Pato-de-cabeça-rosa
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Pato de cabeça rosa
Estado de conservação: |
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Classificação científica | ||||||||||||||
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Nomenclatura binominal | ||||||||||||||
Rhodonessa caryophyllacea Latham, 1790 |
O pato de cabeça rosa (Rhodonessa caryophyllacea) é uma espécie de ave anseriforme extinta, que vivia nas margens alagadas e pantanosas dos rios Ganges e Brahmaputra, na Índia e Bangladesh. A espécie foi descrita pela primeira vez em 1790 e desapareceu em 1936.
O pato de cabeça rosa media em média 60 cm de comprimento e tinha asas com 25 cm em média. A sua principal característica era a cabeça e parte posterior do pescoço em tons de cor-de-rosa claro, com uma risca mais escura sob a testa. O resto da plumagem era castanha-chocolate, com a ponta das asas em branco amarelado. A espécie apresentava dimorfismo sexual, tendo as fémeas plumagem mais baça e cabeça rosa claro esbranquiçado. Tinha olhos encarnados, patas altas de cor negra e o pescoço e bico eram relativamente compridos e elegantes.
O pato de cabeça rosa tinha hábitos diurnos e passava a maior parte do seu tempo nadando em busca de alimento. A alimentação era omnívora e baseava-se em moluscos, pequenos crustáceos e vegetação aquática. Embora preferisse a superfície, este pato era também capaz de realizar curtos mergulhos.
A época de reprodução tinha lugar entre Abril e Maio. Os patos de cabeça rosa construiam ninhos circulares com quase dois metros de diâmetro, em zonas de vegetação densa perto da margem do rio. As posturas continham entre 5 a 10 ovos amarelados de formato esférico, com cerca de 4 centímetros de diâmetro.
O declínio dos patos de cabeça rosa começou no fim do século XIX e deve-se à intervenção humana. Apesar de não ser considerada uma especialidade gastronómica, a espécie era uma ave cinegética popular devido à sua aparência exótica e foi caçada em grande número pelos colonos britânicos estabelecidos na Índia e Bangladesh. O aumento da densidade populacional nas zonas do seu habitat impôs também pressão sob a espécie. Por volta de 1900 os patos de cabeça rosa eram já considerados raros. Um dos últimos avistamentos foi feito em 1925, mas no fim dos anos vinte foram caçados três pares vivos de patos de cabeça rosa, que foram levados para uma propriedade particular no Surrey, Reino Unido. Estes animais sobreviveram bem em cativeiro mas não se reproduziram. O último morreu em 1936.
[editar] Ver também
[editar] Referências
- Errol Fuller. Extinct Birds. Oxford University Press. 2000