Partido Progressista (Brasil)
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O Partido Progressista (PP) é uma das principais forças políticas de direita no Brasil, estando ainda hoje entre as siglas de maior expressão nacional deste país. Suas cores são o vermelho, o branco e o azul e seu símbolo é uma flor estilizada. Seu código eleitoral é o 11. Vive um processo de lenta decadência desde a década de 70, que se acentuou com a volta da democracia.
Sua mais conhecida liderança, o ex-governador paulista Paulo Salim Maluf, concorreu indiretamente à Presidência da República em 1984 e foi derrotado por Tancredo Neves, fazendo com que sua chapa e seu grupo político perdessem força. Maluf conquistou a Prefeitura de São Paulo em 1992 , iniciando um longo período de domínio e influência de sua ala no Partido sobre a cidade que durou até o ano 2000, quando Maluf foi derrotado no segundo turno da disputa pela prefeitura por Marta Suplicy do PT. Em 2005, Maluf passou 41 dias preso na Polícia Federal, ao lado de seu filho, por acusação de coação de testemunha. Isso fez com que sua influência no partido, já descendente desde a derrota no primeiro turno da eleição para governador de São Paulo em 2002 e sob fortíssima oposição no interior da legenda, especialmente dentre os estados do sul brasileiro, diminuísse ainda mais. Porém, isso não o impediu de ser o deputado federal mais votado nas eleições de 2006.
[editar] Histórico
As origens do Partido Progressista estão ligadas ao processo de redemocratização do Brasil e à eleição de Tancredo Neves e José Sarney, presidente e vice-presidente da República, pelo Colégio Eleitoral em janeiro de 1985.
No momento em que se decidia a sucessão do presidente João Figueiredo (1979-1985), o Partido Democrático Social (PDS), então partido de apoio ao governo, conseguiu impedir, na Câmara dos Deputados, o restabelecimento das eleições diretas, mas não evitou a disputa interna pela candidatura presidencial. O PDS dividiu-se em dois grupos e dois candidatos, o então ministro Mário Andreazza e o ex-governador Paulo Maluf. Com a vitória de Maluf na Convenção, o partido se desagregou. Uma de suas facções fundaria o PFL (Partido da Frente Liberal) e se aliaria ao PMDB para apoiar Tancredo Neves, enquanto a outra seguiria seu caminho até a derrota no Colégio Eleitoral.
De partido de governo, o PDS passa ao declínio na oposição, à espera de melhores dias, preservando seus espaços. A fragmentação do quadro partidário brasileiro, contudo, vai aumentando ao sabor das crises políticas pós-Constituinte de 1988. Com a gradual normalização da vida política, após o impeachment de ex-presidente Collor de Mello, começa a nascer o atual Partido Progressista.
Em 1993, o PDS funde-se com o Partido Democrata Cristão (criado em 1988) e nasce o Partido Progressista Reformador (PPR). O reagrupamento de forças estaduais de perfil moderado e conservador, porém, teria prosseguimento. Em 1995, o Partido Progressista Reformador promovia nova fusão, agora com o Partido Progressista (PP), legenda criada no ano anterior, também por agregação de outras forças partidárias. Nascia, então, o Partido Progressista Brasileiro (PPB), desde logo comprometido com o apoio ao Plano Real, ao governo Fernando Henrique Cardoso e à estabilização econômica do Brasil.
Findo o governo Cardoso e completado mais esse ciclo na vida política do país, a Convenção Nacional do PPB, buscando inspiração nas transformações políticas internacionais, decide, em 4 de abril de 2003, retirar da sigla PPB o "B", ficando apenas "PP" - PARTIDO PROGRESSISTA. Com a eleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva em 2002, o PP passou a integrar a base de apoio ao novo presidente no congresso nacional, sendo um dos protagonistas no escândalo do mensalão.
[editar] Manifesto do Partido
Segundo consta em seu manifesto o PP se propõe a construção de sociedade livre, democrática, justa, pluralista, solidária e participativa, em que ressalte o absoluto respeito à dignidade da pessoa humana, dirige-se ao povo brasileiro, objeto de toda a sua motivação, para afirmar o compromisso de orientar sua ação política e parlamentar na sustentação desses princípios, e mais os seguintes, todos detalhados no programa partidário:
1.Sistema econômico livre, que favoreça a prática das regras de mercado, mas que tenha como objetivo maior o bem-estar dos brasileiros e a eliminação das desigualdades
2.Ação econômica que leve em conta valores sociais como a criação de riquezas para todos, através da geração de empregos, renda poupança, e o funcionamento de efetiva economia social de mercado;
.3.Liberdade de culto religioso, garantia da inviolabilidade, da privacidade, o direito ao trabalho digno, ao salário justo à moradia, à educação, à alimentação, à segurança, como, também, o exercício de uma imprensa livre e responsável e à preservação do meio ambiente.
[editar] Ligações externas
- Site oficial
- História do PPB - Versão anterior do site do PPB (atual PP) armazenada pelo archive.org, onde é apresentado o histórico de fusões partidárias até então