Seios
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As mamas (conhecidas popularmente também como seios nos humanos e tetas nos demais animais), são a parte do corpo feminino de um mamífero que é responsável pela produção de leite para os bebês em seus primeiros meses de vida.
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[editar] Estrutura da mama
Eles são constituídos por três tipos de tecido: o tecido adiposo, tecidos conectivos e glândulas mamárias, que produzem o leite que é conduzido através de ductos aos mamilos. Os homens também possuem glândulas mamárias e mamilos, mas não há produção de leite devido à falta do hormônio feminino estrogênio.
Tanto nos homens como nas mulheres há uma grande concentração de nervos e vasos sanguíneos nos mamilos que são, por essa razão, altamente erógenos.
É comumente aceito por biólogos que o real objetivo evolucionário das mulheres terem seios é atrair os machos da espécie, sendo os seios uma das principais características sexuais secundárias. Alguns biólogos acreditam que o formato dos seios femininos evoluíram como uma espécie de complemento estético na parte da frente às formas das nádegas; outros acreditam que os os seios evoluíram de uma forma a prevenir que os bebês não se sufoquem enquanto mamam (uma vez que bebês não possuem uma mandíbula protuberante como outros primatas, o nariz poderia ser bloqueado por um peito feminino liso na hora da amamentação). De acordo com esta teoria, quando a mandíbula dos hominídeos ficou menor, os seios aumentaram de tamanho para compensar esta diminuição.
Ao contrário do que muitos acreditam, o tamanho das mamas de uma mulher não é indicativo de uma capacidade maior de produção de leite, porque na verdade as glândulas mamárias participam muito pouco no tamanho real das mamas — a maior parte do volume é de fato tecido conectivo e tecido adiposo (gordura).
[editar] Estética
As mamas são vistas por muitos como um indicativo fundamental de feminilidade ou um atrativo sexual, e por causa disso várias mulheres que passam por processos de mastectomia relacionados a câncer têm recorrido a cirurgias para sua reconstrução. A mastologia é o ramo da medicina que cuida das doenças que acometem as mamas.
Para aumentar as mamas, algumas mulheres submetem-se a cirurgias plásticas de enchimento interno com silicone. Quando o material não é adequado ou a cirurgia é mal feita, essa prática pode ocasionar efeitos colaterais graves e irreversíveis. Alguns especialistas divergem sobre o assunto, alguns alegam que o risco compensa a auto-estima adquirida da mulher.
A cirurgia para a redução das mamas, retirando-se gordura ou em alguns casos parte da glândula mamária, é praticada também por questões de estética ou por problemas de postura, devido ao peso forçando a coluna vertebral.
[editar] Fisiologia da mama
[editar] Mudanças durante a puberdade
Durante a puberdade os seios têm seu crescimento estimulado pelos hormônios sexuais que atuam até por volta dos vinte anos de idade. O desenvolvimento dos tecidos adiposo e conectivo aumenta sob a influência de outros hormônios, como a progesterona, prolactina, corticóides e hormônio do crescimento.
[editar] Mudanças durante a gravidez
O aumento dos níveis de estrógenos e de progesterona estimulam o desenvolvimento glandular. As mamas tendem a tornar-se esféricas devido ao aumento do tecido adiposo.
[editar] Mudanças durante a lactação
A lactação tende a manter as mudanças ocorridas durante a gravidez. Em seu início e durante as primeiras horas, os repetidos movimentos de sucção por parte do recém-nascido acabam por provocar a saída de uma secreção espessa e amarelada, rica em colesterol, chamada colostro.
[editar] Funções dos seios
[editar] Lactância
A produção de leite nas mamas começa imediatamente depois do parto. Ao cabo de doze a vinte e quatro horas elas segregam o colostro, líquido ao qual se atribuem propriedades laxantes (dado seu elevado teor de colesterol), que facilitaria a evacuação do mecônio pelo intestino do recém-nascido. Poucas horas depois as mamas deixam de produzir o colostro para secretar o leite normal.
A composição do leite normal inclui proporções elevadas de água. Ainda que possa parecer que isto limite o fornecimento de nutrientes ao bebê, é importante considerar que a osmolaridade elevada não é ainda uma condição equilibrada nos rins do lactente que, nos primeiros meses, deve extrair a água necessária exclusivamente do leite e sem outra administração adicional.
No leite se encontram numerosos nutriente, assim como vitaminas, minerais e substâncias diversas, com destaque para as imunoglobulinas. Estas moléculas atuam como anticorpos que proporcionam à criança uma importante proteção contra as infecções. Os leites elaborados a partir do leite bovino carecem deste componente, sendo esta uma das razões pelas quais se recomendam que as mães mantenham a lactância durante um período ideal de seis meses, no mínimo.
A lactância materna natural parece reforçar de modo particular o vínculo emocional mãe-filho, de forma tão sólida quanto elementar, dado que proporciona uma satisfação para ambos.
O prolongamento da lactância produz alguns efeitos na lactente, dentre os quais a inibição da ovulação, dados os efeitos hormonais provocados pela alta presença de prolactina no sangue.
[editar] Papel sexual
Ao lado de sua precípua função fisiológica, também desempenham os seios um importante papel sexual, em muitas culturas da humanidade.
Nas sociedades ocidentais, sobremodo nas que possuem maior desenvolvimento tecnológico, os homens sentem-se atraídos por seios de grande tamanho. Outros, porém, preferem-nos de tamanho menor, mais firmes. Na realidade, tamanho e forma, assim como sua consistência, não têm qualquer relação com a capacidade das mamas em produzir leite com eficácia.
Grande parte da mama é formada por tecido adiposo que, além disso, tem funções estruturais e de sustenção, contribuindo para proporcionar à mulher um atrativo sexual, mas sem qualquer influência sobre a capacidade de lactação.