Palácio Apostólico
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O Palácio Apostólico, Palazzo Apostolico Vaticano, Palácio Papal ou Palácio Vaticano é a residência oficial do Papa na Cidade do Vaticano.
É uma complexo de construções que compreende hoje cerca de onze mil e 500 mil aposentos e 20 pátios: os Apartamentos Papais (escritórios de governo da Igreja Católica Romana), o Museu do Vaticano e a Biblioteca Apostólica Vaticana. No conjunto existem mais de mil salas (it: stanze). Entre as mais famosas inclúi-se a Capela Sistina, e seus afrescos admiráveis, a Sala Régia e as Stanze di Raffaello.
Mesmo quando, na Idade Média, os papas viviam ainda no Palácio Laterano, já havia alojamentos para o papa ao lado da Basílica de São Pedro. Um dos primeiros foi construído pelo papa Símaco (papa de 498 a 514) e substituído, no pontificado de Eugênio III (papa de 1145 a 1153). Mais tarde Inocêncio III (papa de 1198 a 1216) o aumentou e reforço suas estruturas, transformando-o basicamente em uma fortaleza. Apenas resta dele a torre, no canto do Cortile del Papagallo, que forma o centro do atual Vaticano.
Quando Gregório XI encontrou quase em ruínas o Palácio Laterano, ao retornar do exílio em Avignon em 1377, o Vaticano foi declarado residência oficial dos papas. Várias restaurações, extensões, fortificações foram periodicamente realizadas até que o papa Nicolau V (papa de 1447 a 1455) ordenou um programa de reconstrução sistemática. Ele mandou erguer o Cortile del Papagallo e fez Fra Angelico decorar sua capela particular, a Cappella Niccolina, na torre de Inocêncio III. No pontificado de Sixto IV (de 1471 a 1484) foi construída a Capela Sistina e sob Alexandre VI (papa de 1492 a 1503) o Appartamento Borgia e a Torre Borgia foram acrescentadas na ala residencial do papa, além do passetto (passagem coberta para o Castelo Sant´Angelo).
Já desde o pontificado de Inocêncio III (1484-1492) foram construído, no ponto mais alto da colina Vaticana, o Palazzo del Belvedere, e sob Júlio II (papa de 1503 a 1513) Bramante o uniu à parte mais antiga por meio do amplo Cortile del Belvedere. Júlio encarregou Michelangelo de pintar a Capela Sistina e Bramante de começar as loggias diante do atual Cortile di San Damaso. Rafael as decorou, no pontificado de Leão X (1513-1521).
Paulo III (papa de 1534 a 1549) confiou a decoração da Sala Regia e a construção da Capela Paolina a Antonio da Sangallo o Jovem; a capela foi pintada com afrescos por Michelangelo. No pontificado de Pio V, 1566-1572, e sob Sixto V (1585-1590) Domenico Fontana adicionou uma ala que hoje contem os apartamentos privados do papa, criando um segundo pátio, o cortile della Pigna.
Desde tais enormes trabalhos realizados na Renascença, poucas alterações foram feitas: a maior, a monumental Scala Regia, no papado de Urbano VIII (1623-1644) foi entregue ao gênio de Gian Lorenzo Bernini. As outras se referiram quase sempre ao aumento da superfície do Museu Vaticano (Musei Vaticani), da Pinacoteca, da Biblioteca.
Até 1871, a residência oficial do Papa era o Palácio do Quirinal. Em 1870, o Rei da Itália confiscou o palácio que se tornou sua residência oficial. Posteriormente, com a queda da monarquia italiana, com abdicação de Humberto II da Itália, em 1946, veio a ser a residência do Presidente da Itália.
Outras residências papais são o Palácio Laterano, em Roma, fora do Vaticano, e Castel Gandolfo fora de Roma, usado para veraneio.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Vaticano (em diversas línguas)
- Bibioteca Apostólica Vaticana