orleans foi elevada à categoria de cidade primária (city). Em 1812, Lousiana tornou-se um estado do Estados Unidos, e New Orleans continuou a ser a capital da região.
Desde os primórdios da história da cidade, uma característica da cidade era sua população cosmopólita, poliglota e multicultural. A cidade cresceu rapidamente, com grandes números de americanos, franceses e haitianos tendo instalado-se na cidade. Durante a Guerra de 1812, o Reino Unido enviou uma força militar, cujos objetivos eram a captura de New Orleans e o pedido de ajuda a um pirata instalado na cidade, Jean Laffite. Este, porém, juntou-se com os americanos. Os britâncos foram derrotados por forças americanas lideradas por Andrew Jackson e por piratas liderados por Laffite em 8 de janeiro de 1815, a apenas alguns quilômetros da cidade.
Após o término da guerra, New Orleans prosperou economicamente, atraindo milhares de imigrantes, a maioria, alemães ou irlandeses. A população da cidade dobrou na década de 1830. Em 1840, New Orleans tinha uma população de 102 193 habitantes, e era então a quarta maior cidade do país. New Orleans tornou-se extremamente ativa culturamente, com vários teatros, óperas e museus tendo sido inaugurados na cidade, operando dia e noite. Porém, o crescimento populacional da cidade era interrompida por vezes por epidemias de febre amarela. As autoridades da cidade, então, não sabiam que a causa destas epidemias eram os pântanos localizados próximos à cidade, que criavam um terreno propício para a criação dos mosquitos transmissores da doença. A maior destas epidemias ocorreu em 1853, e que matou cerca de 10 mil pessoas.
New Orleans foi a capital do Estado de Louisiana até 1849, quando então a capital do Estado passou a ser Baton Rouge. Em 1865, New Orleans novamente tornou-se a capital da Lousiana até 1880, quando a capital mudou-se definitivamente para Baton Rouge. Como um centro portuário de grande porte, New Orleans possuiu um papel primário no comércio de escravos, equanto que a cidade possuía, ao mesmo tempo, a maior comunidade afro-americana do Estados Unidos da América.
Em 1861, a Lousiana separou-se dos Estados Unidos e juntou-se aos Estados Confederados da América. Ainda no mesmo ano, a Guerra Civil Americana teve início. New Orleans, como um porto primário de grande importância para a Confederação, foi um alvo primário de ataques navais da marinha americana. Em abril de 1862, New Orleans foi capturada por tropas americanas. Nenhuma batalha em defesa da cidade ocorreu, e a cidade foi tomada sem resistência. Assim, New Orleans foi poupada da destruição que afetou outras cidades-chave da Confederação. Porém, a economia de New Orleans entrou em uma grande recessão, que duraria cerca de uma década, por causa do bloqueio econômico naval da União à Confederação, conhecida como Plano Anaconda, e por causa da inauguração de diversas ferrovias à cidade, assim diminuindo a importância do porto para a economia de New Orleans.
Tropas americanas ocuparam a cidade até 1877. Por algum tempo, o governo americano cedeu a militares e a civis de descendência afro-americanas o governo da cidade, revoltando a maioria dos habitantes brancos da cidade. Uma grande rebelião entre brancos e afro-americanos ocorreu em 1866, onde cerca de 50 pessoas morreram. A partir do final da década de 1870, a economia de New Orleans passou a recuperar-se. Em 1879, a baía portuária da cidade foi ampliada. Em 1884, a cidade sediou uma Feira Mundial.
[editar] Século XX
No início do século XX, New Orleans possuía uma população de cerca de 287 mil habitantes. Durante a década de 1900, muitos imigrantes italianos instalaram-se na cidade. Em 1905, as epidemias de febre amarela que afligiam New Orleans desde os primórdios da colonização da região foram exterminadas graças a um programa adotado pela prefeitura da cidade, cujo objetivo era a destruição dos principais focos de procriação dos insetos transmissores da doença.
Muito de New Orleans está localizado abaixo do nível do mar, e por causa disso, a cidade é cercada por diques. Até o início do século XX, construção de estruturas estava limitada primariamente às poucas terras localizadas acima do nível do mar, próximos a diques naturais. A cidade era então completamente cercada por pântanos, que eram vuneráveis a enchentes e inundações do Rio Mississippi. Na década de 1910, o engenheiro e inventor Baldwin Wood criou seu ambicioso plano para drenar estes pântanos, através do uso de grandes bombas que foram desenhadas por ele mesmo. Tais bombas d' água ainda estão em uso em tempos atuais. Toda a água da chuva deve ser bombeada para canais que levam ao Lago Pontchartrain. Estas bombas d' água e a drenação dos pântanos permitiram que a cidade se expandisse bastante em área. Porém, o bombeamento de água contida no subsolo resultou em sedimentação do solo, diminuindo assim a capacidade deste solo em absorver água, assim, aumentando muito o risco de enchentes. Ao longo do século, diversos avisos foram feitos que um furacão ou uma enchente em grande escala do Rio Mississippi poderia criar um lago no centro da cidade, com uma profundidade de até 9 metros, cuja água levaria meses para ser bombeada. Em 1932, New Orleans inaugurou um canal, a Bonnet Carré Spillway, que diminuiu o risco de enchentes, desviando água do Lago Pontchartrain até o Rio Mississippi.
Durante a década de 1920, em um esforço de modernizar a aparência da cidade, a prefeitura de New Orleans removeu muito dos antigos terraços de ferro da Rua Canal. Durante a década de 1960, todos os locais que eram segregrados entre a população branca e afro-americana foram reintegrados, entre eles, escolas e bibliotecas. Ainda durante a década de 1960, a cidade subsituiu suas linhas de bonde por linhas de ônibus. Anós após esta mudança, a prefeitura decidiu substituir muitas destas linhas de ônibus por linhas de bonde, durante a década de 1990.
A partir da década de 1960, a população de New Orleans passou a crescer mais lentamente, com a maior parte do crescimento populacional ocorrendo na região metropolitana da cidade. Metairie é atualmente o maior subúrbio de New Orleans. A partir da década de 1970, a importância do turismo passou a aumentar gradativamente, tornando-se uma das principais fontes de renda da cidade. Diversas áreas anteriomente voltadas para os habitantes locais de New Orleans passaram a voltar sua atenção para a indústria doméstica e internacional. Em 1975, a Lousiana Superdome, um estádio esportivo de grande capacidade, foi inaugurado. Um século após ter sediado uma Feira Mundial, em 1884, New Orleans sediou uma segunda feira mundial, a Exposição Mundial de Lousiana de 1984.
Na tarde de sábado, 14 de dezembro de 1996, um navio de carga chocou-se com um shopping center e um hotel na cidade, ambas localizadas às margens do Rio Mississippi. Nenhuma pessoa morreu, mas 116 ficaram feridas, 15 lojas e 456 quartos de hotel foram destruídos. O navio foi removido do local somente em 6 de janeiro de 1997.
[editar] 2000 - Tempos atuais
New Orleans foi atingida em cheio pelo furacão Katrina em 29 de agosto de 2005. O Katrina foi categorizado inicialmente como um furacão de categoria 5 na Escala de Furacões de Saffir-Simpson, a mais destrutiva categoria de todas. O Katrina, porém, foi rebaixado posteriomente para um furacão categoria 4.
A prefeitura da cidade instituiu uma evacuação mandatória de emergência de toda a cidade, a primeira ordem deste gênero implementada na cidade. Porém, por causa da falta de planejamento de transporte, principalmente aos milhares de pessoas que não possuem carros, muitos habitantes da cidade foram forçados a ficar na cidade. Outros decidiram simplesmente continuar na cidade. Muitos dos milhares de habitantes que permaneceram foram movidos para o Superdome.
Muito de New Orleans está localizado abaixo do nível do mar, e protegida de enchentes do Rio Mississippi através de diques. Por causa destes diques e da sedimentação do subsolo da cidade, uma grande tempestade ou furacão causaria grande estrago na cidade, uma vez que os diques e a sedimentação impermeabilizaram o solo da cidade, e impediram um rápido escoamento da água à outras regiões. New Orleans foi atingido por ventos de até 200 quilômetros por hora, e cerca de 40% da cidade foi alagada, por causa do furacão Katrina. O estádio Superdome ficou seriamente danificado, e os milhares de pessoas dentro do estádio viveram por cerca de uma semana sob condições insanitárias, até serem evacuadas pelo governo americano à outras regiões consideradas seguras. Enquanto isto, muitas lojas foram saqueadas, e vários roubos foram registrados. Milhares de policiais foram enviados à cidade para tentar manter o controle da região, e lei marcial foi instituída pelo prefeito de New Orleans.
Em 30 de agosto de 2005, dois dos diques que cercavam New Orleans cederam à grande pressão das águas do Lago Pontchartrain. Os reservatórios destes diques já estavam acima da capacidade, graças ao furacão. Por causa disso, 89% da cidade foi alagada, com a água atingindo uma profundidade de até 7,6 metros. Companhias seguradoras estimam os estragos entre 10 e 25 bilhões de dólares, enquanto que o prejuízo econômico total está estimado em 100 bilhões de dólares. Se os danos do furacão Katrina superarem os estimados 25 bilhões de dólares, o Katrina tornará-se o furacão que causou mais prejuízos na história do Estados Unidos da América. Não se sabe o número de mortos, embora seja possível que este total seja de vários milhares.
Atualmente, os esforços de limpeza de destroços e de reconstrução ainda estão em continuamento em New Orleans. Embora a maior parte da cidade está aberta para ocupação, muitas áreas, especialmente aquelas pesadamente danificadas pelo furacão e pela inundação, ainda possuem serviço de infra-estrutura básica (eletricidade, água potável, coleta de lixo, etc) irregular, e a secção mais atingida da cidade, uma parte do Lower Ninth Ward, ainda não está aberta para ocupação.
[editar] Geografia
New Orleans está localizado nas planícies litorâneas do Rio Mississippi, a aproximadamente 160 quilômetros longe da foz do rio, no Golfo do México. A geografia da região caracteriza-se pela sua baixíssima altitude, com várias áreas estando localizadas em uma altidude abaixo do nível do mar. Por causa de sua baixa altitude e do seu terreno muito pouco acidentado, um pequeno aumento do volume das águas do Rio Mississippi pode desencadear enchentes ao longo da região inferior do rio. Enchentes são comuns no sul da Louisiana, e estas enchentes, como consequência, depositam sedimentos no solo da regiào, tornando este solo extremamente fértil.
New Orleans está localizado na região de menor altitude de todo o estado de Lousiana, bem como está localizada em uma das regiões de menor altitude de todo o Estados Unidos, perdendo apenas para o Vale da Morte e para o Mar Salton. Muito da cidade está localizada entre 30 centímetros a 3 metros abaixo do nível do mar. Isto torna a regiào altamente vunerável a enchentes e inundações. Para tentar minimizar o risco de enchentes na região, um total de 112 grandes bombas d' água são usadas, capazes de bombear mais de 95 bilhões de litros de água por dia. Porém, basta apenas 4 centímetros de precipitação, causada por uma grande tempestade ou um furacão, para que maior inundação possa ocorrer. Neste caso, as bombas d' água não removem água suficiente, e a sedimentação do solo da cidade e os diques atuam como um imenso reservatório de água, suficiente para formar um lago artificial que pode ter até 9 metros de profundidade. Por causa disto, a maioria dos cemitérios da cidade usam sepulturas não subterrâneas.
A região metropolitana de New Orleans é a trigésima nona maior área urbana do Estados Unidos.
[editar] Clima
O clima de New Orleans é subtropical, com invernos amenos e verões quentes e úmidos. Em janeiro, a temperatura mínima média da cidade é de 6°C, e máximas diárias em torno de 17°C. Em julho, a média das mínimas são de 23°C e a média das máximas é de 33°C. A temperatura mais baixa já registrada em New Orleans é de -11.6°C, registrada em 23 de dezembro de 1989. A temperatura mais alta já registrada na cidade é de 38.9°C, registrada em 22 de agosto de 1980. A taxa de precipitação média anual de chuva na cidade é de 152 centímetros.
Em raras ocasiões, neva na cidade. A última vez que nevou na cidade foi no natal de 2004. Em 25 de dezembro deste ano, uma combinação de chuva, granizo e neve caiu na cidade. A taxa de precipitação de neve mais alta já registrada na cidade foi de 11 centímetros, registrada no natal de 1954.
[editar] Administração
New Orleans é administrada por um prefeito e por um conselho municipal. O conselho municipal consiste em 5 membros. New Orleans está dividido em cinco distintos distritos eleitorais. A população de cada cidade elege uma pessoa que atuará como representante do distrito no conselho municipal. Outras duas pessoas são escolhidas por estes 5 membros para atuarem no conselho, elevando o número total de membros do conselho municipal para 7. Já o prefeito é escolhido pela população eleitoral da cidade. New Orleans e a paróquia de Orleans são a mesma subdivisão política. Até 1870, porém, New Orleans e a paróquia eram duas distintas subdivisões.
O prefeito da cidade escolhe um oficial administrativo, encarregado de auxiliar o prefeito e o conselho em administrar a cidade. Leis são criadas e aprovadas pelo conselho. O prefeito pode vetar estas leis, mas não caso cinco ou mais membros do conselho sejam a favor da implementação da lei.
[editar] Demografia
|
|
Segundo o censo americano de 2000, New Orleans possui 484 674 habitantes, 188 251 residências ocupadas e 112 950 famílias. A densidade populacional da cidade é de 1 036,4 hab/km². A cidade possui um total de 215 091 residências, que resultam em uma densidade de 459,9 residências/km². 67,25% da população da cidade são afro-americanos, 28,05% são brancos, 2,26% são asiáticos, 0,2% são nativos americanos, 0,02% são nativos polinésios, 0,93% são de outras raças e 1,28% são descendentes de duas ou mais raças. 3,06% da população da cidade são hispânicos de qualquer raça.
Existem na cidade 188 251 residências ocupadas, dos quais 29,2% abrigam pessoas com menos de 18 anos de idade, 30,8% abrigam um casal, 24,5% são famílias com uma mulher sem marido presente como chefe de família, e 40% não são famílias. 33,2% de todas as residências ocupadas são habitadas por apenas uma pessoa, e 9,7% das residências ocupadas na cidade são habitadas por uma única pessoa com 65 anos ou mais de idade. Em média, cada residência ocupada possui 2,48 pessoas e cada família é composta por 3,23 membros.
26,7% da população da cidade possui menos de 18 anos de idade, 11,4% possuem entre 18 e 24 anos de idade, 29,3% possuem entre 25 e 44 anos de idade, 20,9% possuem entre 45 e 64 anos de idade, e 11,7% possuem 65 anos de idade ou mais. A idade média da população da cidade é de 33 anos. Para cada 100 pessoas do sexo feminino existem 88,2 pessoas do sexo masculino. Para cada 100 pessoas do sexo feminino com 18 anos ou mais de idade existem 83,3 pessoas do sexo masculino.
A renda média anual de uma residência ocupada é de 27 133 dólares, e a renda média anual de uma família é de 32 338 dólares. Pessoas do sexo masculino possuem uma renda média anual de 30 862 dólares, e pessoas do sexo feminino, 23 768 dólares. A renda per capita da cidade é de 17 258 dólares. 27,9% da população da cidade e 23,7% das famílias da cidade vivem abaixo da linha de pobreza. 40,3% das pessoas com 17 anos ou menos de idade e 19,3% das pessoas com 65 anos ou mais de idade estão vivendo abaixo da linha de pobreza.
Estes dados são provenientes do censo americano de 2000, e portanto, não levam em conta o grande êxodo populacional causado pelo Furacão Katrina. Estimativas da população atual da cidade são altamente especulativas. Uma análise do sociólogo John R. Logan, da Universidade Brown, de jnaeiro de 2006, estima a população de New Orleans em aproximadamente 200 mil habitantes. A mesma análise estima que aproximadamente 50% da população branca e 80% da população afro-americana tenha abandonado definitivamente a cidade.
[editar] Economia
New Orleans é um grande centro industrial e de distribuição, e é também um dos principais centros portuários do Estados Unidos. É o quarto porto mais movimentado do mundo e o porto mais movimentado do país.
Como Houston, New Orleans está localizada próximo ao litoral do Golfo do México, onde vários poços de petróleo estão localizados. Um número de companhias petroleiras possuem quartéis-generais regionais na cidade, incluindo a British Petroleum, a Chevron, a ConocoPhilips e a Royal Dutch Shell. A cidade é sede do principal quartel-general da Entergy Corporation, um fornecedor de energia elétrica.
O governo federal possui uma presença significante na área. A Michoud Assembly Facility, da NASA, está localizada em New Orleans. Lockheed Martin também possui um grande centro industrial na região metropolitana de New Orleans, que produz tanques de combustível para ônibus espaciais.
New Orleans é uma das cidades mais visitadas por turistas no Estados Unidos, e o turismo é uma das principais fontes de renda. Os carnavais da cidade, o Mardi Gras, o Suger Bowl, o New Orleans Jazz & Heritage Festival e o Southern Decadence são grandes festivais que atraem anualmente milhões de turistas por ano. Os turistas também são atraídos pela arquitetura e pelos aspectos culturais da cidade.
[editar] Educação
New Orleans Public Schools é o distrito escolar público de New Orleans, encarregado de administrar as escolas públicas da cidade. A Jefferson Parish Public Schools opera na paróquia vizinha de Jefferson. A New Orleans Public Schools administra cerca de 100 escolas. As paróquias de Paróquia de Saint Tammany e River também administram seus próprios sistemas educacionais. A região metropolitana de New Orleans possui cerca de 200 escolas paroquiais. New Orleans administra um sistema de bibliotecas públicas, compostas por uma biblioteca central e várias bibliotecas de menor porte.
Várias instituições de ensino superior estão localizadas dentro da cidade, das quais as principais são a Universidade de Tulane, a Universidade de Loyola, a Universidade Dillard, a Southern University at New Orleans, a Universidade Xavier de Louisiana, a Universidade de New Orlans, a Louisiana State University Medical School e a Faculdade Herzing.
[editar] Vida cultural
[editar] Pontos de interesse
A região metropolitana de New Orleans possui várias atrações turísticas, desde as internacionalmente conhecidas Bourbon Street e o French Quarter, conhecidas pela sua ativa vida noturna, a St. Charles Avenue, casa da Universidade de Tulane e da Universidade de Loyola, até várias mansões do século XIX.
Os principais pontos turísticos de New Orleans incluem o French Quarter, conhecido na região como The Quarter. Esta região data dos tempos na qual New Orleans estava sob controle francês e espanhol. O French Quarter contém vários hotéis, bares e clubes noturnos, bem como a Jackson Square, a St. Louis Cathedral e o Mercado Francês, incluindo o Café du Monde, famosa por seu café ao leite; bem como a Preservation Hall. Dois museus estão localizados no French Quarter, um é uma ex-casa da Moeda americana e a outra dedica-se ao fornecimento de materiais relacionados com o Dia D. Um autêntico barco turístico a vapor, o Natchez, navega pelo rio Mississippi duas vezes por dia.
Museus de arte na cidade incluem o Museu de Artes de New Orleans e o Museu Ogden de Arte Sulista. O Parque Audubon e o Zoológico Audubon também estão localizados em New Orleans. A cidade também é conhecida por sues vários belos cemitérios. New Orleans é conhecida mundialmente pela sua culinária, que inclui características da culinária francesa, latino-americana e afro-americana.
[editar] Eventos anuais
A região metropolitana de New Orleans é sede de diversos festivais anuais, tais como o Mardi Gras, Ano Novo e o New Orleans Jazz & Heritage Festival. A celebração mais famosa de New Orleans é sua estação de carnaval. A estação carnavalesca é conhecida pelo nome de Mardi Gras, que significa, literalmente, Terça Gorda. Todo ano, mais de um milhão de turistas comparecem à este evento.
O maior dos vários festivais musicais da cidade é o New Orleans Jazz & Heritage Festival. Este festival é comumente abreviado como Jazz Fest, sendo um dos maiores festivais de música de todo o Estados Unidos. As dezenas de milhares de turistas internacionais que atendem anualmente este festival experenciam música, comida, artes e artesanato típicas. Apesar do nome, este festival não está centralizado unicamente no jazz, possuindo uma grande variedade de música, incluindo música nativa da Louisiana e de outros músicos nacionalmente conhecidos.
[editar] Música
New Orleans têm sido sempre um centro musical importante no Estados Unidos, com sua mistura de culturas européias, latino-americanas e afro-americanas. New Orleans é conhecida pelo papel que músicos afro-americanos da cidade tiveram na formação do jazz. New Orleans é atualmente considerada a capital mundial do jazz. Décadas depois, a cidade seria casa a um estilo distintivo de rhythm and blues que muito contribuiria posteriomente para o surgimento e o crescimento da popularidade do rock and roll. Além disso, as áreas rurais próximas à cidade são casa da música cajun, da música zydeco, e dos blues.
[editar] Esportes
New Orleans é casa para várias equipes profissionais de esportes, que atuam nas principais ligas esportivas do estado. Entre elas, destacam-se a New Orleans Hornets (equipe de basquete, jogando na NBA) e a New Orleans Saints da National Football League. Os Saints jogam no Louisiana Superdome e os Hornets jogam no New Orleans Arena.
Historicamente, várias equipes esportivas já estiveram sediadas na cidade, incluindo o New Orleans Pelicans (basquete, 1887 - 1959), o New Orleans Night (futebol americano, 1991 - 1992), o New Orleans Buccanners (basquete, [[1967 - 1970), o New Orleans Jazz (basquete, 1974 - 1980) e o New Orleans Brass ([[hóquei sobre o gelo, 1997 - 2003).
[editar] Transportes
A região metropolitana de New Orleans é servido pelo Aeroporto Internacional Louis Armstrong New Orleans, localizado a aproximadamente 15 quilômetros oeste de New Orleans, na cidade de Kenner. Este aeroporto atende a milhões de passageiros anualmente, e cerca de 300 vôos sem escalas por dia, de e para destinos ao longo do Estados Unidos, Canadá, América Latina e do Caribe. O aeroporto também movimenta uma quantidade significante de vôos charter (não-regulares) de e para a Europa. O aeroporto também serve como escala para vários vôos da Federal Express.
Dentro dos limites de New Orleans está localizado o Aeroporto Lakefront, um aeroporto que atende unicamente a vôos da Aviação Geral. Também em New Orleans está localizado o Heliporto Central de New Orleans, localizado no topo do prédio de estacionamentos da Louisiana Superdome. Vários aeroportos regionais localizam-se ao longo da região metropolitana de New Orleans.
A Amtrak fornece serviço ferroviário de passageiros, operando no New Orleans Union Passenger Terminal três rotas ferroviárias de passageiros: uma para Nova Iorque, outra para Chicago, e uma terceira rota, Los Angeles - Orlando, na qual New Orleans é uma escala. Em adição, a cidade é servida por 6 companhias ferroviárias de carga de grande porte: a Union Pacific, a Burlington Northern Santa Fe (cujas ferrovias vem do oeste), a Norfolk Southern e a CSX, do leste, e a Canadian National e a Kansas City Southern, do norte.
O transporte público na cidade é operado pela New Orleans Regional Transit Authority. A companhia administra várias linhas de ônibus, que conectam a cidade com seus subúrbios, bem como três linhas ativas de bondes. Estas linhas de bonde são uma atração turística da cidade.
As ruas e avenidas da cidade estão organizadas em um padrão radial, de gradeamento.
O Porto de New Orleans movimenta cerca de 132 milhões de toneladas de carga por ano. O porto de New Orleans compõe a maior parte do Porto de South Louisiana. Esta última é o porto mais movimentado do Hemisfério Ocidental e o quarto mais movimentado do mundo. Cerca de 5 mil navios vindos e indo para cerca de 60 países diferentes atracam em New Orleans todo ano. Os principais produtos exportados são petróleo, cereais, carne e derivados de petróleo. Os principais produtos importados são produtos químicos em geral, café e petróleo.
New Orlans também possui duas balsas que atravessam o rio que corta o Garden District e o French Quarter. Estes ferries não cobram nada dos pedestres que a usam, mas motoristas pagam um dólar para poder cruzar o rio com seus veículos.
[editar] Problemas atuais
Os principais problemas atuais de New Orleans são a difícil reconstrução da cidade da destruição causada pelo Furacão Katrina, a pobreza, a criminalidade e o tráfico de drogas.
New Orleans possui altas taxas de criminalidade. Em 1994, 421 homicídios foram registrados, resultando em uma taxa de 85,8 homicídios para cada 100 mil habitantes, a maior entre qualquer cidade americana até os tempos atuais. Após 1994, as taxas de criminalidade da cidade caíram gradualmente, até 1999, quando passaram a aumentar até 2004. A cidade registrou a maior taxa de homicídio entre 100 mil habitantes entre grandes cidades americanas em 2002 (53,3 homicídios para cada 100 mil habitantes). Em 2004, foram registrados 275 homicídios.
Após o Furacão Katrina, a mídia americana deu destaque à grande redução das taxas de criminalidade de New Orleans, que se seguiu ao êxodo populacional da cidade. As taxas de criminalidade tem aumentado em tempos recentes, porém, à medida em que antigos habitantes voltam à cidade - embora o cálculo da taxa de criminalidade seja difícil uma vez que nenhuma fonte autoritativa pode citar a população atual da cidade. Como em outras cidades americanas de tamanho similar, a maioria dos homicídios e outros crimes violentos estão concentrados em certos bairros onde o tráfico de drogas é praticado amplamente. A maioria das vítimas de homicídios da cidade possuem registros criminais. Em 2003, a maioria das vítimas de homicídio da cidade foram assassinados menos de três meses após terem sido presos pela última vez. Os subúrbios de New Orleans possuem baixas taxas de criminalidade em geral. A taxa de homicídio da Região Metropolitana de New Orleans foi de 24,4 homicídios para cada 100 mil habitantes, em 2002.
[editar] Referências
- United States Census Bureau (em inglês)
- United States Department of Education (em inglês)
- King, Grace Elizabeth. New Orleans: The place and the people. Macmillan, 1928. ISBN B00088ZDNI
[editar] Ligações externas
- Website oficial de New Orleans (em inglês)
- Portal oficial de turismo de New Orleans (em inglês)
- NewOrleans.com (em inglês)