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GRES Estação Primeira de Mangueira - Wikipédia, a enciclopédia livre

GRES Estação Primeira de Mangueira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mangueira
Mangueira
Fundação: 28 de abril de 1928.
Escola-madrinha:
cores: Verde e Rosa
símbolo: um surdo com ramos de louro em volta
Bairro: Mangueira
Presidente: Eli Gonçalves da Silva (Chininha)
Presidente de honra: Jamelão
Carnavalesco: Roberto Szaniecki
Comissão de carnaval:
Intérprete oficial: Luizito
Diretor de carnaval: Conselho de Carnaval[1]
Diretor de harmonia: Xangô da Mangueira
Diretor de bateria: Mestre Taranta
Rainha da bateria:
Madrinha da bateria:
Mestre-sala e porta-bandeira: Marquinhos e Giovanna
Mestre-sala e porta-bandeira:
(segundo casal)
Coreógrafo: Carlinhos de Jesus
Comissão-de-frente:
Enredo de 2009: A Mangueira traz os Brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro
Dia e hora do desfile (2009): '

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira é uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro é uma das mais populares do mundo. Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo a região do Maracanã por Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela e outros ,atualmente sua quadra esta sediada na Rua Visconde de Niterói , no bairro do mesmo nome.

Índice

[editar] História

Quando o samba ainda não tinha nenhum valor e nem se pensava em escolas de samba, a comunidade da Mangueira já despontava como pioneira dos carnavais cariocas através dos seus cordões, onde um grupo de mascarados conduzidos por um mestre com um apito acompanhava uma verdadeira orquestra de percussão. Na Mangueira existiam pelo menos dois cordões: o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira. Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos carnavalescos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte, hoje conhecidos como mestre-sala e porta-bandeira. Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pingo de Amor, Pérola do Egito e Príncipes da Mata. Por volta de 1920, surgiram os blocos com os elementos dos cordões e dos ranchos reunindo os “bambas” do batuque e que atuaram como células para mais tarde darem origem às escolas de samba.

E bloco era o que não faltava em Mangueira. Só no Buraco Quente havia o da Tia Fé, da Tia Tomázia, do Mestre Candinho e o mais famoso de todos, o Bloco dos Arengueiros. Foi Cartola, que aos 19 anos, sentiu que era a hora de canalizar o dom natural dos malandros do bloco, a fim de mostrá-los de uma forma mais civilizada, com todo o potencial rítmico e coreográfico herdados do ancestral africano.

Então, no dia 28 de abril de 1928, reunidos na Travessa Saião Lobato, 21, os arengueiros Zé Espinguela, “Seu” Euclides, Saturnino Gonçalves (pai de Dona Neuma), Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira.
Este bloco esteve presente no primeiro concurso entre sambistas na casa de Zé Espinguela, em 1929, sendo um dos precursores das escolas de samba, junto com a Deixa Falar e a Portela.

Cartola, que mais tarde casou com Zica, foi o primeiro mestre de harmonia da escola e deu a palavra definitiva na escolha do nome e das cores: Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem a partir da Central do Brasil onde havia samba; verde e rosa como forma de homenagem a um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados. Aos poucos todos os outros blocos do morro foram se agregando e nos anos 30 e 40, a Mangueira já figurava no rol das “grandes” escolas de samba da cidade.

A Mangueira foi a escola que criou a ala de compositores e a primeira a manter, desde a sua fundação, uma única marcação do surdo de primeira na sua bateria. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.

A Estação Primeira de Mangueira detem 18 títulos, sendo 1 Super-Campeonato, exclusivo, oferecido no ano de 1984, na inauguração do Sambódramo. A Verde-e-Rosa fora campeã da segunda-feira de carnaval, a Portela do domingo. Três escolas foram para o sábado das campeãs, onde iriam disputar o Super-Campeonato. E a Mangueira foi aclamada a Super-Campeã.

Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006. e tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente. Em 2006, Jamelão sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e não gravou o samba-enredo da Mangueira para o CD oficial das escolas do carnaval de 2007 nem pôde desfilar com a escola.

Em 2007, a Mangueira mexeu com vários tabus. Após 79 anos, a Mangueira comemorará os 80 abrindo as portas de sua bateria às mulheres. A idéia do presidente da bateria da Mangueira, Ivo Meirelles, de aceitar mulheres na bateria da Verde e Rosa gerou polêmica. Além disso, Preta Gil veio como rainha da bateria da escola, quebrando uma tradição de ter rainhas somente vindas da comunidade, eleitas através de um concurso. Luizito substiuiu o Mestre Jamelão. No dia do desfile, a diretoria da escola impediu que Beth Carvalho de desfilar, e o baluarte Nélson Sargento preferiu não desfilar, já que possívelmente a roupa de sua mulher, não tinha sido entregue. Fatos que geraram um certo mal-estar no meio do samba e muitas críticas às diretorias de escolas de samba da atualidade.no dia 17 de setembro de 2007, a Mangueira perdeu seu diretor de bateria, Mestre Russo, que faleceu devido a um infarto [2].

Em 2008, a Mangueira passou por uma das suas piores histórias,1º não ter falado sobre o centenário de Cartola,e ter optado pelo centenário do frevo ,2º pela escolha da rainha de bateria e 3º com o envolvimento no tráfico do morro, o que culminou na 10º colocação.

Para 2009, após oito anos a frente da escola ,Max Lopes, um dos carnavalescos que mais se manteve na tradicional Verde-e-Rosa, deixa a escola, que contrata o carnavalesco Roberto Szaniecki ,que estava na Grande Rio , que com um enredo homenagem ao povo brasileiro ,tentara esquecer o ultimo carnaval.

[editar] Mangueirenses famosos

[editar] Enredos

Ano Enredo
1932 A floresta
1933 Uma segunda-feira no Bonfim da Bahia
1934 Divina dama / República da orgia
1935 O regresso de uma colheita na primavera
1936 Não quero mais
1937 Cinco continentes
1939 No Jardim
1940 Prantos, pretos e poetas
1941 Pedro Ernesto
1942 A vitória do samba nas Américas
1943 Samba no Palácio Itamarati
1944 Glória ao samba
1945 Nossa história
1946 Carnaval da Vitória
1947 Brasil, ciências e artes
1948 Vale de São Francisco
1949 Apoteose ao Mestre
1950 Saúde, lavoura, transporte e educação
1951 Unidade Nacional
1953 Caxias
1954 Rio de Janeiro
1955 Quatro estações do ano
1956 Exaltação a Getúlio Vargas - emancipação nacional Brasil
1957 Rumo ao progresso
1958 Canção do exílio
1959 Brasil através dos tempos
1960 Carnaval de todos os tempos
1961 Reminiscências do Rio Antigo
1962 Casa-grande e senzala
1963 Exaltação à Bahia
1964 História de um preto velho
1965 Rio através dos séculos
1966 Exaltação a Villa-Lobos
1967 O mundo encantado de Monteiro Lobato
1968 Samba, festa de um povo
1969 Mercadores e suas tradições
1970 Cântico à natureza
1971 Modernos bandeirantes
1972 Carnaval dos carnavais Carlos Alberto
1973 Lendas do Abaeté
1974 Mangueira em tempo de folclore
1975 Imagens poéticas de Jorge Lima
1976 No reino da Mãe do Ouro
1977 Panapanã, o segredo do amor
1978 Dos carroceiros do imperador ao Palácio do Samba
1979 Avatar... e a selva transformou-se em ouro
1980 Coisas nossas
1981 De Nonô a JK
1982 As mil e uma noites cariocas
1983 Verde que te quero rosa


[editar] Mangueira no Sambódromo

Estação Primeira de Mangueira
Colocação[3] Grupo[4] Enredo Carnavalesco
1984 Campeã e Super-Campeã Especial Yes, Nós Temos Braguinha" Max Lopes
1985 7ºlugar Especial "Abram Alas, que Eu Quero Passar" Júlio Mattos
1986 Campeã Especial Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira Têm Júlio Matos
1987 Campeã Especial Reino das Palavras Júlio Matos
1988 Vice-Campeã Especial Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão? Júlio Matos
1989 11ºlugar Especial Trinca de Reis Júlio Matos
1990 8ºlugar Especial E Deu a Louca no Barroco Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues
1991 12ºlugar Especial As Três Rendeiras do Universo Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues
1992 6ºlugar Especial Se Todos Fossem Iguais a Você Ilvamar Magalhães
1993 5ºlugar Especial Dessa Fruta Eu Como até o Caroço Ilvamar Magalhães
1994 12ºlugar Especial Atrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem já Morreu Ilvamar Magalhães
1995 4ºlugar Especial A Esmeralda do Atlântico Ilvamar Magalhães
1996 4ºlugar Especial Os Tambores da Mangueria na Terra da Encantaria Oswaldo Jardim
1997 3ºlugar Especial O Olimpo é Verde e Rosa Oswaldo Jardim
1998 Campeã[5] Especial Chico Buarque da Mangueira Alexandre Louzada
1999 7ºlugar Especial O Século do Samba Alexandre Louzada
2000 7ºlugar Especial Dom Obá II, Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo Alexandre Louzada
2001 3ºlugar Especial A Seiva da Vida Max Lopes
2002 Campeã Especial Brazil com 'Z' é pra Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do Nordeste Max Lopes
2003 Vice-Campeã Especial Os Dez Mandamentos: O Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade Max Lopes
2004 3ºlugar Especial Mangueira Redescobre a Estrada Real...E Desse Eldourado Faz seu Carnaval Max Lopes
2005 6ºlugar Especial Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o Nosso Desafio Max Lopes
2006 4ºlugar Especial Das Águas do Velho Chico, Nasce um Rio de Esperança Max Lopes
2007 3ºlugar Especial Minha Pátria é Minha Língua, Mangueira Meu Grande Amor. Meu Samba Vai ao Lácio e Colhe a Última Flor Max Lopes
2008 10ºlugar Especial 100 Anos do Frevo, é de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar... Max Lopes
2009 ' Especial A Mangueira traz os Brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro Roberto Szaniecki

[editar] Títulos

A Mangueira foi vencedora dos desfiles de carnaval do Rio de Janeiro dos anos: 1932, 1933, 1934, 1940, 1949 (UGESB), 1950 (UCES), 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984, 1984 Super Campeonato, 1986, 1987, 1998, 2002.

[editar] Ligações externas

[editar] Bibliografia

  • Nélson da Nóbrega Fernandes. Escolas de Samba: Sujeitos Celebrantes e Objetos Celebrados. Rio de Janeiro: Coleção Memória Carioca, vol. 3, 2001. [2]


Referências

  1. Anthero Martins, Avelino Pacheco, Aramis Santos,Celso Rodrigues, Chiquinho da Mangueira, Guezinha, João Carlos Alves dos Santos, João Riche, Jorge Luiz Fernandes, Marcos Oliveira Santos, Márcio Garcia, Margarida Jesuíno, Nilton Oliveira, Paulo Sérgio Barros, Paulo Ramos, Sérgio Luchesi e Wiliiam Alves
  2. [1]
  3. Quando houver empates entre duas escolas numa mesma colocação, deve-se considerar a posição seguinte como vazia. Assim, por exemplo, se em determinado ano duas escolas forem campeãs, a que vier logo atrás deverá ser contabilizada como terceira colocada, e não segunda, ainda que o site da LIGA diga o contrário.
  4. De acordo com a nomenclatura dos grupos utilizadas atualmente pela Liga de Carnaval responsável, vide Anexo:Lista de escolas de samba do Brasil.
  5. título dividido com a Beija-Flor
Outras línguas

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