Reavaliação da AIDS
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O movimento de reavaliação da AIDS (ou movimento dissidente da AIDS) é formado por ativistas, jornalistas, cidadãos, cientistas, pesiquisadores e doutros que negam, desafiam ou questionam, de várias formas, o consenso da corrente dominante da ciência segundo a qual a Síndrome da imuno-deficiência adquirida (AIDS, ou SIDA) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Suas discordâncias geralmente tomam uma ou mais das seguintes formas:
- o HIV não existe
- o HIV é um retrovírus inofensivo
- o HIV existe, e pode causar AIDS, mas isto não foi provado
- o HIV existe, e pode causar AIDS, mas só em combinação com outros fatores
- o HIV existe, mas não causa AIDS: outros fatores infecciosos causam a AIDS
- o HIV existe, mas não causa AIDS: a AIDS não é uma doença contagiosa
- o HIV existe, mas não causa AIDS: uma combinação de outros fatores infecciosos e não infecciosos causa a AIDS
A comunidade científica dominante encara com resistência e frequentemente hostilidade estas colocações. Ela acusa os dissidentes de ignorar a evidência em favor do papel do HIV na AIDS e de representarem uma ameaça à saúde pública por suas atividades.
Os dissidentes acusam a abordagem dominante da AIDS, baseada na hipótese do HIV, de resultar em diagnóticos imprecisos, terror psicológico, tratamentos tóxicos, e desperdício de dinheiro público. O debate sobre o assunto desde o começo dos anos 80 tem provocado emoções fortes e apaixonadas de ambos os lados.
Índice |
[editar] A livre escolha dos soro-positivos
Os grupos de soropositivos que estão se formando em muitos países lutam para obter:
- O direito de escolher médico e terapias, o que inclui o direito de uma de intoxicação sem medicamentos.
- O direito de saber que toda a ciência que hoje define a AIDS está fundamentada em hipóteses e não em fatos comprovados, submetidos às regras da ética científica. Conseqüentemente, todos os testes diagnósticos e todos os tratamentos são empíricos.
- O direito de ser hospitalizado (por ordem de um clínico geral) sem pressão para tomar antiretrovirais ou inibidores de protease, que são medicamentos tóxicos e experimentais.
- O direito a exames para detectar carências passíveis de serem tratadas por uma alimentação saudável ou por suplementos alimentares, vitaminas, etc.
- O direito a receber orientação nutricional que salienta a qualidade e não a quantidade dos alimentos.
- O direito a um tratamento hospitalar para patologias graves, sem obrigação de tomar antiretrovirais ou inibidores de protease.
- O direito de ser tratado das doenças pelo seu nome tradicional e não como "AIDS".
- O direito de questionar a validade dos exames de laboratório e de ser informado sobre os efeitos secundários dos medicamentos.
- O direito ao apoio psicológico, isento de pressão para tomar medicamentos.
- O direito de assinar um documento pedindo exclusão de análises e tratamentos relacionados ao "vírus da AIDS".
- O direito de tratar-se livremente pelas medicinas alternativas sem perder a ajuda do Estado.
[editar] Terminologia
Embora a discussão sobre as causas da AIDS seja uma divergência sobre teorias, às vezes aparece revestida de uma discussão sobre termos.
Por exemplo, alguns defensores da hipótese AIDS/HIV rotulam os defensores de outras hipóteses de "negadores", fazendo um paralelo com as pessoas que negam o holocausto, a evolução das espécies e a redondez da terra. Para cada um destes três exemplos mais o da causa viral AIDS/HIV há vários tipos de negadores ou "negacionistas", sendo a compreensão deste fenômeno talvez mais do interesse da antropologia e da psicologia que da ciência médica no caso da AIDS. Embora os dissidentes possam, com sua crítica, agregar alguma luz ao assunto, exceto entre os mesmos e seus seguidores, há a convicção de que nos negacionismos citados encontram-se nas mais estarrecedoras profundezas do irracionalismo, da demagogia e do charlatanismo. Políticos dos países mais afetados pela AIDS patrocinam a visão dissidente e/ou declaram que não há consenso científico sobre o assunto evitando assim ter que direcionar o orçamento de seus países para a AIDS ou se envolver em campanhas de prevenção em que a população poderia apresentar resistências, empurrando o problema para frente com um saldo de hecatombe. Nesse caso, talvez o mais lamentável seja conceder à hipótese dissidente um "status" de debate científico. Os dissidentes reagem chamando-se de "realistas", afirmando ser seu ponto de vista mais realista que o dominante.
O termo "dissidente" é usado neste artigo no sentido de sua definição de dicinário: aquele que discorda do ponto de vista dominante.
Também há discordância sobre a terminologia em relação à noção de que o HIV causa AIDS. A corrente dominante a chama de teoria do HIV, e os dissidentes de hipótese do HIV.
[editar] Argumentos dos dissidentes
Apesar de discordarem sobre muitos aspectos relativos ao HIV e à AIDS, a maioria dos dissidentes concorda em alguns pontos. Esta seção descreve alguns destes argumentos e os contra-argumentos que são dados em resposta. O que segue é resumido de alguns artigos científicos de Peter Duesberg e outros.
[editar] Afirmação: a AIDS não é infecciosa
[editar] O período de latência é estranhamente longo
Os dissidentes afirmam que a AIDS não se comporta como um doença infecciosa típica. A doença infecciosa se espalha rapidamente, até mesmo exponencialmente.O período de latência de muitas doenças é geralmente medido em semanas, enquento que a AIDS progride lentamente, com alguns casos de latência de até 11 anos; isto seria (hipotéticamente) uma evidência de que a AIDS não é causada por um agente infeccioso.
A ciência oficial diz que a evolução lenta da AIDS se deve ao longo período de latência do HIV e aos novos tratamentos e campanhas preventivas que retardam sua evolução. Afirmam que ná várias doenças infecciosas bem conhecidas que se desenvolvem lentamente, como a doença de Creutzfeldt-Hakob, cuja latência pode ser de 30 anos. A transmissão do HIV por fluidos corporais, como sangue e leite, foi demonstrada e é típica de uma doença infecciosa. Os cientistas da corrente dominante argumentam que as taxas de prevalência e incidência permitem predições acuradas baseadas na hipótese de que a AIDS é infecciosa: a epidemiologia não é incompatível com a origem infecciosa.
[editar] Incapacidade de preencher os postulados de Koch
Os dissidentes afirmam que o HIV não preencheria os postulados de Koch para doenças infecciosas. Para o HIV preencher estes postulados como causa da AIDS:
- ele deve ser encontrado em todos os indivíduos com AIDS (e não naqueles que não tem AIDS)
- deve ser possível isolar o HIV de alguém com AIDS
- o HIV isolado deve causar AIDS quando inoculado em uma pessoa sã
- deve ser possível isolar o HIV deste indivíduo infectado
A posição dominante afirma que o HIV preenche adequadamente esses postulados, não obstante possa o vírus conviver com seu hospedeiro humano por um longo ou ilimitado tempo antes de a imunodeficiência e suas conseqüências e outros sintomas da infecção se manifestarem.
Este artigo encontra-se parcialmente em língua estrangeira. Ajude e colabore com a tradução. |
[editar] Veja também
[editar] Referências
- Current Opinions in Immunology 1996 Oct;8(5):613-8. "HIV causes AIDS: Koch's postulates fulfilled", O'Brien SJ, Goedert JJ.
- "Duesberg, HIV and AIDS", Nature 1990 Jun 21;345(6277):659-60, Weiss RA, Jaffe HW. Erratum in: Nature 1990 Jul 5;346(6279):22.
- "The AIDS dilemma", "Genetica" 1998 Jul 6;104;85-132, Peter Duesberg, David Rasnick
[editar] Links externos
Dissidentes:
- TAPS
- Revista de Medicinas Complementarias (em espanhol)
- Virusmyth (em inglês)
- Peter Duesberg website (em inglês)
- Déja Vu: AIDS in Historical Perspective 2-hour 1996 radio documentary prepared by Colman Jones, aired on CBC Radio's IDEAS (em inglês)
- HEAL Toronto (em inglês)
- "Investigating AIDS science: Is syphilis the missing link?" An ongoing journey by Colman Jones (em inglês)
- Celia Farber article (em inglês)
- "What Causes AIDS? A Second Look" (Transcript of 2-hour radio documentary broadcast on IDEAS on CBC Radio, November 6 & 7, 1991) (em inglês)
- ‘The AIDS dilemma’ (em inglês)
- The Memory Hole > HIV=AIDS controversy (em inglês)
- Alive & Well incl
- ‘Whatever Happened to Valerie Emerson?’ (em inglês)
- The House That AIDS Built (em inglês)
- ACT-UP San Francisco (although some deny it's still a real ACT-UP because of this) (em inglês)
Ciência oficial:
- National Institute of Health: The Evidence that HIV causes AIDS
- "NIAID How HIV Causes AIDS"
- National Institute of Allergy and Infectious Diseases factsheet
- AIDS treatment news: answering denialists
- Maia Szalavitz' reply to Farber article
General Reference:
- HIV-AIDS 2001 Surveillance Report
- HIV DNA sequence database
- Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (Português e Inglês)categoia:pseudociência