Revolta do Gueto de Varsóvia
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Nota: Não confundir com a Revolta de Varsóvia ocorrida um ano depois, em 1944
A revolta do gueto de Varsóvia foi uma insurreição no Gueto de Varsóvia, na Polónia em 1943, contra a ocupação nazi alemã. Nessa altura já se tinham dado os transportes da maioria dos habitantes do gueto. Cerca de 300.000 das 380.000 pessoas no gueto tinham sido levadas para o campo de extermínio de Treblinka, onde foram assassinadas imediatamente após a sua chegada, no final do verão de 1942. Os restantes habitantes do gueto sabiam agora o que os esperava e muitos deles preferiam morrer lutando, em vez de morrer numa câmara de gás. A revolta foi esmagada pelo "Gruppenführer" das SS (então apenas "Brigadeführer") Jürgen Stroop.
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[editar] Início da revolta em Janeiro de 1943
Em 18 de Janeiro de 1943, a primeira instância da resistência armada ocorreu quando os alemães iniciaram a segunda onda de transportes para os campos de extermínio. Os combatentes judeus tiveram algum sucesso: os transportes pararam após 4 dias e a Żydowska Organizacja Bojowa e Żydowski Zwiazek Walki tomaram o controle do gueto, montando vários postos de combate e operando contra colaboradores judeus.
Durante os três meses seguintes, todos os habitantes do gueto prepararam-se para aquilo que eles pensavam poder ser a luta final. Foram cavados túneis por baixo das casas, a maioria ligadas pelo sistema de esgotos e de abastecimento de água, dando acesso a zonas mais seguras de Varsóvia.
O apoio de sectores fora do gueto foi limitado, mas unidades polacas da Armia Krajowa e GL atacaram esporadicamente unidades alemãs em sentinela perto das muralhas do gueto. Uma unidade polaca da AK, nomeadamente a KB sob o comando de Henryk Iwański, chegou mesmo a lutar dentro do Gueto, juntamente com ŻZW. A AK tentou por duas vezes explodir a muralha do gueto mas sem muito sucesso.
[editar] Esmagamento da revolta
A batalha final começou na noite da páscoa judaica, a 19 de Abril de 1943. Partisans judaicos dispararam e atiraram granadas contra patrulhas alemãs a partir de becos, esgotos, janelas. Os nazis responderam detonando as casas bloco por bloco e cercando e matando todos os judeus que podiam capturar.
A resistência afrouxou em 23 de Abril e terminou em 16 de Maio de 1943. No entanto, tiroteios esporádicos podiam ser ouvidos na área do gueto ainda durante o verão de 1943.
Após as revoltas, o gueto tornou-se o local onde os prisioneiros e reféns polacos eram executados pelos alemães. Mais tarde, foi criado um campo de concentração na área do gueto. Chamava-se KL Warschau. Durante a revolta de Varsóvia que se seguiu, a unidade AK polaca "Zoska" conseguiu salvar 380 judeus do campo de concentração e a maioria deles juntou-se à AK.
[editar] Relação com a revolta de Varsóvia de 1944
Por vezes é feita confusão entre a revolta no gueto de Varsóvia de 1943 com a revolta de Varsóvia de 1944. São eventos separados no tempo e tinham objectivos diferentes. O primeiro, no gueto, era uma opção desesperada pela morte em combate, por pessoas que sabiam que a morte os esperava num campo de extermínio, com a escolha feita no último momento, quando ainda havia a força para combater. A segunda revolta foi o resultado de acção coordenada. No entanto, também houve ligações entre os eventos. Alguns dos combatentes da revolta do gueto tomaram parte nas lutas posteriores. A brutalidade das forças nazis foi semelhante nos dois casos. Alguns dos líderes da revolta de Varsóvia tomaram inspiração nos combates do gueto.