Zeca Camargo
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De manhã, uma entrevista com um famoso grupo de rock internacional; na hora do almoço, um bate-papo com internautas em um chat da Globo.com; à tarde, gravação e edição de matérias para o "Fantástico". No dia seguinte... bem, no dia seguinte, nem ele sabe ao certo. O dia-a-dia corrido, Zeca Camargo tira de letra. Difícil para ele é fazer planos, manter uma rotina.
“Mas eu adoro essa falta de rotina”, garante o apresentador, repórter e editor-chefe do "Fantástico" em São Paulo. O currículo confirma. Antes do jornalismo, foram nove anos dedicados à dança e espetáculos como “Luz, Calma e Volúpia”, em 91.
A estréia nas redações, em 87, na Folha de São Paulo, incluiu um período de sete meses em Nova York. De volta ao Brasil, um desafio: o convite para trabalhar em uma recém-criada emissora, de música e clipes para o público jovem, a MTV.
Zeca chegou a diretor de jornalismo da emissora e tornou-se conhecido pelos adolescentes, apresentando o “MTV no Ar”. Ainda voltado para esse público, em 94, mais tarde passou a comandar o programa de auditório “Fanzine”, da TV Cultura. De editor da revista Capricho, Zeca passou a apresentar o quadro “Altos Papos”, no "Fantástico", uns dos programas da Rede Globo em que trabalha desde 1996. Em 2006, o blog de Zeca Camargo foi lançado pelo portal de notícias G1, recebendo mais de 500 comentários em sua primeira publicação.
Fazendo matérias para as noites de domingo, Zeca tem experiências que vão desde estar frente a frente com astros da música internacional, como Madonna e o grupo U2, como fazer um grande passeio por países de língua portuguesa, como aconteceu na série “Aqui se fala português”, trabalho de que tem mais saudade. “Um dia eu estava na Índia, outro dia na África. Esta série foi certamente a coisa mais divertida que fiz no Fantástico”, lembra.
Se para Zeca a referência do jornalismo está sempre presente, mesmo quando está à frente de um programa de entretenimento, para o público, a imagem dele já se confunde com a das estrelas de TV.
“Às vezes as pessoas me perguntam: você é artista? Digo que não: sou jornalista. Mas isso é natural, porque trabalho em televisão, veículo que acaba dando esse atributo a quem desempenha na tela um papel expressivo”, diz. “Mas gosto desse reconhecimento. As pessoas sempre se referem mais ao meu trabalho do que à minha imagem”, acrescenta o jornalista.
