Montoneros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Montoneros foi uma guerrilha urbana argentina que desenvolveu suas ações com maior intensidade entre 1970 e 1977. Suas raízes se encontram na década de 1960.
A organização armada Montoneros se apresentou à sociedade em 1 de junho de 1970, mediante o seqüestro e posterior assassinato do general Pedro Eugenio Aramburu, que foi o comandante da autodenominada Revolução Libertadora. Na prática o grupo já existia como organização política desde alguns meses, ainda que menor e quase secreto.
Ainda que rechaçasse as ideologias esquerdistas, Juan Domingo Perón manteve farto diálogo com a guerrilha, visto que sua lealdade lhe foi útil para pressionar e desestabilizar a ditadura militar que governava o país.
O grupo é um dos responsáveis pelo Massacre de Ezeiza, episódio em que, na volta de Perón do exílio, ocorreu a morte de dezenas de participantes.
O pior atentado do grupo aconteceu em 1976, quando fizeram explogir uma bomba na Policia Federal Argentina, com 24 mortos.
Com o tempo Montoneros passou a perder o apoio da população, isolando-se. Seu fim tornou-se claro com o chamado Processo de Reorganização Nacional, iniciado após a destituição de Isabellita Perón, viúva de Perón, da presidência. Devido às estratégias de terrorismo de estado e investigações ilegais, o grupo foi sistematicamente perseguido pelo regime militar de Jorge Videla, tendo hoje muitos de seus ex-integrantes nas listas de desaparecidos durante o período.