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Vulcão do Fogo - Wikipédia

Vulcão do Fogo

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Em 1563, com a erupção de um vulcão em cuja cratera está a Lagoa do Fogo,deu-se um novo cataclismo em São Miguel de maiores proporções que a subversão de Vila Franca do Campo. Ora, o Dr. Gaspar Fructuso, embora não estivesse na ilha no ano em apareceu a Lagoa do Fogo, com todos os seus horrores, fixou residência na Ribeira Grande dois anos depois, onde, com certeza, não estariam concluídas as obras de restauração de casas derruídas na sua totalidade pelo cataclismo de 1563. Já o Nordeste se encontrava devastado e ainda ninguém ali sabia a origem do que estava a suceder. O povo entregava-se á protecção da Virgem, implorando a misericórdia divina. Terra farta e de excelentes criações, via toda a sua riqueza desfeita e imaginava chegando o fim dos seus dias. Com este dilúvio morreram todos os pássaros de toda a sorte... principalmente canários, melros e codornizes, que se metiam pela casa dentro entre a gente, como que pediam socorro e refúgio do seu trabalho e morte, o que também os coelhos faziam, vindo a morrer nas casas e pelos caminhos os achavam mortos...

Dilúvio - chama Fructuoso a esta chuva de pedras de várias "granduras" e de cinza fina e branca, que havia de petrificar-se, transformando as searas em árido deserto; em tanta quantidade que tornou as ravinas niveladas com os serros e montes.

No dia 25 de Julho de 1563, numa sexta-feira, depois da meia-noite, um forte abalo sacudiu toda a ilha de São Miguel, sentindo-se mais violentamente na Ribeira Grande e em Vila Franca do Campo. As populações acordaram sobressaltadas e a todos acudiu a lembrança do tremor de terra que arrasou Vila Franca em 1522.

Enormes ruídos subterrâneos seguiram-se ao primeiro abalo, e logo outra e outra convulsão agitou o solo da ilha.

Era tal a violência que agitava a terra que os sinos das igrejas na Ribeira Grande e em Vila Franca tocaram com o balancear das torres. Os povos, cheios de pavor, abandonaram as casas e saíram para as ruas, largos e praças, e os lamentos e preces misturaram-se e ouviram-se em toda a parte. E os abalos seguiram-se, a pequenos intervalos, toda uma noite. Durante ela a terra tremeu quarenta vezes. No sábado a terra continuou a tremer, mas moderadamente. Os habitantes do Nordeste, da Ribeira Grande, de Vila Franca, não cessaram de implorar a clemência divina. E parecia que as suas preces tinham sido ouvidas, porque durante o domingo, 28 de Julho, nenhum abalo se sentiu. Porém, de curta duração foi este interregno, porque logo na segunda-feira começou outra vez a terra a tremer mui amíude e rijamente, mais horrenda e espantosamente.

Ao anoitecer, notou-se uma densa e grande nuvem que pairava sobre a serra de Água de Pau. A nuvem subiu e alastrou-se. Em toda a ilha foi visível e a todos deu a ilusão de que caminhava na sua direcção, quer estivessem em Ponta Delgada, quer na Ribeira Grande, quer em Vila Franca. Os povos olhavam-na estarrecidos e no seu ânimo abalado e supersticioso não lhes parecia já uma nuvem, mas um monstro colossal e fabuloso.

E a nuvem crescia tão obscura e tão mal assombrada que, estando a noite algum tanto serena e clara, a tornou tão triste e desairosa que a todos dobrou a desconsolação e medo, dando de si mostras de aparências mui espantosas, variando-se com a sua feia escuridão em diversas figuras e mui horrendas........não parecendo nuvem, mas coisa fabricada para destruição das gentes.

E o monstro aéreo, que assim parecia aos ânimos espavoridos, abriu grandes bocas e por elas vomitou línguas de fogo que iluminaram todo o horizonte, caminhando negro e pavoroso sobre Vila Franca do Campo. Diz o cronista: Vendo-a (a nuvem) todos se puderam de joelhos, pedindo misericórdia. Estariam assim tanto espaço quanto se poderiam dizer quatro credos de vagar, e em todo este tempo a nuvem não descansou de botar de si fuziladas por todo o corpo dela, sem estrondo que parecia que se abria o céu com fogo, chegando com a ladainha a dizer-se: Santa Maria, ora pro nobis, se abalou a esta palavra a nuvem de cima da gente e se tornou ao norte com as três bocas diante, porque deu uma volta sobre a gente, como um navio e virou as bocas, como proa caminho do norte;.....Pareceu aquelas almas crentes que as suas fervorosas preces tinham afastado o monstro fantástico e fabuloso e que o terrível castigo que as ameaçava tinha sido suspenso pela clemência divina, mas pouco tempo durou esta ilusão porque pouco depois começou a sair do alto da serra, donde viera a nuvem, um sopro grande, branco, sem trovoada, e a terra a tremer muito, logo seguido de uma densa chuva de cinzas e pedras em tal quantidade que as pessoas ficaram cobertas e barradas como se em caldeiras de cinzas delidas fossem metidas

Então o pânico apossou-se de novo da multidão. A lembrança do cataclismo de 1522 invadiu os ânimos e a população fugiu desordenadamente para os campos, para os montes, para Ponta Garça, para a Ribeira das Taínhas, para o mar. Alguns deitaram-se á água, sem procurar os barcos, nadando para o ilhéu, para os navios surtos no porto, que ficaram abarrotados de gente. Estes fizeram-se ao largo, por temerem os pilotos serem subvertidos com a ilha. Alguns destes barcos foram parar á Madeira e outros navegaram largo tempo afastados da ilha, até que voltaram, depois de haverem passado muitos dias com muito trabalho de tormenta e fome

Fizeram-no somente quando calmos os ânimos, e, voltando cautelosos, observaram que a ilha não fora subvertida e que o vulcão que, no alto da Serra de Água de Pau, rebentara, poupara a antiga capital de São Miguel, por terem caído as suas ardentes lavas sobre a parte norte da ilha, na região da então vila da Ribeira Grande e seus termos.

A terrível erupção dera-se no mais alto sítio da Serra de Água de Pau - já denominada o vulcão - junto dos picos das Berlengas e das Mesas, entre os quais ficava situada uma pequena lagoa. Começou naquele dia 28 de Junho o pico hiante a vomitar torrentes de lava ardente, que corriam pelas vertentes nortes da serra, como ribeiras caudalosas, abrindo sulcos nos terrenos. Submergiram-se, por vezes, estas correntes impetuosas para aparecer mais adiante, alastrando-se em pastosos lagos sobre as terras lavradias.

Formaram-se assim, pelo posterior arrefecimento, os vastos espaços de rugosas pedreiras que chamamos biscoutos e que aqui e ali mancham de negro e de infecundidade a terra arável desta ilha fértil. No dia 2 de Julho uma outra erupção, no Pico do Sapateiro, mais próximo da vila da Ribeira Grande, veio juntar-se aquela na sua fúria destruidora. E as duas crateras, ao desafio, expulsavam das suas entranhas as lavas candentes que, correndo, como ribeiras, por colinas, campos e vales, tudo assolavam, ao mesmo tempo, que, com violento ímpeto, arremessavam para o ar, a alturas inauditas, massas ígneas e grandes pedras, algumas da grandura de bois, diz o cronista, que ao caírem se fragmentavam, juncando os terrenos, ou o mar, com pedras-pomes que, por mais leves, iam a maior distância, flutuando as que caiam no mar.

Foi tal a quantidade dessas pedras que flutuavam no mar, que acumulando-se, chegaram a formar pequenas ilhas, derivando ao sabor das águas.

Conta Gaspar Fructuoso que alguns navios, vindos de Portugal, encontraram, a quarenta léguas desta ilha, algumas destas ilhas flutuantes tão largas como um quarto de légua e tão compridas como uma vista , e que os navios para saírem dentre elas se viram forçados a empregar varas para as afastar. E assim durante dias sucessivos, entre abalos de terra e explosões contínuas, foram atirados para o mar e para a terra as massas enormes de tudo o que enchia dantes o fundo do vale onde hoje a chamada Lagoa do Fogo espelha as suas límpidas e dormentes águas.

Foi na região da Ribeira Grande, e nalgumas aldeias da costa norte da ilha, que este cataclismo maiores prejuízos causou.

Na vila propriamente ficaram destruídas mais de duzentas casas, as mais delas sobradadas e as melhores que havia, além das igrejas da Mãe de Deus e de São Pedro e do Mosteiro de Jesus. As freiras deste convento, logo aos primeiros abalos de terra, abandonaram-no, fugindo para Rabo de Peixe e daqui para Ponta Delgada, sendo recolhidas no convento da Esperança, donde passaram para o de Santo André, logo que este se concluiu. Só voltaram para o seu mosteiro em 1577, ano em que ficou concluída a sua reedificação.

No Porto Formoso, na Maia, Fenais d´Ajuda e Achada também caíram muitas casas, ficando grande proporção de terras inutilizadas com as grandes camadas de cinza e pedra-pomes que as cobriram. Diz Fructuoso: Afirma-se que se perdeu, além das terras de comida de gados, a terça parte das terras de pão ao que então pareciam não dariam novidade tão cedo; perdeu-se a novidade que aquêle ano se houvera de recolher, perto de três mil moios de pão; e o capitão Manuel da Câmara perderia de renda - entre as terras que se lhe acravaram e cobriram e na falta das ribeiras e na redízima - perto de trezentos moios de pão em cada ano.

Além deste enorme cataclismo que surgiu em São Miguel e a par da subversão de Vila Franca do Campo, começara antes uma epidemia de peste em Ponta Delgada, tendo sido importada da Madeira, em mercadorias trazidas por um João Afonso, natural de São Miguel.

A mortandade foi grande, dizendo-se que houve dias em que chegaram a morrer 300 pessoas. Parte da população de Ponta Delgada fugiu para as Feteiras e Fenais da Luz. Fizeram-se preces, implorando a misericórdia divina por intermédio de São Sebastião, fazendo a população de Ponta Delgada o voto de erigir a este santo um templo, se a peste cessasse. Foi em cumprimento deste voto que se começou a edificar a igreja Matriz desta cidade, no mesmo local onde já existia uma pequena ermida consagrada ao culto de São Sebastião.

A peste foi grassando por toda a ilha, ora aqui, ora acolá, aparecia e desaparecia e durou anos. Em 1526 apareceu na Ribeira Grande com maior intensidade.O capitão-Donatário que, ao tempo,ainda estava na Lagoa, tomou logo enérgicas providências. Mandou que os habitantes abandonassem a vila. Foram viver para a Ribeirinha e Ribeira Sêca. E, por conselho do Guarda-Mór de Saúde, ordenou que todas as casas fossem destelhadas por causa dos maus ares.

A vila esteve desabitada durante um ano. Nas ruas, a erva, as malvas, cresceram em tal quantidade que foi necessário, para que os habitantes regressassem á vila, mandar gado adiante para comer a erva e desembaraçar as ruas intransitáveis.

Acabada a peste na Ribeira Grande, voltou a aparecer em Ponta Delgada. O capitão-donatário ordenou então, o isolamento desta cidade, ainda vila, mas a população indignou-se com esta medida e um grande numero de pessoas do povo, capitaneadas pelas figuras mais importantes da terra, dirigiram-se acompanhadas de 300 homens armados, à residência de Rui Gonçalves da Câmara, na Lagoa, e exigiram-lhe que levantasse a incomunicabilidade de Ponta Delgada.

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