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Teatro da Trindade - Wikipédia

Teatro da Trindade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Teatro da Trindade está situado numa das zonas mais antigas de Lisboa, entre o Chiado e o Bairro Alto.

O Teatro da Trindade foi construído em pleno séc. XIX, quando o centro social e cultural da cidade se situava exactamente nesta área. Testemunho dessa, o Trindade transporta consigo a memória de um tempo em que a burguesia alfacinha ia às soirées ao Chiado, a um dos três teatros que ainda hoje se mantêm nessas poucas ruas: o S. Carlos, O S. Luíz (então chamado Rainha D. Amélia) e o Trindade. Mas, provavelmente devido à novidade e aos requintes de decoração e apetrechamento, que incluíam um engenhoso sistema de ventilação da sala, o balcão - o primeiro a aparecer numa sala de espectáculos do país - e uma plateia que podia subir até ao nível do palco e assim permitir a realização de bailes,o Trindade rapidamente se transformou no teatro mais chique da capital.

[editar] História

Implantado no local onde, antes do grande terremoto de 1755, existira o Palácio dos Condes de Alva e funcionara a Academia da Trindade - a primeira tentativa conhecida de implantar um Teatro Popular de Ópera de Lisboa - o Teatro da Trindade deveu a sua existência à iniciativa do empresário, homem de letras e director teatral Francisco Palha. Foi ele que em 1866 constituiu uma Sociedade destinada à construção do novo teatro, que viria a ser desenhado pelo arquitecto Miguel Evaristo de Lima Pinto. No carnaval de 1867 abriu ao público o Salão da Trindade, uma sala de bailes, concertos e conferências anexa ao Teatro e, em 30 de Novembro de 1867 o Teatro da Trindade propriamente dito, numa estreia de gala a que esteve presente a família real para ver a nata dos actores da época representar um drama (A Mãe dos Pobres, de Ernesto Biester) e uma comédia (O Xerez da Viscondessa).

Foi no Trindade, pela mão de Francisco Palha, que se impuseram entre nós os espectáculos de opereta e zarzuela que tanto se implantaram no gosto do nosso público oitocentista. A opereta francesa, a sensação do momento na Europa, aparece no Trindade em 1886, com O Barba Azul de Jacques Offenbach, e tanto agradou que o género dominou durante décadas, tornando-se a especialidade da nova sala. Esta apresentação foi de tal modo importante que Eça de Queirós começa a Tragédia da Rua das Flores com "Era no Teatro da Trindade, representava-se o Barba Azul".

Sousa Bastos é outro nome de referência que foi empresário no Trindade e que traz para a companhia residente uma das maiores actrizes portuguesas Palmira Bastos. É com Sousa Bastos que o Trindade alarga o seu repertório.

Desde a sua inauguração, a história do Teatro da Trindade está ligada a alguns dos acontecimentos culturais mais marcantes na cidade de Lisboa: foi no Salão da Trindade que, em 1879, foi apresentado aos lisboetas o fonógrafo de Edison ou o relato do explorador Serpa Pinto sobre a sua travessia de África, foi aqui que actuaram, anos mais tarde, intérpretes do calibre do violinista Sarrazate e do pianista Viana da Mota (que no Salão da Trindade deu o seu primeiro concerto público, com apenas 12 anos de idade).

Em 1908, tenta-se no Trindade a criação de uma Companhia Lírica inteiramente constituída por cantores portugueses que funcionou até aos primeiros meses de 1909. A sua extinção deveu-se aos elevados custos financeiros que um projecto desta dimensão implicava pois, e apesar das enchentes, os custos não eram minimamente cobertos pelas receitas de bilheteira. Após esta tentativa, apostou-se forte na exibição de cinema no Salão da Trindade, sendo de registar, em 1914, a exibição da (à época) superprodução, Quo Vadis, de Enrico Guazzoni.

Em 1921, após a aquisição do edifício pela Anglo Portuguese Telephone Company, o Salão da Trindade foi demolido. Já o Teatro teve sorte diferente, embora todo o recheio original tenha sido então desbaratado. Deve-se ao empresário José Loureiro, que negociou com a companhia inglesa dos telefones a aquisição do Teatro, o segundo fôlego do Trindade e o seu reequipamento, o que permitiu que em 5 de Fevereiro de 1924 a sala reabrisse ao público com um aspecto "mais lindo e mais belo do que nunca", como considerava o Diário de Notícias. A revista e o Teatro Declamado acabam por ser dominantes nessa altura, sendo de referir as luxuosas revistas que nos anos 30 são apresentadas no Teatro. Com a abertura regular ao Teatro Declamado passam pelo Trindade as maiores figuras do teatro dessa época: Adelina Abranches, Lucília Simões, Amélia Rey Colaço, Chaby Pinheiro, Aura Abranches, Nascimento Fernandes, Erico Braga, Alves da Cunha, Robles Monteiro, Maria Helena Matos e Álvaro Benamor... para não falar de todos os nomes de actrizes, actores e encenadores que admiramos e respeitamos e que passaram, sem excepção, por este palco... e de todos os injustiçados por esta enumeração, cujas vozes fazem ainda vibrar a alma mais íntima do Teatro da Trindade, desde a sua fundação há mais de 130 anos.

Com o final dos anos 30, e confrontando-se com uma grave crise financeira, é instalado no Trindade um moderno equipamento de cinema, passando a alternar-se temporadas de cinema e teatro. Nos anos 40, assiste-se à entrada da dança no Trindade com a criação, por António Ferro, então Secretário Nacional da Informação, Cultura e Turismo, do grupo Bailados Portugueses Verde Gaio que teve a sua estreia a 7 de Novembro de 1940.

De 40 a 60 o Trindade vê passar pelo seu palco Os Comediantes de Lisboa, companhia residente de 44 a 47, que, sob a direcção de Ribeirinho, iria revolucionar o Teatro Português, a Companhia Robles Monteiro - Amélia Rey Colaço que, no final da década de 40 fazem uma temporada de Verão, e, nas temporadas de 55/56 e 60/61, o Teatro d'Arte de Lisboa dirigido pelo escritor Orlando Vitorino, assessorado pelo poeta Azinhal Abelho. Ribeirinho regressaria ainda ao Trindade entre 57 e 60 com o seu Teatro Nacional Popular, e, mais tarde, com a Companhia Nacional Popular. É com Ribeirinho que, em 1959, se estreia nesta sala um dos espectáculos de referência da história do teatro português À espera de Godot de Samuel Becket que, na altura, provocou acesa polémica.

Perante o cada vez maior afastamento dos teatros e casas de espectáculo da zona do Chiado, os herdeiros de José Loureiro, proprietários do Teatro da Trindade decidem vender o edifício à hoje já extinta FNAT - o organismo que deu o lugar ao actual INATEL. Após obras de remodelação e decoração pela mão da decoradora Maria José Salavisa, comemora-se, então, o centenário do Teatro da Trindade que se tornará não só uma casa de espectáculos destinados ao grande público como também a sede da sua Companhia Portuguesa de Ópera criada por entusiástica e esforçada iniciativa de Dr. José Formigal, então Vice-Presidente da FNAT. Criada em 1966 os seus principais e salutares objectivos eram, por um lado, criar condições de estabilidade profissional e artística aos cantores líricos portugueses e formar novos cantores líricos, novos artistas de bel canto e, por outro lado, proporcionar ao grande público e à classe média espectáculos de ópera a preços módicos, populares.

Durante 13 anos o Teatro da Trindade através da sua Companhia Portuguesa de Ópera foi um verdadeiro centro e escola nacionais de formação de cantores líricos portugueses.

Em 1975 a FNAT, por razões mais políticas do que artísticas extingue esta Companhia.

De 1970 e 1974 albergou, ainda, uma das mais brilhantes e grandes companhias portuguesas de teatro declamado: a Companhia de Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro, por motivos de obras no Teatro D.Maria II.

[editar] O teatro hoje

O espaço que temos hoje, dividido em vários locais de exibição de espectáculos e outros eventos - Sala Principal, Sala Estúdio, Teatro-Bar, Salão Nobre, com uma decoração a azul e ouro assinada por Maria José Salavista em 1967, é fruto essencialmente da anteriormente citada aquisição e dos esforços que o INATEL, que desde 1975 herdou o património da FNAT, tem feito ao longo das últimas décadas para preservar, dinamizar e revitalizar o Teatro da Trindade.

Hoje, esta sala com uma capacidade para 600 espectadores constitui o mais bem preservado exemplar de teatro à italiana do país, com uma estrutura praticamente virgem de elementos de cimento e ferro, o que lhe permite manter uma acústica única, e uma maquinaria de cena (tablados, teia, máquinas de efeitos especiais) que constitui um património ímpar em termos de arqueologia teatral em Portugal. Se juntarmos a isto o facto de se tratar de um dos mais activos teatros da capital, conjugando a apresentação de nomes consagrados com as apostas mais jovens, experimentais ou ousadas, com que nos situamos permanentemente no movimento do mundo à nossa volta, podemos apresentar orgulhosamente o Trindade como uma pérola preciosa que usamos todos os dias e que por isso mesmo não morre: mais de 130 anos após o seu nascimento, o Teatro da Trindade continua a ser, mais do que nunca, O Teatro de Lisboa.

De 1997 a 2006 foi dirigido por Carlo Fragateiro, que lhe imprimiu uma grande dinâmica programação, tendo ultrapassado os 100 mil espectadores na temporada 2005.

[editar] Os Maias de Eça de Queiroz

Pararam à porta do teatro da Trindade no momento em que, de uma tipóia de praça, se apeava um sujeito de barbas de apóstolo, todo de luto, com um chapéu de abas largas recurvas à moda de 1830.

Os Maias, de Eça de Queirós (1888)

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