Vila Nova (Joinville)
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Vila Nova é um bairro brasileiro da cidade de Joinville, que está localizada no estado de Santa Catarina. População: 15.682 (IBGE 2000)
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[editar] A Origem do nome
A atual Rua XV de Novembro situada no Bairro Vila Nova, no início da colonização recebeu a denominação de Estrada do Sul e há pouco tempo é conhecida pelo atual nome. Existem controvérsias a respeito da origem do nome do bairro.
Segundo Norma Baumer a localidade era conhecida por Neudorf (Vila Nova), mas por volta de 1940 passou a denominar se Vila Nova, talvez em função da proibição de se falar alemão durante a guerra. Com efeito, lemos em Ficker, página 247: Nesse mesmo mês (fevereiro de 1866), fundou se o novo núcleo colonial no final da Estrada Blumenau. Já Gerhard Dietrich Barkerneyer e outros moradores afirmam que, na década de 40, houve a necessidade de transferência da Escola e da Igreja de Anaburgo para o bairro e, por este motivo, veio a denominar se Vila Nova.
[editar] A Comunidade
A comunidade era composta, em sua maior parte, de protestantes e católicos. A Igreja da Estrada Anaburgo acolheu a maioria dos moradores em seus cultos e preparações para a Confirmação, embora boa parte destes freqüentasse também a Paróquia da Paz e chegavam até ela, a pé ou de carroça. Os católicos da região se dirigiam à Igreja Cristo Rei (na Estrada do Sul) e à Catedral (quando ainda apresentava o templo antigo, no morro, no mesmo local onde hoje está construída).
A escola mais freqüentada pelas crianças da região nas décadas de 30/40 era a escola situada na Estrada Anaburgo, onde aprendiam inicialmente o alemão e que se estendia somente até a 3ª série do primário. Para as séries posteriores tinham que se deslocar à cidade ou a outros bairros.
[editar] Vila Nova
O Bairro Vila Nova foi legalmente criado pela Lei nº 1553/77, datada de 10 de novembro de 1977, quando era prefeito de Joinville o Dr. Violantino Afonso Rodrigues. O Bairro Vila Nova tem raízes nos primórdios da colonização de Joinville, em razão da necessidade de se estender os limites da antiga colônia através de uma picada que a ligasse à serra, fato que traria importantes resultados à Colônia, pois a ligaria à cidade de Curitiba. Outro fator que levou a Colônia a expandir se está ligado à procura dos terrenos por seus respectivos proprietários, utilizando se de algumas picadas já existentes, em geral no sentido Rio Cachoeira-Serra do Mar, através de riachos que apresentavam determinada profundidade navegável.
Carlos Fücker, em A História de Joinville, página 130, diz: antes de chegar ao pé da serra, porém, os pioneiros atravessaram um vasto pantanal e baixada formada pelos rios: Águas Vermelhas e das Botucas (Motucas), antes de sua confluência com o Rio Piraí Piranga. Este vasto pantanal seria exatamente onde hoje se localiza o Bairro Vila Nova, situação que perdurou até mais ou menos 1936/37, segundo afirmações de Gerhard Dietrich Barkemeyer, quando foi aberta a estrada lateral para a circulação de veículos e pedestres e para o aterro do trecho onde hoje está situada a Rua XV de Novembro.
[editar] Todos plantavam e criavam animais
Foi nessa região que se fixaram os imigrantes que deram início à zona rural do município. Com uma vida bastante difícil, estas pessoas se dedicaram à criação de animais, uma agricultura de subsistência e às atividades que viriam suprir as necessidades da recém nascida vila tais como ferreiro, pedreiro, oleiro, donos de engenho etc. A região era uma verdadeira colônia segundo relato de Norma Baumer, todos plantavam e criavam animais, e estes produtos quase não tinham valor no local, pois todos os tinham, fazendo com que fossem vendê los na cidade.
As estradas eram de péssima conservação e seu estado piorava muito em dias de chuva, quando o condutor da carroça precisava, muitas vezes, retirar a carga do seu interior para colocar paus na estrada, calçar a carroça e fazer a travessia do trecho, para posteriormente recarregá la e seguir seu caminho. O comércio mais próximo da vila pertencia ao Sr. Francisco Boehm (secos e molhados), sendo que mais tarde, por volta de 1937, surgiram os comércios do Sr. Baumer e do Sr. Pensky. As primeiras arrozeiras da vila, pertencentes a Francisco Silva e Gerhard Barkermeyer, foram feitas em 1.936 e 1940, respectivamente.