Pré-História do Brasil
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São três hipóteses mais aceitas para a colonização das Américas entre elas:
- Corrente asiática: proveniente da Mongólia, na Ásia, em levas sucessivas, através da Ponte Terrestre de Bering.
- Corrente Malásio-Polinésia pelo Sudeste Asiático até a América Central.
- Corrente Australiana pelo pacífico sul.
Para a História do Brasil, a descoberta de um fóssil humano de 11,5 mil anos, apelidado de Luzia, em Lagoa Santa, Minas Gerais, colocou dúvidas quanto a esta hipótese, já que a pertence a uma mulher com nítidas características polinésias, indicando que deve ter havido alguma forma de povoamento vindo do Pacífico Sul.
Há uma teoria que diz que o Homem se espalhou pelas Américas a uma velocidade de cerca de 1 km/ano. Para chegar do Alasca a Santarém (Pará), no Brasil, uma viagem de cerca de 20.000 km, os homens teriam levado pelo menos 20.000 anos no trajeto.
Sítios arqueológicos brasileiros muito antigos foram achados desde São Raimundo Nonato no Piauí no Sítio da Pedra Furada com aproximadamente 60.000 anos até à região dos pampas com mais 10.000 anos. Outro sítio arqueológico dos mais antigos da Brasil é o Sítio da Toca da Esperança em Cetral (BA).
A aparente contradição entre a data de migração pela Beríngia e a idade do homem mais velho na América do Sul nos remete às hipóteses de uma extensão do povoamento a partir das ilhas do Pacífico, talvez vindos da África ou a erros técnicos de datação do material do Piauí. Todavia, no Brasil, além dos restos do Piauí, existe também um antiquíssimo conjunto achado na região de Lagoa Santa (Minas Gerais), possivelmente os representantes do antigo grupo lingüístico do país - Macro Jê -, cujos descendentes mais próximos hoje seriam os índios cariris e botocudos.
Um achado interessante desse possível contato são os desenhos da Toca do Boqueirão, no Sítio da Pedra Furada, também no Piauí, que parecem representar uma cena de ataque dos terríveis felinos que já habitaram o continente.
Os achados mais recentes no Brasil, permitem afirmar que a entrada do Homo sapiens no continente americano pode ter-se iniciado entre 150.000 e 100.000 anos atrás. Um continente tão vasto deve ter sido ocupado a partir de diversos pontos de penetração, que incluem também a via marítima, uma vez que o nível do mar variou durante as diferentes épocas e, em certos momentos, chegou até a 150 metros abaixo do nível atual, o que significa que um maior número de ilhas existia, a plataforma continental era mais ampla, tornando essas viagens mais fáceis para os meios tecnológicos dessa altura do que se poderia supor.
As concepções dos atuais índios que habitam a região nordeste do país, a exemplo dos cariris, apesar de bastante modificadas, ainda podem se constituir num elemento útil para decifrar tais representações com uma estratégia conjetural. Uma interpretação sobre os desenhos da figura humana desses povos revela uma surpreendente complexidade que pode muito bem corresponder a um mapa das sensações corporais e/ou uma concepção de corpo e espírito. Os encantados são descritos pelos cariris, em geral, como homens descomunais, ferozes e implacáveis, de feição rude e olhos esbugalhados, verdadeiramente assustadores, segundo o antropólogo Nascimento, que estudou em sua tese para Mestrado na Universidade Federal da Bahia os rituais e identificação étnica dos índios do nordeste a partir das concepções de um grupo remanescente - os cariris de Mirandela (Bahia) em 1994.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Pré-História do Brasil e ìndios do Brasil por professordehistoria.com
- A pré-historia do Brasil registrada
- Arquelogia Brasileira pelo Itaú Cultural
[editar] Referências
- Bones, Discovering the First Americans, por Elaine Dewar, Carroll & Graf Publishers, New York, 2002, hardcover - ISBN 0-7867-0979-0
- História do Brasil por Claudio Vicentini - ISBN 8526232029