Luís Filipe, Conde de Paris
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Luís Filipe Alberto d'Orleães (Louis-Philippe Albert d'Orléans), primeiro conde de Paris após a recriação orleanista (24 de agosto de 1838 – 8 de setembro de 1894), era neto de Luís Filipe I, rei dos franceses. Tornou-se o príncipe real, herdeiro ao trono, quando seu pai, Fernando Filipe, duque d'Orleães, morreu num acidente de carruagem, em 1842.
Apesar de ter havido algum esforço por parte de seu avô, dias após sua abdicação, de colocá-lo no Trono sob a regência de sua mãe, Helena de Mecklenburg, Luís Filipe nunca foi sagrado rei. Fugiram do país enquanto a segunda república francesa era implementada.
Historiador, jornalista e entusiasta da democracia, o conde de Paris voluntariou-se como oficial do exército unionista, durante a Guerra de Secessão, juntamente a seu irmão mais novo, Roberto, duque de Chartres. Como capitão, Luís Filipe serviu na divisão de Potomac, do major-general George Brinton McClellan, por quase um ano, distinguindo-se durante a fracassada campanha peninsular.
Em 1864, casou-se com sua prima a Princesa Maria Isabel d'Orleães (1848–1919), Infanta de Espanha. Filha da Infanta Luísa Fernanda de Espanha e do príncipe Antônio, duque de Montpesier (1824–1890), o filho caçula de Luís Filipe I de França e de Maria Amélia das Duas Sicílias. O casal teve oito filhos, entre eles:
- Amélia d'Orleães (1865–1951), que se casou com Dom Carlos I de Portugal em 1886.
- Príncipe Luís Filipe Roberto, duque d'Orleães (1869–1926).
- Princesa Helena d'Orleães (1871–1951), que se casou com Manuel Felisberto, 2.º duque d'Aosta em 1895.
- Príncipe Carlos d'Orleães (1875–1875).
- Princesa Isabel d'Orleães, duquesa de Guise (1878–1961), que se casou com o príncipe João d'Orleães, duque de Guise in 1899.
- Príncipe Tiago d'Orleães (1880–1881).
- Princesa Luísa d'Orleães (1882–1958), que se casou com o Príncipe Carlos de Bourbon-Sicílias em 1907. Tendo sido mãe de Maria Mercedes de Bourbon-Sicílias, é avó materna de João Carlos I de Espanha.
- Príncipe Fernando d'Orleães, duque de Montpensier (1884–1924), que se casou com Marie Isabelle Gonzales de Olañeta et Ibaretta, 3.ª marquesa de Valdeterrazo, em 1921.
Em 1873, antecipando a restauração da monarquia por uma Assembléia Nacional dominada por monarquistas, eleita logo após a queda de Napoleão III, o conde de Paris retirou sua reclamação ao Trono em favor do pretendente legitimista, Henrique, conde de Chambord. Foi reconhecido entre todos que o conde de Paris seria herdeiro do conde de Chambord, que não tinha filhos, eventualmente sucedendo-o ao Trono e unificando as pretensões das duas facções monarquistas, separadas desde 1830. No entanto, a recusa do conde de Chambord em reconhecer a bandeira tricolor como o pavilhão nacional da França, a possibilidade da restauração monárquica foi frustrada, tendo Henrique morrido dez anos depois, em 1883.
Com a morte do conde de Chambord, o conde de Paris foi reconhecido pela maioria dos monarquisas como Filipe VII de França. Essa sucessão foi questionada pelos carlistas, descendentes dos reis Bourbon de Espanha, alegando serem descendetes diretos de Luís XIV.
O conde de Paris viveu em Sheen House, em Surrey, Inglaterra, onde seu avô buscou exílio após sua abdicação. Morreu em Stowe House, em 1894.