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TRS-80 Color Computer - Wikipédia

TRS-80 Color Computer

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sistema CoCo 3, apresentanto a unidade base, um monitor analógico RGB Tandy CM-8, a interface Multi-Pak com um controlador de disco e drives de disco
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Sistema CoCo 3, apresentanto a unidade base, um monitor analógico RGB Tandy CM-8, a interface Multi-Pak com um controlador de disco e drives de disco

O TRS-80 Color Computer da Radio Shack (também chamado Tandy Color Computer ou tão somente CoCo) era um computador doméstico que usava o microprocessador Motorola MC6809E e fazia parte da linha TRS-80.

Índice

[editar] Origem e história

O TRS-80 Color Computer, muitas vezes chamado de "CoCo" por seus usuários, começou em 1977 como resultado de uma joint-venture entre a Tandy Corporation, sediada em Forth Worth, e a Motorola Semiconductor Inc., então sediada em Austin, visando o desenvolvimento de um computador doméstico de baixo custo.

O objetivo inicial deste projeto, denominado "Green Thumb", era produzir um terminal de videotexto de baixo custo para ser usado por fazendeiros, pecuaristas e outras pessoas ligadas ao campo. Este terminal seria então conectado a uma linha telefônica e a um aparelho comum de televisão, e permitiria ao usuário acessar, em tempo quase-real, informações úteis para as suas atividades cotidiadas na fazenda.

O chip gerador de vídeo (VDG: Video Display Generator) Motorola MC6847 foi lançado quase ao mesmo tempo pela joint-venture, causando especulações de que teria sido desenvolvido para ser empregado neste projeto. O protótipo do terminal "Green Thumb" tornou-se realidade por volta de 1978 e tinha como componentes principais o VDG MC6847 e a unidade microprocessadora (MPU) MC6808. Porém, o protótipo continha também muitos outros chips que o tornava comercialmente inviável. A Motorola resolveu este problema integrando todas as funções dos chips menores em um único chip, o SAM MC6883 (SAM: synchronous address multiplexer). Mais ou menos nessa mesma época, fins de 1979, o novo e poderoso processador Motorola MC6809 foi lançado; e combinado com o SAM e o VDG, fez surgir o terminal AgVision.

O terminal AgVision foi também vendido, por volta de 1980, nas lojas Radio Shack como um terminal de videotexto. Eventuais diferenças internas - se houveram - não são claras uma vez que restam hoje não muitos terminais AgVision.

Em seu projeto, o citado terminal de videotexto continha todos os componentes básicos para compor um computador doméstico de propósito geral. O modem interno foi removido, mas foram providenciadas conexões de entrada e saída para armazenamento em fita cassete, porta serial e joysticks. Um conector também foi adicionado ao lado direito do gabinete, para futuras expansões e conexão de cartuchos de programas; além disso, uma placa indicando a quantidade de memória instalada na máquina foi colocada sobre o buraco onde se encontrava o led indicador de dados do modem. Assim, em 31 de julho de 1980, a Tandy anunciava o TRS-80 Color Computer, que possuía o mesmo gabinete, teclado e layout dos terminais AgVision e VideoTex, tornando difícil diferenciar o TRS-80 Color Computer de seus predecessores.

O primeiro modelo que apareceu no catálogo da Radio Shack sob o número 26-3001 possuía 4 kbytes de Memória Dinâmica de Acesso Randômico (DRAM) e um interpretador Microsoft BASIC embutido em uma ROM interna de 8 kbytes. Seu preço era de U$ 399,00. Poucos meses depois, as lojas Radio Shack dos Estados Unidos e Canadá passaram a receber e vender o novo computador.


[editar] Diferenças em relação aos modelos TRS-80 anteriores

O Color Computer, com seu processador Motorola MC6809E, representou um radical afastamento dos modelos TRS-80 I/II/III/IV/IVp baseados no processador Zilog Z80. Por certo tempo, o CoCo foi chamado internamente de "TRS-90" em razão do "9" existente no número "6809", contudo isto foi deixado de lado e todos os CoCo's vendidos pela Radio Shack foram chamados "TRS-80" não obstante a referida mudança do processador.

Assim como seus predecessores baseados no Z80, o CoCo já vinha embutido de fábrica com a linguagem BASIC, mas neste caso a Tandy licenciou para uso o Microsoft BASIC. Também como nos sistemas Z80, houve vários "níveis" de BASIC, mas os padrões foram o "Color BASIC" e o "Extended Color BASIC"; o "Disk Extended Color BASIC" vinha com a controladora de disquetes e, no caso específico do CoCo 3, o "Super Extended Color BASIC" trazia extensões acrescentadas pela Microware.

O CoCo, que podia apresentar nove cores ao mesmo tempo, foi projetado para ser ligado a um aparelho de televisão colorido (as máquinas Z80 tinham vídeo monocromático, algumas traziam o monitor embutido no próprio gabinete). O CoCo também possuía um conector de expansão para acoplar cartuchos de programas (jogos principalmente) e outros dispositivos, tais como controladoras de disquete e modems. Neste caso, tinha alguma semelhança com o Atari 400/800/2600 e outros vídeogames e computadores compatíveis com cartuchos de ROM. A Tandy chegou a lançar uma interface para múltiplos cartuchos que permitia ao usuário selecionar rapidamente um entre quatro cartuchos acoplados; conceitualmente, esta interface era similar à interface de expansão do TRS-80 Modelo I.

Ao contrário de alguns modelos Z80, o CoCo não vinha de fábrica com um drive de disquete embutido. O CoCo foi projetado para salvar e carregar programas e dados a partir de um simples gravador cassete. Embora lento e às vezes pouco confiável, isto tornava o CoCo mais indicado para ser usado como computador doméstico. Posteriormente a Tandy ofereceu uma controladora de disquete para ser conectada ao CoCo como um cartucho; desta forma, tanto o CoCo quanto os modelos TRS-80 mais antigos compartilhavam das controladoras de disquete série WD17xx, que faziam uso de disquetes de 35 trilhas (mais tarde, 40 trilhas), padrão da indústria naquela época.

Mesmo com o acréscimo do drive de disquete, o CoCo não teve um verdadeiro Sistema Operacional de Disco (DOS) até que terceiros o fizessem: Frank Hogg distribuiu o TSC FLEX para CoCo e a Microware disponibilizou o OS-9, que era multi-usuário e multitarefa. Por outro lado, o CoCo com drive de disco possuía uma ROM com o "Disk Extended Color BASIC" embutida na controladora de disquete, oferecendo ao usuário da linguagem BASIC a habilidade de salvar e carregar programas a partir do disquete, bem como armazenar e recuperar dados de diversas formas no disquete.

Entre os cartuchos de expansão disponíveis para o CoCo pode-se citar, entre outros: um sintetizador de som/voz (que facilitava a acessibilidade ao CoCo por parte de usuários portadores de necessidades especiais), um modem com velocidade de 300 bps, um cartucho com conector RS232, uma controladora de disco rígido, um adaptador musical stéreo, uma controladora de disquete e uma mesa digitalizador. O CoCo foi também o primeiro computador da Tandy a possuir um mouse disponível especialmente para ele.

[editar] Descrição das diferentes versões

Existiram três versões do Color Computer:

[editar] Color Computer 1 (1980-1983)

A versão original do Color Computer foi montada em um grande gabinete cinza-prata, com um teclado do tipo "chiclete" (semelhante ao das calculadoras) e com memória de 4K (modelo 26-3001), 16K (26-3002) ou 32K (26-3003). Todas as versões vinham com o Microsoft Color BASIC instalado ou, opcionalmente, o Extended Color BASIC desde que a máquina tivesse pelo menos 16K de memória. Por usar um televisor colorido comum como monitor, a saída de TV era a única conexão disponível para vídeo.

O teclado das primeiras versões do CoCo 1 era circundado por uma área na cor preta, a plaqueta de identificação "TRS-80" ficava à esquerda do teclado e uma indicação da quantidade de memória RAM ficava à direita do gabinete. Versões posteriores tiraram a área negra que circundava o teclado e a indicação da memória RAM, movendo a plaqueta de identificação "TRS-80" para a parte central do gabinete.

As versões iniciais do CoCo eram expansíveis para até 32K mediante a colocação de dois bancos de memória de 16K e a adição de alguns jumpers e fios. A versão seguinte da placa-mãe extinguiu a opção de RAM de 4K e a expansão para até 32K era possível a partir de um chip de memória de 64K "metade-ruim". Estas placas tinham jumpers com uma indicação "High/Low" para determinar qual metade do chip de memória estaria boa. Essa medida inicial de redução de custos era transparente para o programador BASIC, uma vez que apenas 32K de memória RAM estavam disponíveis; no entando, à medida que a porcentagem de chips de memória bons aumentou e os custos de produção baixaram, muitos - talvez a maioria - dos chips de memória dos CoCo 1 produzidos eram, de fato, de 64K perfeitamente bons; assim, muitos utilitários e programas começaram a tirar proveito dos 32K "escondidos".

Inclusive, versões posteriores do CoCo 1 abandonaram por completo a opção de 32K de memória e passaram a estar disponíveis em versões de 16K ou 64K. Todas as versões que vinham com o Color BASIC padrão podiam ser atualizadas para o Extended Color BASIC simplesmente com a colocação de uma ROM em um soquete vazio existente na placa-mãe.

Até o final da produção do CoCo 1, alguns modelos foram montados em um gabinete branco e teclado modificado, denominado "derretido" por possuir teclas maiores que davam ao usuário a sensação de estar pressionando goma. Mais ou menos na mesma época, outro CoCo com gabinete branco, o TDP-100, foi produzido pela Tandy Data Products (TDP) e comercializado através de uma outra rede de distribuição. Com exceção da plaqueta de identificação e do gabinete, o TDP-100 era totalmente idêntico ao CoCo 1. O TDP-100 tinha ranhuras para ventilação que percorriam toda a dimensão longitudinal do gabinete, ao invés de existir apenas nas laterais. Este modelo de ventilação foi posteriormente adotado para o CoCo 2.

Um bom número de periféricos estava disponível: gravador de fita cassete, impressoras seriais, uma unidade de disquete de 5-1/4", caneta e mesa digitalizadora (chamada "X-Pad"), geradores de voz e sons e joysticks.

[editar] Color Computer 2 (1983-1986)

TRS-80 Color Computer 2
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TRS-80 Color Computer 2

Enquanto ocorria a produção do CoCo 1, muitos dos circuitos de suporte discreto foram reprojetados para constituírem circuitos integrados próprios, o que fez com que, ao final, muitas áreas da placa-mãe do CoCo 1 ficassem vazias. Para reduzir, então, os custos de produção, o gabinete foi reduzido em cerca de 25%, a fonte de alimentação foi diminuída e a placa-mãe redesenhada. Fisicamente foi mantido o teclado "derretido" e adotadas as ranhuras de ventilação do TDP-100. Apesar da nova aparência e da eliminação da fonte de 12 volts para o conector de expansão, o computador continuava 100% compatível com a versão anterior. No entanto, a exclusão da fonte de alimentação de 12 volts prejudicou o uso de alguns periféricos, entre eles a controladora de disquete original, que precisou então ser atualizada, instalada em uma interface para múltiplos cartuchos ou ser diretamente conectada a uma fonte de alimentação externa.

Durante a produção do CoCo 2, a fabricação foi parcialmente transferida para a Coréia (muitos proprietários de máquinas fabricadas na Coréia se referem a estas como "KoKo's"). Para aumentar a confusão [histórica], a produção dos Estados Unidos e da Coréia correram em paralelo e usaram os mesmos códigos de catálogo, apesar de poder ter havido algumas diferenças, se é que houve, entre os CoCo's 2 americanos e os coreanos.

Foram também disponibilizados algumas ROM's da linguagem BASIC para acrescentar características menores e corrigir alguns bugs. Também foi reprojetada a controladora de disquete, para operar em 5 volts, e, com ela, introduzida uma ROM contendo o novo Disk BASIC (versão 1.1), que tinha por novidade o comando "DOS", usado para inicializar o sistema operacional OS-9 da Microware. Este sistema operacional exigia 64K de memória RAM.

Mais tarde, a produção eliminou o teclado "derretido" e adotou um novo estilo de teclado; finalmente estava disponível um teclado semelhando ao de uma máquina de escrever comum. Muitos dedos doloridos festejaram...

A mudança significativa final na vida do CoCo 2 veio com os modelos 26-3134B, 26-3136B e 26-3127B, respectivamente com 16K padrão, 16K estendido e 64K estendido. Internamente estes modelos foram redesenhados para empregar o Motorola MC6847T1, um VDG melhorado. Este VDG permitia o uso de letras minúsculas e a habilidade de alterar a borda da tela de texto. Infelizmente, essas características não foram usadas por razão de compatibilidade e não foram ativadas no BASIC.

Durante a produção destes últimos CoCo's 2, no meio do caminho, a plaqueta de identificação foi alterada: ao invés de ler-se "Radio Shack TRS-80 Color Computer 2" passa-se a ler "Tandy Color Computer 2" e os quadradinhos vermelho, verde e azul são substituídos pelos paralelogramos vermelho, verde e azul.

[editar] Color Computer 3 (1986-1991)

Em meados dos anos oitenta, chegou a ser óbvio que o CoCo estava ficando atrás da concorrência. Assim, em 30 de julho de 1986, a Tandy anunciou o Color Computer 3. Este novo modelo da linha Color Computer tinha a intenção de competir com os sistemas Commodore Amiga e Atari ST. Vinha com 128K de memória RAM, sendo expansível até 512K. A cor ao redor do teclado e na porta plástica da entrada de cartucho foi mudada de preto para cinza. A disposição do teclado foi revisada, dispondo as teclas de seta, usadas para navegação, na forma de diamante e agregando as teclas CTRL, ALT, F1 e F2. Foi vendido por U$ 219,95 nas lojas Radio Shack e centros da Tandy Computer; pouco depois de seu lançamento, já podia ser comprado por U$ 169,00 na Computer Plus, durante a RainbowFest de Princeton (17 a 19 de outubro de 1986).

O CoCo 3 era compatível com a maioria dos periféricos do CoCo 2, bem como com a maioria dos programas antigos. Possuía um chip ASIC, chamado "GIME" (=graphics interrupt memory enhancement), que substituiu os gráficos e o hardware de memória dos CoCo's 1 e 2. Este chip acrescentou novos modos de vídeo aos modos anteriores baseados no VDG dos CoCo's 1 e 2:

  • Saída para um monitor de vídeo composto ou monitor RGB análogo, em adição às saídas de TV existentes nos CoCo's 1 e 2 (isto auxiliava muito na clareza de definição das imagens apresentadas).
  • Uma unidade de gerenciamento de páginas de memória que dividia o espaço de endereçamento de 64K do processador 6809 em oito páginas de 8K cada. Embora estas páginas de 8K fossem consideradas como exagero por muitos programadores, o modelo pôde, mais tarde, ser dividido em até 256 páginas de 8K cada quando terceiros passaram a disponibilizar upgrades de RAM que atingiam 2MB.
  • Texto com letras minúsculas reais, com 32, 40, 64 ou 80 caracteres por linha e entre 16 e 24 linhas por tela.
  • Os atributos dos caracteres de texto incluem 8 cores de texto e 8 cores de fundo, além de sublinhado e piscante.
  • Novas resoluções gráficas de 160, 256, 320 ou 640 pixels horizontais por 192 a 255 pixels verticais.
  • Até 16 cores simultâneas em uma paleta de 64 cores possíveis (podendo, contudo, ser empregados truques de programação para exibir mais que as mencionadas 16 cores).

Foram eliminados do GIME os semigráficos pouco utilizados criados pelo SAM nos modos 8, 12 e 24. Fala-se ainda, nos detalhes da especificação original da Tandy para o GIME, de um modo de 256 cores, mas este nunca foi encontrado.

As versões anteriores da ROM do CoCo foram licenciadas da Microsoft. Nesta época a Microsoft não estava muito interessada em ampliar o código ainda mais. Em seu lugar, a Microware proporcionou extensões para o Extended Color BASIC para que suportasse os novos modos de exibição. Para não violar o acordo de licenciamento celebrado entre a Microsoft e a Tandy, o software original do BASIC da Microsoft vinha instalado na ROM do CoCo 3, mas, ao ser ligada a máquina, a ROM era copiada para a RAM e completada pelo código da Microware. Embora isto tenha sido um jeito inteligente de acrescentar características ao BASIC, trouxe também alguns inconvenientes: o código adicional possuía vários bugs e o suporte para muitas características do novo hardware era incompleto.

A Microware também disponibilizou uma versão do sistema operacional OS-9 Nível 2 pouco depois do lançamento do CoCo 3. Este sistema operacional oferecia mapeamento de memória (cada processo tinha seu próprio espaço de memória de até 64K); uma GUI que apresentava diversas janelas; e um ambiente de desenvolvimento mais extenso que incluía uma cópia do BASIC09, que vinha com o sistema operacional. Também estavam disponíveis compiladores C e Pascal. Vários membros da comunidade OS-9 do CoCo 3 melhoraram o OS-9 Nível 2 a pedido da Tandy, porém esta parou a produção do CoCo 3 antes que a melhoria fosse lançada oficialmente. A maioria das melhorias feitas no NitrOS-9 (um importante recompilação do OS-9/6909 Nível 2 para o CoCo 3) objetivou tirar vantagem da velocidade e características acrescentadas pelo processador Hitachi 6309, que podia substituir o Motorola 6809.

O 6809 nos CoCo's 1 e 2 rodava a 0,895 MHz; o CoCo rodava essa freqüência por padrão, mas era possível duplicar essa velicidade através do software e o OS-9 sabia aproveitar essa capacidade (alguns modelos de CoCo 1 e 2 também tinham a capacidade de rodar nessa velocidade mais alta, mas não se oferecia qualquer suporte ou garantia).

Um acessório popular era um adaptador de joystick de alta resolução, projetado pelo "mago do software" Steve Bjork. Enquanto aumentava a resolução da interface do joystick/mouse a uma razão de dez, por outro lado consumia muito tempo da UCP. Tanto isto é verdade, que muitas vezes era melhor deixar o ponteiro do mouse descansando no canto superior esquerdo da tela para poder acelerar o processamento.

Uma versão modificada desta interface foi incluída com um pacote de software distribuído pela Colorware de Dave Stamp, chamado "CoCo-Max 3". Este programa era uma cópia virtual do MacPaint, mas acrescentava suporte para gráficos coloridos. Era um produto muito desejado pelos usuários do CoCo que, combinado com um editor de textos semelhante ao MacWrite, chamado "Max-10" (internamente chamado "MaxWrite"), também de Dave Stamp, proporcionou muito da funcionalidade de um Apple Macintosh, mas com gráficos coloridos e um custo bem menor.

Embora o CoCo 3 tenha oferecido muitas melhorias e tenha sido bem recebido, não ficou isento de problemas e decepções. Segundo o que foi concebido inicialmente, o CoCo 3 tinha muita aceleração de hardware e melhoria de som. No entanto, políticas internas fizeram com que o design não aparentasse uma ameaça para o Tandy 1000; desta forma, limitou-se o potencial da plataforma como um console de jogo. As primeiras versões do GIME tinham problemas de sincronização com a DRAM e causavam o congelamento do sistema inesperadamente. Devido aos bugs existentes no GIME, algumas características problemáticas foram apontadas nos manuais de programação e reparação como "reservadas" ou "não usadas".

A fonte de alimentação era frágil e algumas super-aqueciam quando necessitavam oferecer uma carga adicional para todos os chips de 512K de DRAM instalados. Alguns proprietários do CoCo 3 optaram por acrescentar um pequeno ventilador dentro do gabinete para mantê-lo fresco e, assim, muitas unidades funcionaram perfeitamente por muitos anos.


[editar] Protótipos e versões raras

Vários protótipos do CoCo apareceram no decorrer dos anos. Na década de 1980, as lojas Radio Shack vendiam um teclado que podia ser acoplado diretamente em um CoCo 2, embora não fosse classificado como tal. Este teclado fazia parte de produto que nunca chegou a ser produzido: o Deluxe Color Computer. O manual do CoCo faz menção a esse modelo informando que possui teclas extras, vídeo com letras minúsculas e a habilidade de aceitar comandos em letras minúsculas. As versões mais tardias do CoCo 2 (cuja plaqueta de identificação apresenta "Tandy" ao invés de "TRS-80") tinham a habilidade de apresentar letras minúsculas reais, mas não aceitavam comandos em letras minúsculas (embora esta capacidade tenha se tornado possível depois através do A-DOS, uma ROM substituta para a controladora de disquete, fabricada por terceiros).

Já os CoCo 3 produzidos são apresentados com diferentes placas de circuito e chips instalados. Em 2005, um raro protótipo do CoCo 3 surgiu e foi apresentado na CoCoFest de Chicago. Este protótipo é único por contem uma controladora de disquete embutida no gabinete (e possivelmente outros itens ainda não identificados). Ele também não possuía um chip GIME; ao invés, toda a funcionalidade do GIME era repassada para chips separados. Registra-se um esforço feito pelos hobbystas em empregar técnicas de engenharia reversa nestes chips visando produzir, finalmente, um GIME moderno.

Há também um protótipo do CoCo que contém uma interface Ethernet; esse protótipo apresenta o layout da placa de 1984 e algumas outras placas misteriosas ainda não identificadas. Existem evidências de que a Tandy abandonou a interface Ethernet no último minuto: um anúncio mencionando opções de rede para alguns computadores Tandy baseados no Z80 afirma que logo será possível também ao Color Computer ter capacidade de rede; e o manual impresso de uma versão de upgrade do OS-9 Nivel 1 aponta uma seção de redes no índice, mas não se encontra o texto correspondente no corpo do manual.


[editar] Clones e primos do Color Computer

Mundialmente, foram lançados diversos clones dos CoCo's 1 e 2 (não há informações de clones compatíveis com o CoCo 3):

O Dragon 32/64 foi um clone britânico do CoCo. Uma empresa americana, a Tano, tentou importar essas máquinas para os Estados Unidos, mas não obteve êxito. O Dragon era uma unidade melhorada com saída de vídeo adicional à saida para televisão (muito semelhante ao CoCo 3), uma porta paralela para impressora (ausente nos demais CoCo's), uma porta serial integrada com UART 6551A (no Dragon 64) e um teclado bem melhor.

Em 1983, uma versão do Dragon foi licenciada para fabricação pela Tano Corporation, de New Orleans (Louisiana), para atender o mescado norte-americano.

No Brasil, entre os anos de 1983 e 1986, foram lançados diversos clones: o CD6809 (Codimex), o Color64 (LZ/Novo Tempo), o CP-400 Color e o CP-400 Color II (Prológica), o MX-1600 (Dynacom) e o VC50 (Varix). Uma outra fabricante popular de microcomputadores, a Microdigital, planejou o lançamento de um clone, o TKS800; chegou a ser apresentado em Feiras de Informática, mas nunca chegou a ser lançado no mercado.

A Sampo, uma empresa sediada em Taiwan, também produziu um clone do CoCo, o Sampo Color Computer. Não se sabe, porém, se alguma vez esteve disponível fora de Taiwan.

Há registros, também, de clones do CoCo na Espanha, através da Eurohard, que produziu os modelos Dragon 200 e Dragon Professional; no México, patrocinado pelo Governo nacional, o Micro-SEP1600 (ou Tanya 1600); e, ao que parece, no Japão, com diversos modelos produzidos pela Fujitsu (FM-7. FM-77 etc.) e Hitachi.

Um primo do CoCo, o MC-10 (também chamado "Micro Color Computer"), foi comercializado nas lojas Radio Shack como um computador de baixíssimo custo para iniciantes. Lançado em 1983, era similar na aparência ao Timex Sinclar. Embora usasse o VDG MC6847 e o Microsoft BASIC, empregava como processador o Motorola MC6803.

No Brasil também surgiu um clone do MC-10: trata-se do TColor, fabricado pela Sysdata.

[editar] Desenho do hardware e circuitos integrados

Internamente, os modelos CoCo 1 e CoCo 2 eram funcionalmente idênticos. A base do sistema era virtualmente idêntica ao projeto de referência incluído na planilha de dados do Motorola MC6883 e consistia de 5 chips de integração de larga escala (LSI):

  • A unidade microprocessadora (UCP) MC6809E (UCP).
  • O multiplexador de endereçamento síncrono (SAM) MC6883/SN74LS783/SN74LS785.
  • O gerador de exibição de vídeo (VDG) MC6847.
  • Dois adaptadores de interface de periféricos: chip MC6821 ou MC6822.

[editar] O SAM

O SAM é um dispositivo de múltiplas funções que realiza as seguintes tarefas:

  • Geração e sincronização do relógio para a UCP 6809E e para o VDG 6847.
  • Controle e reatualização de até 64K da memória dinâmica de acesso randômico (DRAM).
  • Seleção de dispositivos baseada no endereço de memória da UCP para determinar se o acesso da UCP é à DRAM, ROM, PIA etc.
  • Duplicação do contador de endereços do VDG para "alimentá-lo" com os dados que está aguardando.

O SAM foi projetado para substituir, em um só circuito integrado, numerosos chips menores do tipo LS/TTL. Seu principal objetivo era controlar a DRAM, porém, como descrito acima, também integrava algumas outras funções. Geralmente era conectado a um cristal oscilando quatro vezes acima da freqüência do codificador de cores do televisor (14,31818 MHz para os países que adotam o sistema NTSC). O SAM também dividia o relógio principal em 16 (8 em alguns casos) para o relógio de duas fases da UCP, isto é 0,89 MHz em NTSC (ou 1,8 MHz quando dividido por 8).

Ajustar o SAM para operar a 1,8 MHz dava à UCP o mesmo tempo usado normalmente pelo VDG e a reatualização [da DRAM]; como efeito colateral, o vídeo apresentava "sujeira". Este modo era raramente usado; no entanto, havia um modo disponível no SAM, pouco usual, chamado "Modo Dependente do Endereço", onde a leitura da ROM, visto que não usava a DRAM, ocorria a 1,8 MHz enquanto que o acesso regular da DRAM ocorria a 0,89 MHz. Logo, uma vez que o interpretador BASIC rodava a partir da ROM, a máquina colocada neste modo praticamente dobrava o desempenho dos programas escritos em BASIC, mantendo a boa exibição do vídeo e a reatualização da DRAM. Obviamente, isto destruía os ciclos de sincronização do software e as operações de entrada/saída eram afetadas. Apesar destes problemas, a instrução "Poke de alta velocidade" foi usada por muitos programas em BASIC, efetuando um "overclock" no hardware do CoCo que estava ajustado para operar a 1 MHz.

O SAM não possuía qualquer conexão ao barramento de dados da UCP. Em razão disso, foi programado de uma forma curiosa: seu registro de configuração de 16 bits foi distribuído através de 32 endereços de memória (FFC0-FFDF); escrevendo-se bytes pares, o registro correspondente era ajustado para 0 e escrevendo-se bytes ímpares, era ajustado para 1.

Devido às limitações do processador de 40 pinos, o SAM continha, duplicado em relação ao VDG, um contador interno de endereços de 12 bits. Normalmente os ajustes do contador estavam dispostos para duplicar o modo de exibição de vídeo do VDG. Entretanto, isto não é necessário e resultava na criação de alguns novos modos de exibição de vídeo não possíveis quando se um sistema usava apenas o VDG. Com efeito, ao invés de o VDG ler pessoalmente os dados da memória RAM, era "alimentado" com os dados da cópia interna do SAM, que armazenava o contador de endereços do VDG. Este processo era chamado pela Motorola de "interleaved direct memory access" (IDMA), isto é, "acesso direto de memória intercalada", e assegurava que o processador e o VDG sempre tivessem acesso completo a este recurso de memória compartilhada, sem estados de espera ou contenção.

Havia duas versões de SAM: a primeira foi etiquetada como MC6883 e/ou SN74LS783; a segunda, SN74LS785. Entre estas duas versões existiam algumas pequenas diferenças quanto a sincronização, mas a principal diferença era o suporte de um contador de reatulização de 8 bits na versão 785. Isto permitiu o uso de DRAM's econômicas de 16K por 4 bits e algumas de 64K por 1 bit. Algumas atualizações promovidas por terceiros, que usavam DRAM's de 256K para implementar memória com bancos comutáveis (revezamento de bancos), precisavam deste contador de 8 bits de reatualização de memória para poderem funcionar a contento.

[editar] Ver também

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