Dassault-Dornier Alpha-Jet
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Alpha-Jet | |
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Descrição | |
Fabricante | Dassault-Dornier |
Primeiro vôo | 26-10-1973 |
Entrada em serviço | |
Missão | Apoio aéreo ofensivo, apoio às forças de superficie e instrução elementar de pilotagem de combate |
Tripulação | 1 piloto (Para instrução dois lugares) |
Dimensões | |
Comprimento | 12,91 m |
Envergadura | 9,11 m |
Altura | 4,19 m |
Área (asas) | 17,50 m² |
Peso | |
Tara | kg |
Peso total | 3515 kg |
Peso bruto máximo | 5000 kg |
Propulsão | |
Motores | 2 TURBO-FAN LARZAC 04-C20 |
Força (por motor) | kN |
Performance | |
Velocidade máxima |
1160 km/h (Mach: ) |
Alcance bélico | km |
Alcance | 2600 km |
Tecto máximo |
15240 m |
Relação de subida | m/min |
Armamento | |
Metralhadoras | Mauser BK 27 |
Mísseis/ Bombas |
Hunting BL755, AGM-65 Maverick, AIM-9 Sidewinder, Matra Magic II |
O Dassault-Dornier Alpha-Jet é um avião ligeiro de apoio aéreo ofensivo e de instrução, desenvolvido em conjunto pela empresa aeronáutica francesa Dassault e pela alemã Dornier. Os primeiros voos da aeronave decorreram em 1977.
Índice |
[editar] História
[editar] Origens
Nos princípios dos anos 60, as Forças Aéreas Europeias começaram a considerar os seus equipamentos para as décadas que se seguiriam. Um dos resultados desta revisão foi uma nova geração de jactos de treino para substituir alguns aviões deste tipo clássicos como o Lockheed T-33 e o Fouga Magister. Desta nova geração destacaram-se o britânico BAE Hawk e o franco-alemão Alpha-Jet. No início da corrida, entre estes "dois rivais", o Alpha-Jet começou com vantagem, todavia o BAE Hawk revelou-se vencedor. Porém, foi construído um bom número de aviões Alpha-Jet que serviram uma quantidade razoável de Forças Aéreas durante um longo espaço de tempo (e ainda activos em muitas destas).
Nos primeiros anos da Década de 1960, O Reino Unido e a França começaram uma colaboração com vista à construção de um jacto supersónico de treino/ataque ligeiro. O resultado desta colaboração foi o SEPECAT Jaguar, que provou ser um excelente avião, mas a sua definição original evolui de avião de treino/ataque ligeiro para caça-bombardeiro, numa versão de dois assentos usada para a conversão operacional ao tipo.
Desta forma criou-se uma lacuna na Força Aérea Francesa, devido à ausência de uma aeronave de treino moderna. Então, a França iniciou conversações com a Alemanha Ocidental para colaboração. Uma especificação comum foi então criada em 1968. Desta, surgiu um avião subsónico, já que os supersónicos tinham apresentado limitações neste tipo de missão. Um desenvolvimento comum e um contrato de produção foram assinados em Julho de 1969, que especificava que as duas nações iriam produzir duzentas máquinas destas, mas cada um iria fabricá-las no seu próprio país.
Foram apresentadas três propostas por três grupos de fabricantes:
- A Dassault, a Breguet e a Dornier proposeram o "TA501", projecto que era uma fusão de outros dois projectos, o "Breguet 126" e o "Dornier P.375".
- A SNIAS/MBB proposeram o "E.650 Eurotrainer".
- A VFW-Fokker propôs o "VFT-291".
Todas as propostas deveriam incluir como fonte de propulsão dois motores SNECMA-Turboméca Larzac. A Luftwaffe insistiu que o avião deveria ter dois motores pois tinha sofrido vários acidentes com os seus aviões Lockheed F-104 Starfighter, devido a estes terem um único motor.
O projecto TA501 foi declarado vencedor em Julho de 1970, e o seu desenvolvimento aprovado em Fevereiro de 1972. Dois protótipos foram construídos na França, pela Dassault (que entretanto tinha comprado a Breguet), e outros dois foram construídos pela Dornier na Alemanha. O protótipo francês efectuou o seu primeiro vôo a 26 de Outubro de 1973, na Base Aérea 125 de Istres enquanto que o seu congénere alemão o efectuou um pouco mais tarde, a 9 de Janeiro de 1974 no Centro Aeroespacial Alemão em Oberpfaffenhofen. Os restantes dois protótipos realizaram o seu primeiro vôo ainda antes do final de 1974.
Matrícula | Protótipo | Fabricante | Primeiro Vôo |
---|---|---|---|
01/F-ZJTS | 01 | Dassault | 26-10-1973 |
D-9594 | 02 | Dornier | 09-01-1974 |
03/F-ZWRV | 03 | Dassault | 06-05-1974 |
D-9595 | 04 | Dornier | 11-10-1974 |
A Força Aérea Francesa decidiu utilizar o avião primariamente para treino, a primeira produção de Alpha Jet destinada à França realizou o seu primeiro vôo a 4 de Novembro de 1978. A variante francesa foi designada de "Alpha Jet E", (E de École, francês para escola). As primeiras entregas na França para experimentação no serviço foram a [4 de Novembro]] de 1978, substituindo o Canadair T-33 no treino em jacto e o Dassault Mystère IV no treino de armamento. 176 Alpha Jet foram entregues até 1985, não tendo sido produzidos os planeados 200.
A Luftwaffe decidiu usar o Alpha Jet principalmente como avião de ataque ligeiro. A primeira produção de Alpha Jet alemã fez o seu baptismo de vôo a 12 de Abril de 1978, tendo sido a versão germânica designada de "Alpha Jet A" (A de Appui Tactique, Guerra Táctica em português). Até 1983, a Força Aérea Alemã recebeu 175 aparelhos, que substituiram o Fiat G.91. Embora os Alpha Jet fossem construídos tanto na Alemanha quanto na França, o fabrico das diferentes variantes foi dividida pelos dois países, with plants in each country performing final assembly and checkout. The four prototypes remained in service as testbeds, for example evaluating a composite graphite-epoxy wing and improved Larzac engine variants.
Os dois tipos de variantes é facilmente destinguida, tendo o Alpha Jet A um nariz pontiagudo e o Alpha Jet E um nariz arredondado.
[editar] Variantes
- Alpha Jet A: Versão de ataque originalmente utilizada pela Alemanha.
- Alpha Jet E: Versão de treino originalmente utilizada pela França.
- Alpha Jet 2: Desenvolvimento do Alpha Jet E optimizado para ataque ao solo. (Esta versão foi originalmente designada Alpha Jet NGAE (Nouvelle Generation Appui/Ecole ou "Nova Geração de Ataque/Treino").
- Alpha Jet MS1: Versão capaz de apoio montada no Egipto.
- Alpha Jet MS2: Versão melhorada com novos aviónicos, motores actualizados, mísseis Ar-Ar Magic, e um cockpit de vidro Lancier.
- Alpha Jet ATS (Advanced Training System): Uma versão com controlos multi-funções e um cockpit de vidro para treinar os pilotos na utilização de sistemas de ataque e de navegação para os aviões caça de última geração. Esta versão é também designada de Alpha Jet 3 ou Lancier.
O argentino FMA IA 63 Pampa é também baseado no design do Alpha Jet, sendo mais pequeno, com apenas um motor e asas com linhas rectas. [2]
[editar] Utilizadores
[editar] Militares
- Alemanha - 175 Alpha Jet A
- Bélgica - 33 Alpha Jet E, designados de Alpha Jet 1B
- Camarões - 7 Alpha Jet MS2
- Costa do Marfim - 7 Alpha Jet E
- Egipto - 30 Alpha Jet MS1 e 15 Alpha Jet MS2
- França - 176 Alpha Jet E
- Marrocos - 24 Alpha Jet E, designados de Alpha Jet H
- Nigéria - 24 Alpha Jet A
- Portugal - 50 antigos aviões da Força Aérea Alemã
- Qatar - 6 Alpha Jet E
- Reino Unido - A QinetiQ opera 6 antigos aviões da Força Aérea Alemã
- Tailândia - 20 antigos aviões da Força Aérea Alemã
- Togo- 5 Alpha Jet E
[editar] Civis
- Os Flying Bulls operam 3 antigos aviões da Força Aérea Alemã, e têm outros 2 para exposição estática.[1][3]
- Pelo menos 10 antigos aviões da Força Aérea Alemã são operados por identidades individuais nos Estados Unidos.[1]
- A companhia aérea Top Aces opera 8 antigos aviões da Força Aérea Alemã num contrato de treino com as Forças Armadas Canadianas.[4]
[editar] Emprego na Força Aérea Portuguesa
A Força Aérea Portuguesa recebeu em 1992, provenientes da Força Aérea Alemã, 50 aviões Alpha-Jet. Estas aeronaves vieram substituir os Fiat G.91 na missão de apoio aéreo ofensivo, e os Cessna T-37, Lockheed T-33 e Northrop T-38 na missão de instrução complementar de pilotagem de aviões de combate. Na altura, todos os aviões foram colocados na Base Aérea de Beja onde formaram duas esquadras:
- Esquadra 103 (instrução complementar de pilotagem de aviões de combate)
- Esquadra 301 (apoio aéreo ofensivo).
No âmbito da Esquadra 103, os Alpha-Jet foram os aviões escolhidos para operarem nas patrulhas de demonstração Parelha da Cruz de Cristo e Asas de Portugal.
Nos finais do ano de 2005, os Alpha-Jet foram substituídos na missão de apoio aéreo ofensivo pelos novos aviões General Dynamics F-16 que integraram a Esquadra 301, que foi tranferida para a Base Aérea nº 5[5] em Monte Real, limitando-se agora essencialmente às funções de instrução e acrobacia aérea.
[editar] Galeria fotográfica
[editar] Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 SCRAMBLE's Aviation Wiki. Dassault-Breguet-Dornier Alpha Jet. Consultado 08-04-2007. (em inglês)
- ↑ WIKIPEDIA, La enciclopedia libre. I.A. 63 Pampa. Consultado a 08-04-2007. (em castelhano)
- ↑ FLYING Bulls. alpha jet. Consultado a 08-04-2007. (em inglês)
- ↑ TOP Aces. Services. Consultado a 07-04-2007. (em inglês)
- ↑ FORÇA Aérea Portuguesa. Esquadras de Voo » Esquadra 301 - "Jaguares". Consultado a 07-04-2007.