Ospedaletto Euganeo
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| Ospedaletto Euganeo | |
|---|---|
| Região: | Vêneto |
| Província: |  Pádua |
| Coordenadas: | 45° 14' N 11° 37' E |
| Área: | 21 km²: |
| População: | 5.395 hab. |
| Densidade: | 257 hab./km² |
| C. limítrofes: | Carceri, Este, Lozzo Atestino, Noventa Vicentina (VI), Ponso, Saletto, Santa Margherita d'Adige |
| Orago: | Madonna del Tresto, San Giovanni Battista |
Ospedaletto Euganeo é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Pádua, com cerca de 5.395 habitantes. Estende-se por uma área de 21 km2, tendo uma densidade populacional de 257 hab/km2. Faz fronteira com Carceri, Este, Lozzo Atestino, Noventa Vicentina (VI), Ponso, Saletto, Santa Margherita d'Adige.
Ospedaletto Euganeo pertence à região de Este e à Província de Pádua (Padova). Traços de antigos vestígios pré-históricos encontrados em Palugana e em Dossi atestam que o território do município foi habitado por populações paleo-vênetas. As terras foram então ocupadas pelos romanos que as dividiram em centúrias e as asseguraram aos veteranos da batalha de Azio. Os arqueólogos asseguram a existência de algumas estradas, provavelmente construídas à partir do século I A.C., em particular as que estão situadas nos distritos de Tresto e Palugana, onde passava a estrada que ligava Este aos veroneses. A toponímia de muitos locais dessa região parece indicar a existência de pântanos. O nome Palugana, apesar de ter uma etimologia dúbia, indica seguramente um pântano: sinal de que os trabalhos dos romanos em defesa dos campos e estradas foram abandonados nos séculos seguintes. O território se despovoou, os campos foram abandonados e as florestas cresceram. O renascimento começou durante a Alta Idade Média: as terras viraram rota de viajantes que se dirigiam aos locais de culto (Roma, a Terra Santa ou Santiago de Compostela) e que necessitavam de locais de pousada e descanso.
Para tanto, o rico Inchelbaldo doou ao bispo de Padova (Pádua) um terreno numa localidade chamada Rotta di Sandalo, com a finalidade de se construir um hospital dedicado a San Giacomo e confiado aos monges "ospedalieri" (1162). Por mais de um século o vilarejo que se formava em torno do hospital foi chamado de "San Iacopo de Hospitaleto", em homenagem ao santo padroeiro dos peregrinos. Ao final do século 12 foi construída uma segunda igreja dedicada a San Giovanni Battista (São João Batista), que substituiu a primeira dedicada a San Giacomo, arruinada e em desuso. A partir de então a localidade é citada como "San Giovanni Battista de Hospitaleto" ou simplesmente "Hospitaleto".
Somente após a unificação italiana a cidade muda de nome, assumindo o nome atual de Ospedaletto Euganeo. Os acontecimentos históricos de Ospedaletto seguiram os destinos das vilas da Baixada Padovana: rota de tropas de estenses, ezzelianas, scaliageras e carraresas, primeira de confluir no vasto império da República de Venezal; o longo e pacífico governo da Serenissima, interrompido somente pelas invasões dolorosas das tropas enviadas contra Veneza, pela Liga de Cambray, com a conquista de Napoleão e a chegada dos austríacos. O município tem baseado tradicionalmente a economia na agricultura. A atual rodovia nacional,l que divide a vila em dois, marca os limites entre a zona setentrional, dedicada à atividade rural e a zona meridional, habitada a séculos por artesãos e carpinteiros.
No centro está situada a zona industrial, com negócios e serviços. O antigo ritmo de vida tranquilo da vida rural alterou-se após a II Guerra Mundial, com a chegada do progresso: os edifícios mudam de aspecto e de função e as estradas se modernizam. Os distritos são bem iluminados e interligados. Desaparecem os caminhos estreitos, os pântanos são drenados, e os campos são trabalhados com muitas máquinas. Os tetos das casas não mais são feitos com palha. Tudo é mudado, assumindo um ritmo novo: os antigos instrumentos agrícolas desaparecem, os poços são agora usados para embelezar os jardins das casas. Da antiga vida rural permanecem apenas as histórias de uns poucos que ainda se recordam: o sabor dos pratos simples e gostosos, agora encontrados nas festas tradicionais.
Brasão
O Brasão foi concedido a Ospedaletto Euganeo por Vittorio Emanuele II em 1927: se trata de um escudo num fundo prata, dominado pela coroa real: uma cruz de prata, símbolo da paz, domina sobre três montes com um rio, que representa a planície de onde surge o município, rica de água e limitada ao norte pelos montes Eugâneos.
Santuário da Madona de Tresto
O complexo foi construído no local de uma miraculosa aparição da Virgem Maria, ocorrida segundo a tradição, ao barqueiro Giovanni di Bartolomeo Zielo da Ponso, na noite de 21 de setembro de 1468, na localidade de Tresto, atualmente um distrito de Ospedaletto Euganeo. O nome do distrito, Tresto ou Tresti, é de origem romana e lembra a distância entre este local e a cidade de Este, derivada portanto de uma corruptela da indicação da distância Tres milia (ad urbe) Atheste.
Em 1469 a igreja, o campanário e o mosteiro já existiam, construídos graças às ofertas dos fiéis. A custódia do local santo foi concedida aos monges agostinianos de San Girolamo da Fiesole. Os edifícios foram sendo erguidos nos séculos seguintes, sofrendo reestruturações e ampliações, compreendendo cadeiras, escuderias, celeiros e uma hospedaria para os viajantes. Em 1669 tornando-se propriedade do Seminário de Padova o santuário abriga o Colégio dos Nobres, fechado posteriormente em 1715. Seguiram-se alguns anos difíceis, durante os quais as estruturas se degradaram lentamente: os reitores permitem outra demolição. O santuário permenece como meta de peregrinação e as celebrações religiosas foram sempre assistidas seja por fiéis de passagem ou pela população residente.
Para vir de encontro à necessidade dos fiéis, depois pedido de sede da zona, a igreja erigiu a curazia (1927) e finalmente em 1930 se torna paróquia autônoma. Semelhante às linhas originárias de Monteortone, a igreja possui hoje capelas laterais e altares juntados em épocas sucessivas: o altar-mor por exemplo, adquirido em Veneza, provem de uma igreja demolida. No Santuário da Madona de Tresto está conservada uma notável coleção de "ex-votos", esplêndidos exemplos de arte popular, datados desde o fim do século 15 até o final do século 19. Pode-se admirar outros: uma preciosa couraça de ferro, doada pelo nobre Bonifacio de' Rossi, miraculosamente restabelecido de um ferimento ocorrido em uma batalha; o belíssimo manto da Madona de Tresto, obra atribuída a Jacopo de Montagnana (1440/90); os mantos de Santo Antonio e San Giuseppe, obra de Francesco Zanella, pintor padovano aluno de Ferrari (1637/1717). De notável intersse são também o manto com óculos do século 15, atribuída a Bissolo, e o retrato do bispo Gregorio Barbarigo, fundador do colégio dos Nobres, obra de Zanchi (1639-1722). A Festa de Tresto ocorre todos os anos no quarto domingo de setembro, para recordar a aparição da Virgem.
A festa é conhecida também como Festa de San Matio uma vez que a noite do milagre era dedicada a este santo (21 de setembro). Originalmente se celebrava como uma simples função religiosa. A festa foi depois estendida para três dias em 1868. Na ocasião do quarto centenário da aparição em 1979, a festa foi estendida para 10 dias.
Igreja da Santa Cruz
Bela igreja do século 16, de arquitetura latina, foi construída como uma simples capela e dotada de uma pequena casa paroquial. Se torna capela com cemitério e recebe seu primeiro campanário. Em seguida o presbitério foi ampliado e construída a sacristia. Em 1640 inaugurou-se o atual campanário.
