GRES Estação Primeira de Mangueira
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Mangueira | ||
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Fundação: | 28 de abril de 1928. | |
cores: | Verde e Rosa | |
símbolo: | um surdo com ramos de louro em volta | |
Bairro: | Mangueira | |
Presidente: | Eli Gonçalves da Silva (Chininha) | |
Presidente de honra: | Jamelão | |
Carnavalesco: | Roberto Szaniecki | |
Intérprete oficial: | Luizito | |
Diretor de carnaval: | Conselho de Carnaval[1] | |
Diretor de harmonia: | Xangô da Mangueira | |
Diretor de bateria: | Mestre Taranta | |
Mestre-sala e porta-bandeira: | Marquinhos e Giovanna | |
Coreógrafo: | Carlinhos de Jesus | |
Enredo de 2009: | A Mangueira traz os Brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro |
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira é uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro é uma das mais populares do mundo. Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo a região do Maracanã por Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela e outros ,atualmente sua quadra esta sediada na Rua Visconde de Niterói , no bairro do mesmo nome.
Índice |
[editar] História
Quando o samba ainda não tinha nenhum valor e nem se pensava em escolas de samba, a comunidade da Mangueira já despontava como pioneira dos carnavais cariocas através dos seus cordões, onde um grupo de mascarados conduzidos por um mestre com um apito acompanhava uma verdadeira orquestra de percussão. Na Mangueira existiam pelo menos dois cordões: o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira. Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos carnavalescos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte, hoje conhecidos como mestre-sala e porta-bandeira. Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pingo de Amor, Pérola do Egito e Príncipes da Mata. Por volta de 1920, surgiram os blocos com os elementos dos cordões e dos ranchos reunindo os “bambas” do batuque e que atuaram como células para mais tarde darem origem às escolas de samba.
E bloco era o que não faltava em Mangueira. Só no Buraco Quente havia o da Tia Fé, da Tia Tomázia, do Mestre Candinho e o mais famoso de todos, o Bloco dos Arengueiros. Foi Cartola, que aos 19 anos, sentiu que era a hora de canalizar o dom natural dos malandros do bloco, a fim de mostrá-los de uma forma mais civilizada, com todo o potencial rítmico e coreográfico herdados do ancestral africano.
Então, no dia 28 de abril de 1928, reunidos na Travessa Saião Lobato, 21, os arengueiros Zé Espinguela, “Seu” Euclides, Saturnino Gonçalves (pai de Dona Neuma), Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira.
Este bloco esteve presente no primeiro concurso entre sambistas na casa de Zé Espinguela, em 1929, sendo um dos precursores das escolas de samba, junto com a Deixa Falar e a Portela.
Cartola, que mais tarde casou com Zica, foi o primeiro mestre de harmonia da escola e deu a palavra definitiva na escolha do nome e das cores: Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem a partir da Central do Brasil onde havia samba; verde e rosa como forma de homenagem a um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados. Aos poucos todos os outros blocos do morro foram se agregando e nos anos 30 e 40, a Mangueira já figurava no rol das “grandes” escolas de samba da cidade.
A Mangueira foi a escola que criou a ala de compositores e a primeira a manter, desde a sua fundação, uma única marcação do surdo de primeira na sua bateria. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.
A Estação Primeira de Mangueira detem 18 títulos, sendo 1 Super-Campeonato, exclusivo, oferecido no ano de 1984, na inauguração do Sambódramo. A Verde-e-Rosa fora campeã da segunda-feira de carnaval, a Portela do domingo. Três escolas foram para o sábado das campeãs, onde iriam disputar o Super-Campeonato. E a Mangueira foi aclamada a Super-Campeã.
Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006. e tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente. Em 2006, Jamelão sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e não gravou o samba-enredo da Mangueira para o CD oficial das escolas do carnaval de 2007 nem pôde desfilar com a escola.
Em 2007, a Mangueira mexeu com vários tabus. Após 79 anos, a Mangueira comemorará os 80 abrindo as portas de sua bateria às mulheres. A idéia do presidente da bateria da Mangueira, Ivo Meirelles, de aceitar mulheres na bateria da Verde e Rosa gerou polêmica. Além disso, Preta Gil veio como rainha da bateria da escola, quebrando uma tradição de ter rainhas somente vindas da comunidade, eleitas através de um concurso. Luizito substiuiu o Mestre Jamelão. No dia do desfile, a diretoria da escola impediu que Beth Carvalho de desfilar, e o baluarte Nélson Sargento preferiu não desfilar, já que possívelmente a roupa de sua mulher, não tinha sido entregue. Fatos que geraram um certo mal-estar no meio do samba e muitas críticas às diretorias de escolas de samba da atualidade.no dia 17 de setembro de 2007, a Mangueira perdeu seu diretor de bateria, Mestre Russo, que faleceu devido a um infarto [2].
Em 2008, a Mangueira passou por uma das suas piores histórias,1º não ter falado sobre o centenário de Cartola,e ter optado pelo centenário do frevo ,2º pela escolha da rainha de bateria e 3º com o envolvimento no tráfico do morro, o que culminou na 10º colocação.
Para 2009, após oito anos a frente da escola ,Max Lopes, um dos carnavalescos que mais se manteve na tradicional Verde-e-Rosa, deixa a escola, que contrata o carnavalesco Roberto Szaniecki ,que estava na Grande Rio , que com um enredo homenagem ao povo brasileiro ,tentara esquecer o ultimo carnaval.
[editar] Mangueirenses famosos
- Alcione
- Alexandre Borges
- Alexandre Pires
- Beth Carvalho
- Bezerra da Silva
- Caetano Veloso
- Carlinhos de Jesus
- Camila Pitanga
- Chico Buarque
- Emerson Dylan
- Emílio Santiago
- Flávia Alessandra
- Gal Costa
- Glória Maria
- Heitor Martinez
- Isabel Fillardis
- Júnior
- Leci Brandão
- Lobão
- Marco Paulo Batista
- Maria Bethânia
- Maria Rita
- Milton Nascimento
- Mussum
- Preta Gil
- Rosemary
- Taís Araújo
- Vincent Cassel
[editar] Enredos
Ano | Enredo |
1932 | A floresta |
1933 | Uma segunda-feira no Bonfim da Bahia |
1934 | Divina dama / República da orgia |
1935 | O regresso de uma colheita na primavera |
1936 | Não quero mais |
1937 | Cinco continentes |
1939 | No Jardim |
1940 | Prantos, pretos e poetas |
1941 | Pedro Ernesto |
1942 | A vitória do samba nas Américas |
1943 | Samba no Palácio Itamarati |
1944 | Glória ao samba |
1945 | Nossa história |
1946 | Carnaval da Vitória |
1947 | Brasil, ciências e artes |
1948 | Vale de São Francisco |
1949 | Apoteose ao Mestre |
1950 | Saúde, lavoura, transporte e educação |
1951 | Unidade Nacional |
1953 | Caxias |
1954 | Rio de Janeiro |
1955 | Quatro estações do ano |
1956 | Exaltação a Getúlio Vargas - emancipação nacional Brasil |
1957 | Rumo ao progresso |
1958 | Canção do exílio |
1959 | Brasil através dos tempos |
1960 | Carnaval de todos os tempos |
1961 | Reminiscências do Rio Antigo |
1962 | Casa-grande e senzala |
1963 | Exaltação à Bahia |
1964 | História de um preto velho |
1965 | Rio através dos séculos |
1966 | Exaltação a Villa-Lobos |
1967 | O mundo encantado de Monteiro Lobato |
1968 | Samba, festa de um povo |
1969 | Mercadores e suas tradições |
1970 | Cântico à natureza |
1971 | Modernos bandeirantes |
1972 | Carnaval dos carnavais Carlos Alberto |
1973 | Lendas do Abaeté |
1974 | Mangueira em tempo de folclore |
1975 | Imagens poéticas de Jorge Lima |
1976 | No reino da Mãe do Ouro |
1977 | Panapanã, o segredo do amor |
1978 | Dos carroceiros do imperador ao Palácio do Samba |
1979 | Avatar... e a selva transformou-se em ouro |
1980 | Coisas nossas |
1981 | De Nonô a JK |
1982 | As mil e uma noites cariocas |
1983 | Verde que te quero rosa |
[editar] Mangueira no Sambódromo
Estação Primeira de Mangueira | |||||||||
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Colocação[3] | Grupo[4] | Enredo | Carnavalesco | ||||||
1984 | Campeã e Super-Campeã | Especial | Yes, Nós Temos Braguinha" | Max Lopes | |||||
1985 | 7ºlugar | Especial | "Abram Alas, que Eu Quero Passar" | Júlio Mattos | |||||
1986 | Campeã | Especial | Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira Têm | Júlio Matos | |||||
1987 | Campeã | Especial | Reino das Palavras | Júlio Matos | |||||
1988 | Vice-Campeã | Especial | Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão? | Júlio Matos | |||||
1989 | 11ºlugar | Especial | Trinca de Reis | Júlio Matos | |||||
1990 | 8ºlugar | Especial | E Deu a Louca no Barroco | Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues | |||||
1991 | 12ºlugar | Especial | As Três Rendeiras do Universo | Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues | |||||
1992 | 6ºlugar | Especial | Se Todos Fossem Iguais a Você | Ilvamar Magalhães | |||||
1993 | 5ºlugar | Especial | Dessa Fruta Eu Como até o Caroço | Ilvamar Magalhães | |||||
1994 | 12ºlugar | Especial | Atrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem já Morreu | Ilvamar Magalhães | |||||
1995 | 4ºlugar | Especial | A Esmeralda do Atlântico | Ilvamar Magalhães | |||||
1996 | 4ºlugar | Especial | Os Tambores da Mangueria na Terra da Encantaria | Oswaldo Jardim | |||||
1997 | 3ºlugar | Especial | O Olimpo é Verde e Rosa | Oswaldo Jardim | |||||
1998 | Campeã[5] | Especial | Chico Buarque da Mangueira | Alexandre Louzada | |||||
1999 | 7ºlugar | Especial | O Século do Samba | Alexandre Louzada | |||||
2000 | 7ºlugar | Especial | Dom Obá II, Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo | Alexandre Louzada | |||||
2001 | 3ºlugar | Especial | A Seiva da Vida | Max Lopes | |||||
2002 | Campeã | Especial | Brazil com 'Z' é pra Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do Nordeste | Max Lopes | |||||
2003 | Vice-Campeã | Especial | Os Dez Mandamentos: O Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade | Max Lopes | |||||
2004 | 3ºlugar | Especial | Mangueira Redescobre a Estrada Real...E Desse Eldourado Faz seu Carnaval | Max Lopes | |||||
2005 | 6ºlugar | Especial | Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o Nosso Desafio | Max Lopes | |||||
2006 | 4ºlugar | Especial | Das Águas do Velho Chico, Nasce um Rio de Esperança | Max Lopes | |||||
2007 | 3ºlugar | Especial | Minha Pátria é Minha Língua, Mangueira Meu Grande Amor. Meu Samba Vai ao Lácio e Colhe a Última Flor | Max Lopes | |||||
2008 | 10ºlugar | Especial | 100 Anos do Frevo, é de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar... | Max Lopes | |||||
2009 | ' | Especial | A Mangueira traz os Brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro | Roberto Szaniecki | |||||
[editar] Títulos
A Mangueira foi vencedora dos desfiles de carnaval do Rio de Janeiro dos anos: 1932, 1933, 1934, 1940, 1949 (UGESB), 1950 (UCES), 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984, 1984 Super Campeonato, 1986, 1987, 1998, 2002.
[editar] Ligações externas
[editar] Bibliografia
- Nélson da Nóbrega Fernandes. Escolas de Samba: Sujeitos Celebrantes e Objetos Celebrados. Rio de Janeiro: Coleção Memória Carioca, vol. 3, 2001. [2]
Referências
- ↑ Anthero Martins, Avelino Pacheco, Aramis Santos,Celso Rodrigues, Chiquinho da Mangueira, Guezinha, João Carlos Alves dos Santos, João Riche, Jorge Luiz Fernandes, Marcos Oliveira Santos, Márcio Garcia, Margarida Jesuíno, Nilton Oliveira, Paulo Sérgio Barros, Paulo Ramos, Sérgio Luchesi e Wiliiam Alves
- ↑ [1]
- ↑ Quando houver empates entre duas escolas numa mesma colocação, deve-se considerar a posição seguinte como vazia. Assim, por exemplo, se em determinado ano duas escolas forem campeãs, a que vier logo atrás deverá ser contabilizada como terceira colocada, e não segunda, ainda que o site da LIGA diga o contrário.
- ↑ De acordo com a nomenclatura dos grupos utilizadas atualmente pela Liga de Carnaval responsável, vide Anexo:Lista de escolas de samba do Brasil.
- ↑ título dividido com a Beija-Flor