Velo de ouro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Velo ou Tosão de Ouro, ou ainda Velino de ouro (em Grego: Χρυσόμαλλον Δέρας) é na mitologia grega a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo, esse velo estava pendurado num carvalho sagrado na Cólquida, ao sul das montanhas do Cáucaso e retirado por Jasão e os Argonautas. Segundo a lenda, Jasão precisava recuperar o velo para assumir o trono de Iolco na Tessália. A história é bastante antiga e já estava presente nos tempos de Homero (século VIII a.C.) e consequentemente é relatada de várias formas. Nas versões mais tardias o carneiro é tido como filho de Poseidon e Temisto (ou algumas vezes, de Nefele). A forma mais clássica é a dada por Apolônio de Rodes em seu Argonautas
Atamas, rei da cidade de Orcomeno na Beócia, teve como primeira esposa a deusa das nuvens Nefele, com quem teve dois filhos, o menino Frixo e a menina Hele. Mais tarde ele se apaixonou e casou com Ino, a filha de Cadmos. Ino tinha ciúmes de seus enteados e planejou matá-los. (Em algumas versões ela convence Atamas que o sacrifício de Frixo seria a única forma de acabar com a fome que se instalara na região). Nefele, em espírito, trouxe para as crianças um carneiro alado cuja lã era feita de ouro. Com esse carneiro, as crianças escaparam por sobre o mar, mas Hele caiu e se afogou no estreito que passou a carregar seu nome: o Helesponto. O carneiro levou Frixo a salvo para Cólquida, no extremo oeste do Mar Euxino. Frixo sacrificou então o carneiro e pendurou seu velo numa arvore ( vezes descrita como um carvalho) num bosque consagrado a Ares, onde era guardada por um dragão. O velo permaneceu ali até que Jasão foi buscá-lo com os argonautas. O carneiro foi transformado na constelação de Aries no céu.