Santa Maria del Popolo
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Santa Maria del Popolo é uma igreja da Ordem de Santo Agostinho, situada na Piazza del Popolo em Roma, Itália. É uma das mais antigas igrejas paroquiais da cidade.
A igreja de igreja de Santa Maria del Popolo foi erigida no século XI no local onde Nero morreu e foi sepultado, e sua alma danada, segundo a lenda medieval, habitaria o tronco de uma nogueira plantada no local. A árvore foi mandada derrubar em 1099 por ordem do papa Pascoal II: foi queimada e as cinzas jogadas no rio Tibre. O papa mandou construir uma capela a Virgem Maria naquele mesmo local. Gregório IX (papa de 1227 a 1241) mandou em 1227 substituir a capela pela atual igreja para o povo - popolo.
Reconstruída durante papado de Sisto IV (pontificado de 1471 a 1484) por Baccio Pontelli e Andrea Bregno, entre 1472 e 1477, que lhe imprimiram aspecto maioritariamente renascentista. Em 1505 Bramante acrescentou o coro para os monges da Ordem à qual pertencia Martinho Lutero, que provavelmente esteve aqui hospedado quando veio a Roma em 1512.
Entre 1655 e 1660, o Papa Alexandre VII decidiu restaurá-la, dando-lhe um aspecto brioso; para isso encarregou Gian Lorenzo Bernini, que lhe imprimiu uma expressão barroca que permanece.
Foi concebida como basília com colunas, nave central e duas naves laterais, em plano cruciforme com capelas laterais. A igreja tem uma fachada simples, em mármore travertino e é um exemplar excelente da arquitetura do início do Renascimento em Roma. Famosa sobretudo por suas maravilhosas capelas, que as famílias romanas importantes mandaram adornar a suas custas. A cúpola octogonal é provavelmente a mais velha de Roma.
Há obras artísticas de grande relevo: de Caravaggio, a Conversão de São Paulo e a Crucificação de São Pedro, bem como vários afrescos de Pinturicchio, A Assunção de Annibale Carracci
Arquitectonicamente, está patente a marca de Rafael e de Bramante, e algumas esculturas de Andrea Bregno e de Gian Lorenzo Bernini, como o magnífico órgão sobre dois anjos em bronze.
O melhor, porém, é a Capela Chigi, a terceira do lado esquerdo. Entre 1511 e 1516, Rafael, a pedido de seu amigo o banqueiro Agostino Chigi, converteu a capela em monumento funerário da famíia. Desenhou tanto a arquitetura (área central apoiada em quatro pilares com domo dourado) quando os mosaicos no alto, que mostram Deus Padre a criar o firmamento, rodeado dos símbolos do sol e dos sete planetas em sua posição no momento do nascimento de Jesus Cristo. São de sua autoria os túmulos de Agostino e de seu irmão Sigismondo, nas paredes laterais, as esculturas de mármore nos nichos, e o altar, mas a execução se deve a outros artistas. Os afrescos nas paredes, entre as janelas, são de Francesco Salviati. No solo a inmscrição Mors ad coelos (iter) significa que a morte é o caminho para o céu. A capela estava inacabada quando morreram Rafael e seus patronos, de modo que o Papa Alexandre VII (pontífice de 1655 a 1667), da família Chigi, resolveu encarregar Bernini de acabá-la, sendo então colocadas as estátuas dos profetas Daniel e Habakkuk nos nichos.