Sória
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Sória Soria |
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Dados | |
Comunidade Autónoma |
Castela e Leão |
Província | Sória |
Área | 10 306 km² |
Altitude | 1063 |
População | 92 773 hab. (2006) |
Densidade | 9 hab/km² |
Coordenadas | 41,46º N 2,28º O |
Website | www.ayto-soria.org |
Localização | |
Município da Espanha |
Sória é uma cidade da comunidade autónoma de Castela e Leão e capital da província com o mesmo nome. Está situada no centro-norte de Espanha, nas margens do rio Douro.
A cidade tem cerca de 35 540 habitantes, sendo assim a 51ª capital de província em termos de população, superando apenas Teruel.
Índice |
[editar] História
[editar] Nome
Sória entrou na História pela mão dos romanos.
No entanto, na actual muralha do castelo foram descobertos restos de uma povoação, associados, com certeza, à existência de Numância. Bartolomé de Torres, na sua topografía da cidade de Numância, assegura que o castelo desta cidade tomou o nome de Oria de um cavaleiro grego chamado Dórico, capitão dos dorios, que chegou a Sória desde Acaya, na Grécia. Alguns historiadores deduzem desta afirmação que os primeiros habitantes de Soria foram os dorios. Não obstante, não há vestígios arqueológicos que confirmem esta teoria. Outro grupo de especialistas acredita que os primeiros povoadores de Sória foram os suevos, cujos reis ali estabeleceram as suas cortes (de acordo com Tutor e Malo no seu Compendio historial de las dos Numancias).
Contudo, ambas estas hipóteses têm caído em descrédito com o passar do tempo porque nenhum documento as confirmou ainda de forma inequívoca. Parece lógico supor que a palabra «Sória» derive de Dauria, que por sua vez deriva de Daurius, ou seja, Douro. A estas versões sobre a origem do nome de Sória, somam-se ainda a de Pedro de Rúa, que deriva Soria de Sarra, nome da cidade de Tiro, e sorianos de sarranos, os seus habitantes. Num livro de armas, conta-se que quando Afonso VII, O Imperador, reedificou Sória, descubriu-se uma pedra enorme com um sinal gravado que parecia com a letra «S», a qual foi acrescentada ao castelo de Oria e deu então origem à actual Soria.
[editar] Reconquista
Durante o século XI, Sória tornou-se num importante enclave pela sua situação estratégica junto ao Douro e marcou o límite entre os domínios cristãos y muçulmanos na denominada marca do Douro ou linha do Douro. No início do século XII, o rei Afonso I, O Batalhador, conquistou-a definitivamente aos mouros e repovou-a situando a fronteira mais a sul. No entanto, Sória continuou a ser um enclave estratégico devido às lutas pelo território entre os reinos de Castela e Leão (a cuja tutela pasou em 1134), Navarra e Aragão.
Afonso VIII manteve a independência do reino de Leão graças à ajuda prestada pelos sorianos e, como agradecimiento, concedeu à cidade uma série de privilégios. Em 1195 Sancho, O Forte, tomou a cidade e no início do século XIII Soria conheceu um dos seus períodos mais florescentes graças à sua situação fronteiriça. O comércio, nas mãos dos judeus, fez de Sória uma cidade próspera e importante. Os judeus ampliaram as termas, situadas nos limites do castelo, e deram riqueza à cidade. De acordo com Marcel «no castelo de Sória, dentro do muro principal, há um espaço imenso no qual antigamente havia trezentas casas e um templo, que ainda hoje existe, embora em ruínas.
[editar] Declínio
Em 1492, o decreto de expulsão dos judeus, trouxe a declínio económico e social de Sória. Durante o reinado dos Reis Católicos, interrompeuse a narrativa histórica de Sória porque, após a união dos reinos de Aragão, Navarra y Castela, a cidade deixou de ser um enclave estratégico. Esta situação prolongou-se durante a segunda metade da Idade Média e Sória só voltaria a recuperar o seu protagonismo com a guerra de Sucessão, ao defender a causa de Filipe V e proteger das pretensões aragonesas a linha fronteiriça (1706-1707).
Em 1808, após a invasão francesa da Península Ibérica, constituiu-se em Sória uma Junta de Armamento e Defesa que organizou o regimento do Batallão de Numantinos, activo nas frentes de Logronho y Siguenza. A 20 de Novembro de 1808 as tropas francesas chegaram às portas de Sória e saquearam a cidade, deixando-a em chamas. Só na segunda metade do século XIX é que Sória recuperou os índices de população e riqueza.
[editar] Actualidade
Actualmente, Sória pode definir-se como uma capital pequena, mas activa graças à indústria do turismo, que conserva em parte o seu carácter histórico e medieval, e lugares que resumem essa magia que seduziu os viajantes de todos os tempos.
Com 2,4% do total da superfície territorial de Espanha, Sória tem uma população que representa menos de 0,19% e com uma tendência de descida, com uma média de 292 nascimentos por ano, e a diminuir sucessivamente, também. Su crecimiento vegetativo es menor a 386. Respecto al valor añadido este es de 132.668 millones de las antiguas pesetas, el último de España.
A diminuição da população soriana tem como consequência a escassez de mão-de-obra devido ao constante êxodo de sorianos para outras províncias (Saragoça é a província de Espanha con mais sorianos residentes). A população é envelhecida e o regeneração faz-se apenas por via da natalidade (que é baixa). Isto faz com que, por exemplo, a densidade populacional da província seja inferior à do deserto do Saara.
As diferentes administrações centrais têm condenado a província pelo escassez de investimento e apoio ao desenvolvimento, a eliminação de linhas de férreas por causa da baixa rentabilidade, a imposibilidade de aceder a ensino superior de qualidade, entre outros.
[editar] Monumentos
Soria conta com um catálogo soberbo de monumentos, cheio de exemplares de estilo románico. Entre os mais destacados contam-se os seguintes:
- San Juan de Rabanera
- convento de São Domingos
- catedral de São Pedro
- ruínas do claustro de São João do Douro
- São Nicolau
- ermida da Virgem de Mirón
De destacar igualmente o museu arqueológico de Sória que recolhe uma boa parte dos vestígios de Numância.