Presença neerlandesa no Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior.
A presença holandesa no Brasil é conhecida ainda como o período das Invasões Holandesas, no século XVII, mais especificamente de 1624 a 1625 e de 1630 até 1654.
Índice |
[editar] Causas
As invasões holandesas estão ligadas à disputa pelo açúcar, à Guerra dos Trinta Anos (1618/1648) e, ainda, à passagem do trono de Portugal à Coroa Espanhola.
[editar] Os ataques
O primeiro ataque holandês deu-se contra a Bahia (1624). Conseguiram ocupar Salvador, mas ficaram cercados dentro da cidade. No ano seguinte, foram expulsos de lá por uma esquadra enviada pela Espanha e comandada por Dom Fradique de Toledo Osório. Em 1630 os holandeses atacaram Pernambuco, conquistando a capital, ainda Olinda. Mais uma vez, os luso-brasileiros, comandados por Matias de Albuquerque, conseguiram mantê-los isolados no litoral. Porém, a partir de 1634, graças à "traição" de Domingos Calabar e à habilidade do coronel Crestofle Arciszewski, os holandeses da Companhia das Índias Ocidentais conseguiram bater a guerrilha luso-brasileira, conquistar o Arraial do Bom Jesus e instalar uma certa estabilidade na região.
[editar] O governo de Nassau
A Região sob o poder holandês, em 1637, compreendia os atuais Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Pernambuco, estendendo-se até o Rio São Francisco. No período de 1637 até 1644, época em que o conde Maurício de Nassau governou a região, diversas e importantes implemantações político-administrativas ocorreram no Brasil. O conde alemão João Maurício de Nassau-Siegen chegou à cidade do Recife em 1637 a serviço do governo Holandês e da Companhia das Índias Ocidentais, trazendo na sua comitiva o médico Willem Piso, o geógrafo e cartógrafo Georg Markgraf, os pintores Albert Eckhout e Frans Post, este um dos primeiros a mostrar em suas obras as paisagens e cenas da vida brasileira. Além deles, o escritor Gaspar Barleus que deixou relatório de sua passagem no Brasil intitulado «HISTORIA NATURAL DO BRASIL»,com minucioso estudo científico da fauna e da flora, observações meteorológicas e astronômicas, realizadas com um antigo telescópio instalado sobre o antigo Palácio do Governador. Nassau era calvinista, mas, ao que tudo indica, foi tolerante com católicos e com os chamados cristãos-novos, judeus que, às escondidas praticavam seus cultos. Estes, foram autorizados a, abertamente exercer suas práticas religiosas o que provocou uma grande emigração de judeus vindos da Países Baixos para o Brasil. No governo de Nassau, muitos melhoramentos foram feitos nas áreas urbanas como saneamento básico, contrução de casas e o agrupamento das mesmas em vilas, contrução de ruas e alargamento de diversas outras, construção de dois importantes palácios, o das Torres ou de Frigurgo e o da Boa Vista, construção de pontes melhorando a locomoção das pessoas e o tráfego local. Em 1644, o Príncipe de Nassau retornou à Holanda. Após sua volta, o Nordeste assistiu sangrentos combates entre os luso-brasileiros e os batavos pela conquista da terra. O mais famoso destes foi a primeira Batalha de Guararapes (1648). Após 24 anos de domínio holandês estes foram expulsos na chamada Insurreição Pernambucana (ou Guerra de Restauração). O domínio Holandês no Brasil compreendeu o período de 1630 a 1654.
[editar] Holandeses no Paraná
Os holandeses tiveram um importante papel no desenvolvimento da agroindustria paranaense.Na região dos campos gerais paranaenses estabeleceram-se algumas colônias holandesas que acabaram fundando cidades e importantes cooperativas agroindustriais brasileiras.
[editar] Ver também:
- Bibliografia para os aspectos militares:
- A Conduta Militar Holandesa no Brasil, de Marcos da Cunha e Sousa
holanda VS brazil