Taça Libertadores da América de 1993
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A Taça Libertadores da América de 1993 foi vencida pela segunda vez pelo São Paulo. O título de 1992 dera ao São Paulo a vantagem poder o bicampeonato somente a partir da segunda fase do torneio. Os argentinos do Newell's Old Boys, a primeira pedra no caminho, eram velhos conhecidos: derrotados nos pênaltis pelo próprio tricolor, na decisão de 1992, agora juravam vingança. O máximo que conseguiram, no entanto, foi um 2 x 0, em Rosário na primeira partida. Isso porque no jogo de volta, no Morumbi, o tricolor precisava no mínimo de dois gols para levar a decisão da vaga para os pênaltis. E, no fim, acabou fazendo muito mais. Exatamente o dobro, 4 x 0, em uma noite de gala e gols de Raí (2), Cafu e Dinho.
Um "tira-teima" doméstico, entre o tricolor paulista e o Flamengo, dono da única glória que o São Paulo havia deixado escapar na última temporada: o título brasileiro. No Maracanã, o time deu-se ao luxo de perder gols impossíveis: resultado, 1 x 1. Mas, jogando em casa, liquidou a fatura: 2 x 0.
Na hora de brigar pelo direito de ir às finais, contra o Cerro Porteño, do Paraguai, uma desagradável surpresa: com o remanejamento dos grupos na fase anterior, para que os clubes do mesmo país se defrontassem antes das semifinais, o São Paulo havia sido deslocado de sua posição original na tabela. Com isso, perdeu o direito de decidir a vaga em casa contra o Cerro, um time recheado de brasileiros. Se não bastasse, caso o tricolor sobrevivesse, a decisão do título também aconteceria fora de casa. O magro 1 x 0 no primeiro jogo, no Morumbi, até preocupou. Porém, na partida de volta, Ronaldo Luís estava na cobertura de Zetti, e, como já fizera na decisão do Mundial contra o Barcelona, em Tóquio, e no jogo final do Paulistão de 1992, contra o Palmeiras, salvou um gol certo em cima da linha, garantindo o 0 x 0 em Assunção e carimbando o passaporte do bi.
Nunca uma partida final de Libertadores terminara com um resultado tão dilatado. O bom time do Universidad Católica, do Chile, que havia eliminado o forte América de Cali da Colômbia, até que chegou mesmo a equilibrar as coisas nos primeiros minutos do jogo. Mas não resistiu: 5 x 1 para os comandados de Telê.
Na volta, em Santiago, todos sabiam: já não havia mais nada que o adversário pudesse fazer para impedir - trinta anos depois do feito do Santos de Pelé - um novo bi brasileiro na Libertadores.
O time-base do tricolor na competição foi: Zetti; Vítor (Toninho Cerezo), Válber, Gilmar, Marcos Adriano, Dinho, Pintado, Cafu, Raí, Palhinha, Muller. Técnico: Telê Santana.