Dinarte Mariz
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Dinarte de Medeiros Mariz (Serra Negra do Norte, 23 de agosto de 1903 — Brasília, 9 de julho de 1984), foi um comerciante e político brasileiro que governou o Rio Grande do Norte entre 1956 e 1961 e influenciou a política local por mais de meio século.
[editar] Biografia
Filho de Manoel Mariz Filho e Maria Cândida de Medeiros Mariz, Dinarte Mariz foi delegado de polícia em sua cidade natal, trabalhou ainda como agropecuarista e se estabeleceu comerciante de algodão na cidade de Caicó onde tomou partido em favor da Aliança Liberal que tinha Getúlio Vargas e João Pessoa como candidatos a presidente e a vice-presidente nas eleições de 1930.
Derrotados pela tradicional aliança entre paulistas e mineiros na tradicional política do café-com-leite e com a conseqüente eleição de Júlio Prestes para a Presidência da República, os liberais refluíram e foram alijados do processo político até que, com o assassinato de João Pessoa em 26 de julho daquele ano catalisou todos os opositores do governo federal na chamada Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder.
Como reflexo desse evento Dinarte Mariz foi escolhido prefeito de Caicó em 1930, cargo do qual se afastou após dois anos em face de seu apoio ao Movimento Constitucionalista de 1932, o que lhe valeu três prisões no Rio de Janeiro. De volta ao seu estado natal fundou o jornal A Razão e foi um dos fundadores do Partido Popular ao tempo em que prosperavam seus negócios com o algodão. Durante a Intentona Comunista iniciada em Natal à 23 de novembro de 1935, Mariz foi um dos que comandou a repressão ao levante, recusando-se, contudo, a retornar ao meio político devido a sua oposição ao Estado Novo.
Em 1945 Dinarte Mariz ingressou na União Democrática Nacional (UDN) e nesse mesmo ano foi derrotado na disputa por uma cadeira de senador, fato que se repetiria em 1950. Persistente, teve êxito em 1954 e em 1955 foi eleito governador do Rio Grande do Norte. Durante seu governo foi criada a Universidade do Rio Grande do Norte. Na acomodação das forças políticas que se seguiram, Mariz sofreu uma derrota em 1960 quando o seu candidato a governador foi derrotado por Aluísio Alves, seu outrora aliado. Em 1962 foi eleito para o segundo mandato de senador e apoiou a deposição de João Goulart e a instauração do Regime Militar de 1964 ingressando também na ARENA sendo reeleito senador em 1970 e reconduzido ao cargo pela via indireta em 1978 por força dos dispositivos do Pacote de Abril baixado no ano anterior. Com a reforma partidária decretada em fina de 1979 filiou-se ao PDS embora tenha sido árduo defensor do bipartidarismo e tenha apresentado restrições a Lei da Anistia.
Após sua morte sua cadeira foi ocupada pelo primeiro suplente Moacir Torres Duarte.
[editar] Família
Foi pai do três vezes deputado federal Vigolvino Wanderley Mariz, é tio-avô da atual governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, e avô do vereador pelo Rio de Janeiro, Wanderley Mariz.
[editar] Ligações externas
- Biografia de Dinarte Mariz na página do Senado Federal
- Banco de dados do Instituto de Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico-Cultural e da Cidadania
- Perfil parlamentar elaborado pela Assembléia Legislativa de Pernambuco
- Banco de dados do IUPERJ
Precedido por Sílvio Pedrosa |
Governador do Rio Grande do Norte 1956 - 1961 |
Sucedido por Aluísio Alves |