Club Social y Deportivo Colo-Colo
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Colo-Colo | |||||||||||||||||||||||||||||
Nome | Club Social y Deportivo Colo-Colo | ||||||||||||||||||||||||||||
Alcunhas? | Eterno Campeón El Popular El Cacique |
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Fundação | 1925 | ||||||||||||||||||||||||||||
Estádio | Monumental David Arellano | ||||||||||||||||||||||||||||
Capacidade | 62.500 pessoas | ||||||||||||||||||||||||||||
Presidente | Eduardo Ruiz-Tagle | ||||||||||||||||||||||||||||
Treinador | Claudio Borghi | ||||||||||||||||||||||||||||
Liga | Campeonato Chileno | ||||||||||||||||||||||||||||
Divisão 2007 | Primeira Divisão | ||||||||||||||||||||||||||||
Divisão 2006 | 1º Apertura 1º Clausura |
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Website | colocolo.cl | ||||||||||||||||||||||||||||
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O Club Social y Deportivo Colo-Colo é um clube chileno de futebol, da cidade de Santiago. É o atual tricampeão chileno, sendo o 2º tricampeonato da sua história.
[editar] História
[editar] Origens 1925
Fundado em 19 de Abril de 1925, na cidade de Santiago do Chile por David Arellano, que seria um de seus grandes jogadores, primeiro capitão da equipe e líder indiscutível. As cores escolhidas para esse então novo clube foram o branco, que simboliza a pureza, e o preto que representa a seriedade. O nome é uma homenagem ao cacique Colo-Colo, herói indígena da tribo Mapuche na luta contra os espanhóis durante o século XVI e que era conhecido por sua grande inteligência. Seu símbolo é a figura de um índio.
[editar] Primeiro título e revolução 1926
O Colo-Colo venceu seu primeiro campeonato em 1926 apresentando uma verdadeira revolução para o futebol chileno: o chamado estilo de jogo "uruguaio" ou "científico", com passes rasteiros e jogadas ensaiadas e que surpreendia seus adversários. Além disso, foi a primeira equipe do país a ter treinamentos pré-estabelecidos para uma semana inteira. Foi o primeiro time do futebol chileno a ter um comportamento profissional. Com tudo isso, não foi difícil vencer seu primeiro campeonato e de forma invicta. Nesse mesmo ano, fez uma excursão ao sul do país, o que aumentou sua popularidade.
[editar] Europa, glórias e luto 1927
David Arellano foi o artilheiro do campeonato Sulamericano de Santiago e o Colo-Colo embarcou em uma turnê para a Europa tornando-se o primeiro clube chileno a pisar em solo europeu. Os países europeus visitados foram Espanha e Portugal. Além da Europa, foram também visitados México, Cuba, Uruguai e Argentina. O Colo-Colo consegue grandes e expressivos resultados e se transforma no clube chileno por excelência. Porém uma tragédia iria se abater sobre o clube: em 3 de maio de 1927, David Arellano morre de peritonite devido a um golpe que havia recebido no dia anterior em um jogo diante do Real Valladolid. A morte do fundador, capitão da equipe e ídolo comove a todos e faz aumentar o número de admiradores do clube. Desde então, o Colo-Colo tem uma faixa negra sobre seu escudo em sinal de luto e para recordar eternamente a tragédia de seu grande jogador.
[editar] Crise econômica 1931 - 1932
Após a excursão à Europa, o Colo-Colo torna-se indiscutivelmente o clube mais popular e importante do país. Porém, após o sucesso e a fama repentina, o clube passa por um período de crise econômica, o que seria uma constante na sua história e faria minguar os títulos.
[editar] Os primeiros títulos na era profissional 1937 - 1939
O Colo-Colo foi um dos responsáveis para que se criasse definitivamente um campeonato profissional no Chile, que começou em 1933. Porém, ainda sob os efeitos da crise econômica, o time não foi bem. O primeiro título profissional veio somente em 1937, mas, em compensação, veio de forma espetacular: campeão invicto. O segundo título veio em 1939 e ainda teve o artilheiro do campeonato, o atacante Alfonso Domínguez, com 32 gols em 24 jogos.
[editar] Novo título e nova tática 1941
Em 1941, o Colo-Colo consegue seu terceiro título e, novamente, de forma invicta. Dirigidos pelo técnico húngaro Francisco Platko, "Los Albos" ("Os Brancos", em espanhol) se utilizaram em seu sistema de jogo uma tática até então desconhecida e que se tornaria famosa: o WM.
[editar] Mais títulos e o Campeonato Sul-Americano de Campeões 1944 - 1947
O Colo-Colo voltaria a vencer os campeonatos de 1944 e 1947 sendo que este último seria de grande transcendência, já que serviu de base para que o clube organizasse, em 1948, o Campeonato Sul-Americano de Campeões, que contou com as melhores equipes da América do Sul daquela época: o River Plate, da Argentina; o Vasco da Gama (que seria o campeão), do Brasil; o Nacional, do Uruguai; o Litoral, da Bolívia; o Municipal, do Peru; o Emelec, do Equador.
[editar] Os irmãos Robledo 1953 - 1956
Vieram anos de "vacas magras", mas, em 1953, uma nova revolução foi liderada pelo Colo-Colo, comparada a de Arellano em 1925 e Platko em 1941. Esse ano marcou a chegada ao clube dos irmão Ted e Jorge Robledo, provenientes do time do Newcastle, da Inglaterra, aonde haviam sido campeões em 1952. Chilenos de nascimento, sua chegada ao clube marcou uma nova era, com um novo estilo de jogo, maior profissionalismo, além de um aumento enorme de espectadores aos estádios. Com Jorge Robledo à frente, o Colo-Colo venceria os campeonatos nacionais de 1953 e 1956.
[editar] O ataque dos 103 gols e o fim de uma tradição 1960 - 1963
O Colo-Colo só voltaria a vencer o campeonato nacional em 1960. Em 1963, voltaria a ser campeão com uma linha de ataque que fez história marcando o incrível número de 103 gols, um feito ainda não igualado e, de quebra, ainda teve o artilheiro do campeonato, o atacante Luis Hernán Álvarez, com 37 gols, uma marca que também perdura. Nesse mesmo ano, termina uma tradição que vinha desde 1944: a "chilenização" da equipe. Até então, no Colo-Colo só atuavam jogadores chilenos, a ponto do time chamar orgulhosamente a si mesmo de "a equipe do Chile".
[editar] Período negro 1970
Os anos que se seguiram foram dos mais negros para "El Cacique" ("O Cacique", em espanhol). Além de sete anos sem títulos, houve uma crise institucional que culminou com uma intervenção no clube em 1968. Esse período negro só terminou com a conquista do campeonato de 1970, com uma heróica vitória contra o time do Unión Española por 2x1, com um gol do brasileiro Elson Beyruth.
[editar] Mais um título, primeira final de Libertadores e Copa do Mundo 1972 - 1973 - 1974
Em 1972, a torcida "colocolina" voltou a celebrar. Sob o comando do técnico Luis Álamos, a classe em campo de Francisco Valdés, a explosão de Carlos Caszely no ataque e outros nomes de igual quilate, o Colo-Colo era uma equipe que dava espetáculo toda a semana, chegando a estabelecer um recorde de média de público de 40.000 pessoas por partida. Esse quadro seria a base do time que chegaria pela primeira vez a uma final de Copa Libertadores da América em 1973 contra o Independiente, da Argentina, que seria o campeão daquele ano. Foi a primeira vez que uma equipe chilena chegava à final de um torneio internacional. O Colo-Colo também foi a base da seleção chilena de futebol que disputaria a Copa do Mundo de 1974.
[editar] Mais sete anos de azar e mais títulos 1979 - 1981 - 1983
Vieram mais sete anos sem nenhuma conquista agravada com outra intervenção no clube que pretendia realizar um "futebol-empresa" com resultados nefastos. Essa má fase só terminou com as conquistas dos campeonatos de 1979, 1981 e 1983.
[editar] Novos dirigentes, novos conceitos, novo estádio e novas conquistas 1986 - 1989
Em 1986, um novo grupo de dirigentes assume a direção do clube levando novos conceitos empresariais. Sob a direção do técnico Arturo Salah, o Colo-Colo conquista o título daquele ano. Em 1989, é inaugurado o estádio Monumental David Arellano. O novo estádio traz sorte, pois "Los Albos" conquistam o campeonato daquele ano, também sob a direção de Salah.
[editar] Copa Libertadores da América 1990 - 1991
Assume a direção técnica da equipe o croata Mirko Jozic trazendo profundas mudanças para "El Cacique": é adotado um sistema de jogo europeu, com marcação homem-a-homem, com uma dinâmica acima da média. Com esse sistema de jogo e contando com talentos como Lizardo Garrido, o Colo-Colo pela primeira vez conquista um tricampeonato nacional (os títulos de 1990 e 1991 somados ao de 1989) e, principalmente, conquista também pela primeira vez a Copa Libertadores da América em partidas memoráveis contra gigantes do futebol sul-americano como o Nacional, do Uruguai; o Boca Juniors, da Argentina e o Olimpia, do Paraguai, com quem fez a grande final. Em 5 de junho de 1991, o Colo-Colo conquista o tão ambicionado título continental. Porém, na disputa do Mundial Interclubes, não é tão feliz e é derrotado pela a equipe do Estrela Vermelha da então Iugoslávia.
[editar] O fim da era Jozik: Recopa Sul-Americana e Copa Interamericana 1992 - 1993
A chamada "era Jozik" terminaria de forma triunfal com mais dois títulos internacionais e um nacional: o Colo-Colo conquista a Recopa Sul-Americana contra o Cruzeiro, do Brasil; a Copa Interamericana contra o Puebla, do México e, por fim, o campeonato chileno de 1993.
[editar] Instabilidade e Tricampeonato 1996 - 1997 - 1998
Após os triunfos internacionais, veio um período de instabilidade devido a uma crise gerada por disputas internas pela presidência da instituição e uma dívida financeira que crescia perigosamente. Porém, a contratação do técnico paraguaio Gustavo Benítez, em 1995, fez com que o Colo-Colo conquistasse aquele que a torcida considera como o seu segundo tricampeonato: os títulos de 1996, 1997 (torneio Clausura) e 1998.
[editar] A quebra 2002
A saída inesperada de Benítez foi o início de uma crise sem par com compromissos financeiros insustentáveis e que culminou com a quebra do clube determinado pela justiça chilena em 2002.
[editar] A volta por cima 2002 até hoje
Jaime Pizarro, um ex-jogador do Colo-Colo, assumiu a direção técnica do time, e fez com que a equipe recuperasse a velha mística com a conquista do título de 2002 (torneio Clausura). Em 2005, um grupo de gerenciamento chamado Blanco & Negro S.A. assumiu a administração do clube e o fim da quebra foi decretada em março de 2006. Os resultados logo se fizeram sentir: tendo à frente a dupla Matías Fernandez e Humberto Suazo, nesse mesmo ano o Colo-Colo conquistou o campeonato chileno (torneios Apertura e Clausura) e chegou à final da Copa Sul-Americana contra a equipe do Pachuca, do México. Apesar da derrota na final dessa competição para o time mexicano, não são poucos aqueles que vêem o futuro da equipe mais popular do Chile com otimismo. Tanto que, em 2007, conseguiu o tetracampeonato do campeonato chileno (torneio apertura e clausura).
[editar] Títulos
[editar] Internacionais
[editar] Nacionais
- Campeonato Chileno: 27 vezes (1937 (invicto), 1939, 1941 (invicto), 1944, 1947, 1953, 1956, 1960, 1963, 1970, 1972, 1979, 1981, 1983, 1986, 1989, 1990, 1991, 1993, 1996, 1997 (clausura), 1998, 2002 (clausura), 2006 (apertura e clausura) e 2007 (apertura e clausura).
- Copa Chile: 10 vezes (1958, 1974, 1981, 1982, 1985, 1988, 1989, 1990, 1994 e 1996).
- Campeonato de Apertura: 4 vezes (1933, 1938, 1940, 1945).
[editar] Principais jogadores
Goleiro - Cristian Muñoz Idade: 30 anos
Goleiro - Rainer Wirth Idade: 24 anos
Lateral - Gonzalo Jara Idade: 22 anos
Lateral - Miguel Aceval Idade: 23 anos
Zagueiro - Luiz Mena Idade: 27 anos
Zagueiro - Miguel Riffo Idade: 25 anos
Zagueiro - David Henriquez Idade: 29 anos
Zagueiro - Jorge Carrasco Idade: 25 anos
Meio Campista - Jose Luis Cabión Idade: 19 anos
Meio campista - Rodrigo Meléndez Idade: 28 anos
Meio campista - Gonzalo Fierro Idade: 23 anos
Meio campista - Roberto Cereceda Idade: 23 anos
Meio campista - Arturo Sanhueza Idade: 27 anos
Meio campista - Rodrigo Millar Idade: 26 anos
Atacante - Eduardo Rubio Idade: 24 anos
Atacante - Rodolfo Moya Idade: 27 anos
Atacante - Lucas Barrios Idade: 29 anos
Atacante - Gustavo Biscayzacú Idade: 29 anos
[editar] Curiosidades
- Um jornalista francês que cobria o Campeonato Sul-Americano de Campeões, levou a idéia de um torneio com os melhores times de um continente para a Europa. Após anos de discussão, surgia, criada pela UEFA, em 1955, a Champions League, o campeonato europeu de clubes campeões cuja primeira edição seria vencida pelo clube espanhol Real Madrid.
- A Conmebol considera o Campeonato Sul-Americano de Campeões, competição organizada pelo Colo-Colo, como um torneio precurssor e que serviu de base para a Copa Libertadores da América, cuja primeira edição seria disputada em 1960, sendo campeão o time do Peñarol, do Uruguai.
- Além de campeão inglês pelo time do Newcastle em 1952, Jorge Robledo foi o artilheiro do campeonato. A equipe inglesa considera o jogador chileno, até hoje, como o melhor atacante de sua história.
- Desde que se começou a jogar o campeonato chileno, o Colo-Colo jamais foi rebaixado. É a única equipe chilena a conseguir tal feito.
- Em 5 de dezembro de 2006, o Colo-Colo adotou oficialmente uma camisa de cor vermelha como o seu uniforme número três (3) para ser usado em jogos oficiais (nacionais e internacionais) e amistosos. O uniforme oficial número um (1) é a camiseta de cor branca, e o número dois (2) é a camiseta de cor negra.
- Um dos maiores craques da história do clube, Francisco Valdés, é o maior artilheiro do futebol chileno de todos os tempos com 215 gols, um recorde ainda não superado.
- Em janeiro de 2007, o Colo-Colo apareceu na lista de melhores equipes de futebol do mundo, elaborada pela IFFHS (International Federation of Football History & Statistics, com sede na Alemanha), na 18º posição.
- A tarja preta sobre o escudo do time foi adotada como forma de homenagem ao seu primeiro capitão, David Arellano, falecido em 1927 durante uma excursão do time à Europa.
- Técnicos de prestígio internacional já dirigiram o clube tais como o húngaro Ferenc Puskas, em 1977 e o brasileiro Nelsinho Batista, em 1999.