Pontos de Lagrange
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Os Pontos de Lagrange foram definidos pelo matemático italiano Joseph-Louis de Lagrange quando descobriu a existência de pontos especiais próximos de um sistema orbital de dois corpos massivos. Estes ocorrem porque as forças gravitacionais das massas cancelam a aceleração centrípeta. As posições que marcam esses locais de intersecção gravitacional são cinco.
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[editar] Os pontos
Dos cinco pontos de Lagrange, três são instáveis e dois estáveis. Os pontos de Lagrange instáveis chamam-se: L1, L2 e L3. Estão ao longo de uma linha conectando os centros de gravidade das duas massas. Os pontos estáveis chamam-se: L4 e L5. Formam o ápice de dois triângulos eqüiláteros que têm as massas dos astros grandes em seus vértices. A letra "L" que define os locais é usada em homenagem ao físico.
[editar] L1
No sistema Sol-Terra o ponto L1 é propício para a utilização de satélites artificiais de observação solar. A visão do astro neste local é ininterrupta. Atualmente é onde se encontra em órbita a sonda de observação solar SOHO.
[editar] L2
O ponto L2 está localizado na parte exterior da órbita terrestre ao largo da reta que une a Terra e o Sol. Neste ponto está prevista a órbita do Satélite de MAPA e o próximo telescópio espacial que substituirá o telescópio espacial Hubble.
É sabido que os pontos de L1 e L2 são instáveis e que é necessário ajustar escala orbital em aproximadamente cada 23 dias até chegar num ponto de equilíbrio.
[editar] L3
O ponto L3 também se encontra ao longo da mesma reta que liga L1-L2, mas numa posição simétrica oposta ao centro das massas. A NASA não encontrou ainda uma funcionalidade para o ponto L3. O Sol sempre estará entre este ponto e um observador da Terra durante o tempo todo. Foi daí que apareceu a idéia de um "Planeta-X" no ponto de L3, tópico popular em ficção científica leiga. A instabilidade orbital não permitiria tal astro naquele local.
[editar] L4 e L5
Os pontos L4 e L5 se situam sobre a órbita terrestre em posições simétricas à da Terra. As direções de ambos os pontos formam ângulos de 60° entre a reta que une os dois corpos. Nestes pontos as órbitas são estáveis e tão longas como a relação de massa entre dois corpos. Esta condição é satisfeita para o sistema gravitacional Terra-Sol e Terra-Lua.
[editar] Pontos Troianos
Os objetos em órbita nos pontos de L4 e L5 são chamados de Troianos. Agamemnon, Aquiles e Hector em órbita no sistema Sol-Júpiter são exemplos típicos. No Sistema Solar existem centenas de Asteróides Troianos. A maioria na órbita com Júpiter, outros na órbita com Marte. Além das várias luas de Saturno que têm companheiros de Troianos.
Até hoje não foi encontrado nenhum objeto grande nas órbitas Troianas Sol-Terra e Terra-Lua. Em 1956, o astrônomo polonês Kazimierz Kordylewski descobriu concentrações de poeira cósmica nos pontos Troianos do sistema Terra-Lua. Recentemente, a sonda espacial COBE IRAS confirmou a existência de um anel de poeira seguinte à órbita da Terra em torno do Sol. A existência deste anel é próxima aos pontos Troianos, porém existem dúvidas devido à pressão da radiação solar sobre a poeira cósmica.